Schrödinger nasceu em 1887 em
Viena,
Áustria, filho de Rudolf Schrödinger (produtor de mortalhas e
botânico) e Georgine Emilia Brenda (filha de Alexander Bauer, professor
de Química na Universidade de Tecnologia de Viena).
A sua mãe era meio austríaca e inglesa. O lado inglês da sua família veio de
Leamington Spa.
Schrödinger aprendeu inglês e alemão quase ao mesmo tempo, devido ao
facto de que ambas as línguas eram faladas na sua família. O seu pai era
católico e a sua mãe
luterana.
Em 1898, frequentou o
Akademisches Gymnasium em Viena, e entre 1906 e 1910 estudou em Viena como aluno de
Franz Serafin Exner (1849 - 1926) e
Friedrich Hasenöhrl (1874 - 1915). Também realizou trabalhos experimentais com
Karl Wilhelm Friedrich Kohlrausch.
Em 1911, Schrödinger tornou-se assistente de Exner. Numa idade precoce, foi fortemente influenciado por
Schopenhauer.
Como resultado de sua leitura extensiva das obras de Schopenhauer,
tornou-se profundamente interessado por toda a sua vida na teoria da
cor, filosofia, percepção e religião oriental, principalmente a hindu
Vedanta.
Adulto
Em 1914, Erwin Schrödinger obteve a
habilitação (
venia legendi),
equivalente a um doutoramento. Entre 1914 e 1918 participou do esforço
da guerra como um funcionário comissionado na artilharia em fortalezas
austríacas (
Gorizia,
Duino,
Sistiana, Prosecco, Viena). Em 6 de abril de 1920, casou-se com Annemarie Bertel. No mesmo ano, tornou-se assistente de
Max Wien, em
Jena, e em setembro de 1920 alcançou a posição da
Ausserordentlicher Professor, aproximadamente o equivalente a professor adjunto, em
Stuttgart. Em 1921, tornou-se
Ordentlicher Professor, ou seja, professor titular, na
Universidade de Breslau (atual
Wrocław, Polónia).
Em 1921, transferiu-se para a
Universidade de Zurique. Em janeiro de 1926, Schrödinger publicou no
Annalen der Physik o trabalho "
Quantisierung als Eigenwertproblem" (Quantização como um Problema de
Autovalor) em mecânica de ondas e que hoje é conhecido como a
equação de Schrödinger.
Neste trabalho ele deu uma "derivação" da equação de onda para
sistemas independentes de tempo, e mostrou que fornecia valores de
energia possíveis para os
átomos (isótopos) do hidrogénio.
Este trabalho tem sido universalmente considerado como uma das
conquistas mais importantes do século XX, criando uma revolução na
mecânica quântica, e na verdade em toda a física e a química. Um segundo
documento foi apresentado apenas quatro semanas depois e que resolveu o
oscilador harmónico quântico, o
rotor rígido e a
molécula diatómica, e dá uma nova derivação da equação de Schrödinger. Um terceiro documento em maio mostrou a equivalência da sua abordagem à de
Heisenberg e deu o tratamento do
efeito Stark.
Um quarto trabalho de sua série mais marcante mostrou como tratar os
problemas nos quais o sistema muda com o tempo, como nos problemas de
dispersão.
Estes trabalhos foram os principais de sua carreira e foram
imediatamente reconhecidos como tendo grande importância pela comunidade
científica.
Ele propôs um cenário com um gato em uma caixa fechada, onde a vida ou
morte do gato está dependente do estado de uma partícula subatómica. De
acordo com Schrödinger, a interpretação de Copenhaga implica que o gato
permanece vivo e morto até que a caixa seja aberta. Schrödinger
não desejava promover a ideia de
gatos vivos-e-mortos como uma séria possibilidade; a experiência mental serve para ilustrar a complexidade extrema da
mecânica quântica e da matemática necessária para descrever os estados quânticos. Entendida como uma crítica da
interpretação de Copenhaga – a teoria prevalecente em 1935 – a experiência mental do gato de Schrödinger permanece um tópico padrão para todas as
interpretações da mecânica quântica;
a maneira como cada interpretação lida com o gato de Schrödinger é
frequentemente usada como meio de ilustrar e comparar características
particulares de cada interpretação e os seus pontos fortes e fracos.