Gigliola Cinquetti (Verona, 20 de dezembro de 1947) é uma cantora, atriz, jornalista e apresentadora italiana.
Gigliola nasceu em uma família abastada de Verona. Estudou no Liceu Artístico de Verona e começou a cantar ainda jovem.
Estreou aos 15 anos, em 1963, vencendo o Festival de Castrocaro com a canção Le strade di notte, de Giorgio Gaber. No ano seguinte, venceu o Festival de Sanremo de 1964 com a canção Non ho l'età (per amarti), com música de Nicola Salerno e letra de Mário Panzeri. Dois meses depois venceu, com a mesma canção, o Festival Eurovisão da Canção, em Copenhaga. Das doze edições de Sanremo nas quais participou, Gigliola arrematou duas. A segunda foi em 1966, interpretando Dio, come ti amo!, de Domenico Modugno, cujo sucesso levou à produção de um filme homónimo, protagonizado pela própria Gigliola.
Em 1973, ganhou o concurso do programa Canzonissima com a canção "Alle porte del sole" - que, reeditada dois anos depois pelo cantor ítalo-americano Al Martino, chegou à 17ª posição no Billboard.
En 1974, obteve o segundo lugar no Festival Eurovisão para a canção "Sì" (perdendo para "Waterloo", do grupo sueco ABBA). A versão inglesa dessa canção chegaria ao 7º lugar de vendas na Inglaterra. Essa música levou a RAI a adiar a transmissão da Eurovisão para depois de 12 de maio
de 1974, dia do referendo que decidiria revogar (ou não) a Lei do
Divórcio. Acreditava-se que a letra - que repetia várias vezes o refrão Sì, sì, sì ("sim") - poderia influenciar o voto dos italianos na opção "sim".
Depois disso, Gigliola casou com o jornalista Luciano Teodori, ficando vários anos afastada dos media para se dedicar à família. Voltou em 1981, desta vez como jornalista, no programa Linea verde, de Frederick Fazzuoli, além de escrever uma coluna semanal para um jornal. Em 1982, apresentou, com Enzo Tortora, o programa Portobello, cantando e dançando o twist. Passou a colaborar com diversos jornais. Em 1996, apresentou um programa de verão em cinco episódios, intitulado Donne - Viaggio nella storia delle donne italiane, veiculado pela RAI International. Em 1991, conduziu um talk show na televisão de Montecarlo. No mesmo ano apresentou a edição do Festival da Eurovisão.
Além da música, Gigliola sempre gostou de pintura e arte. Algumas capas dos seus álbuns, como La Bohème e Mystery, foram elaboradas por ela. Em 1973, ilustrou o livro infantil O pescatelle, de Umbertino di Caprio; Em 1976, foi a vez de Inchistrino, do mesmo autor.
A última participação de Gigliola Festival de Sanremo foi em 1995. Três anos antes, lançou o seu último álbum de estúdio - La Poèsie d'une Femme - que a levou a apresentar-se na televisão francesa.
Desde os anos 1990, trabalha na televisão pública italiana RAI. Em 2008, recebeu o Premio Giulietta alla Donna, em homenagem pela sua carreira.
in Wikipédia
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