Mariana Dolores Rey Colaço Robles Monteiro (Lisboa, 28 de dezembro de 1922 - Lisboa, 20 de outubro de 2010) foi uma atriz portuguesa.
Biografia
Nascida em Lisboa, no ano de 1922, os seus pais foram duas figuras centrais do teatro português: Felisberto Robles Monteiro (1889 - 1958), ator, encenador e empresário teatral; e Amélia Rey Colaço (1898 - 1990), grande atriz e também encenadora; ambos fundadores da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro, que durou mais de quarenta anos, permanecendo como a companhia de teatro mais duradoura da Europa.
Em 1946 inicia a sua carreira artística com a peça "Antígona", de Sófocles, num Arranjo do Dr. Júlio Dantas, no Teatro Nacional D. Maria II, integrando a companhia teatral dirigida pelos pais, a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Outras das suas peças preferidas foram "As Divinas Palavras" (Valle Inclán), "Um Eléctrico Chamado Desejo" (Tenessee Williams), "O Diálogo das Carmelitas" (Bernanos) e "Equilíbrio Instável" (Eduard Albee).
Em 1962 recebeu o Óscar da Imprensa pela sua participação no filme Um dia de vida de Augusto Fraga.
Na televisão, tornou-se conhecida do grande público com a primeira telenovela portuguesa, Vila Faia (1982), a série "Gente fina é outra coisa" e a telenovela Origens (1983).
Em 1984 faz a sua última aparição em palco na peça "Filhos de um Deus Menor" com encenação de João Perry.
Entrou também em Chuva na Areia (1984), Cinzas (1992), Verão Quente (1993), Roseira Brava (1995) e Vidas de Sal (1996).
A sua versátil voz que, usava com uma cadência, timbre e sonoridade inconfundíveis, marcaram-na positivamente ao longo de toda a sua carreira. Versátil também era como atriz, qualquer papel se lhe encaixava bem.
Casou-se em Sintra, Fontanelas, a 27 de setembro de 1947 com o arquiteto Emílio Gomes Lino (Lisboa, São Mamede, 8 de junho de 1916 - Lisboa, Lapa, 3 de março de 1958), de quem teve três filhos: Manuel Caetano (n. 1948), Francisco Alexandre (n. 1949) e Maria Rita (n. 1952). Era avó da atriz Mónica Garnel (n. 1974).
A 3 de agosto de 1983 foi feita Dama da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, tendo sido elevada a Grande-Oficial da mesma Ordem a 8 de junho de 1996.
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