Imagem do James Webb Space Telescope
Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, o último a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta anão, em 2006. Pertencente ao grupo dos gigantes gasosos, possui um tamanho ligeiramente menor que o de Urano, mas maior massa, equivalente a 17 massas terrestres. Neptuno orbita o Sol a uma distância média de 30,1 unidades astronómicas.
O planeta é formado por um pequeno núcleo rochoso ao redor do qual encontra-se uma camada formada possivelmente por água, amónia e metano sobre a qual se situa a sua turbulenta atmosfera, constituída predominantemente de hidrogénio e hélio.
De facto, notáveis eventos climáticos ocorrem em Neptuno, inclusive a
formação de diversas camadas de nuvens, tempestades ciclónicas
visíveis, como a já extinta Grande Mancha Escura, além dos ventos mais rápidos do Sistema Solar, que atingem mais de 2.000 km/h. A radiação solar
recebida por Neptuno não seria suficiente para fornecer tamanha
energia à turbulenta atmosfera, pelo que se descobriu que o calor
irradiado do centro do planeta possui um papel importante na manutenção
destes eventos meteorológicos extremos. A pequena quantidade de metano
nas camadas altas da atmosfera é, em parte, responsável pela coloração
azul do planeta.
Ao redor de Neptuno orbitam catorze satélites naturais conhecidos, dos quais se destaca Tritão, de longe o maior. Um ténue e pouco comum sistema de anéis também existe, exibindo uma estrutura irregular com concentrações de material que formam arcos. A sua influência gravitacional afeta as órbitas de corpos menores situados mais além, na Nuvem de Kuiper, entrando em ressonância orbital.
Visto da Terra, Neptuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu.
Suspeitou-se da sua existência somente após a observação cuidadosa da
órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da
perturbação gravitacional de Neptuno. Após análise matemática com
conclusões obtidas independentemente por John Couch Adams e Urbain Le Verrier, obtiveram as posições aproximadas de onde o planeta deveria estar na esfera celeste. Após diversas buscas com o auxílio de telescópios, em 23 de setembro de 1846, encontraram o planeta, cujo nome escolhido posteriormente homenageia o deus romano dos mares. Até o presente momento, a única sonda espacial que visitou o planeta foi a Voyager 2,
em 1989, cuja passagem permitiu obter fotografias e informações sem
precedentes, ainda sendo a principal fonte de dados sobre o que
atualmente se conhece sobre o planeta.
Fotografia feita pela sonda Voyager 2 ao passar pelo planeta, em 1989
in Wikipédia
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