A
Federação Internacional de Xadrez (
FIDE) foi fundada a
20 de julho de
1924, em
Paris. É uma organização internacional, com sede na Suíça, que conecta as
várias federações nacionais de xadrez e atua como órgão dirigente das
competições internacionais do desporto. Geralmente é referida pela sua
sigla em francês, FIDE (
Fédération Internationale des Échecs).
A FIDE é reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como a responsável pela organização do Xadrez e dos campeonatos internacionais. Em 1999, a FIDE foi reconhecida pelo COI como uma Federação Desportiva Internacional. Atualmente a FIDE conta com 190 federações nacionais filiadas.
A partir do torneio de São Petersburgo,
em 1914, cresceram as iniciativas para a criação de uma entidade
reguladora para o desporto, que culminou com a criação da FIDE em 1924. O
primeiro evento organizado pela entidade foram as Olimpíadas de Xadrez, vencidas pela equipa húngara, e o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez, vencido por Vera Menchik, realizados em Londres, em 1927.
Os congressos da FIDE de 1925 e 1926 já manifestavam o interesse
de organizar também o primeiro campeonato mundial masculino, porém o
fundo de prémios de dez mil dólares, exigido pelo então campeão José Raúl Capablanca,
foi considerado impraticável pela entidade. A FIDE então decidiu criar
um título em paralelo, chamado de "Campeão da FIDE", em 1928. Nessa
disputa Efim Bogoljubow venceu Max Euwe
(5º jogador a ganhar o título de Campeão do Mundo), entretanto este
título foi praticamente esquecido, após a derrota de Bogoljubow no
mundial de 1929, contra Alexander Alekhine. Alekhine havia derrotado Capablanca no campeonato mundial de 1927. Alekhine concordava em disputar o título sob organização da FIDE, exigindo as mesmas condições do match realizado em 1927.
Após a Segunda Guerra Mundial,
a FIDE reiniciou suas atividades com a organização do mundial de 1946.
Entretanto Alexander Alekhine faleceu antes da competição, deixando o
título de campeão vago. A FIDE passa então a organizar também a
competição masculina num sistema de torneios zonais, interzonais e de candidatos.
No congresso de 1947 foram decididos os participantes de um
torneio que apontaria o novo campeão mundial, pela primeira vez contando
com o apoio da recém filiada federação soviética. Os seguintes jogadores foram escolhidos: Paul Keres, Reuben Fine, Mikhail Botvinnik, Samuel Reshevsky, Vasily Smyslov e Max Euwe para a disputa de um torneio a ser realizado no ano seguinte.
Mikhail Botvinnik venceu o torneio, dando início a uma era de
domínio soviético de campeões mundiais que depois teve Vasily Smyslov, Mikhail Tal, Tigran Petrosian, Boris Spassky, Anatoly Karpov e Garry Kasparov. Este domínio foi apenas interrompido entre 1972 e 1975 quando o prodígio norte-americano Bobby Fischer se tornou campeão mundial, ao derrotar Boris Spassky, no campeonato mundial de 1972.
Logo após Fischer se tornar campeão, abandonou o xadrez profissional,
recusando-se a enfrentar o desafiante Anatoly Karpov no ano de 1975.
No mundial feminino,
o domínio soviético também foi duradouro. Após a morte de Vera Menchik
em 1944, a FIDE organizou um mundial em 1950, vencido por Lyudmila Rudenko. Seguidas por suas compatriotas russas Elizaveta Bykova, Olga Rubtsova, Nona Gaprindashvili e Maia Chiburdanidze que foram as campeãs seguintes num domínio que durou até 1990.