Nasceu em
Braga, onde viveu durante alguns anos. Radicou-se, juntamente com a sua
família, em
1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em
1984, voltando novamente para a «Cidade dos Arcebispos»,
Braga. Mas foi em
Moçambique que se formou em
jornalismo, lecionou em várias escolas e contraiu matrimónio com uma moçambicana.
Publicou, em
1965,
Poesias, inspirado na sua própria biografia. Um dos seus primeiros
poemas foi
Eu, a canção. Os seus três
livros colocaram-no numa posição cimeira no ambiente cultural
bracarense.
Faleceu, com 60 anos, atropelado numa
rodovia. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «
Se
um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de
verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia
não entenderá».
Como os outros
Como os outros discípulo da noite
frente ao seu quadro negro que é
exterior à música dispo o reflexo
sou um e baço
dou-me as mãos na estreita
passagem dos dias
pelo café da cidade adoptiva
os passos discordando
mesmo entre si
As coisas são a sua morada
e há entre mim e mim um escuro limbo
mas é nessa disjunção o istmo da poesia
com suas grutas sinfónicas
no mar.
Sebastião Alba
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