Batalha de Navas de Tolosa - pintura a óleo do século XIX, de F. P. Van Halen - Palácio do Senado, Madrid
A Batalha de Navas de Tolosa (em árabe Al - Uqab), conhecida simplesmente como A Batalha nas crónicas da época, foi travada em 16 de julho de 1212, perto de Navas de Tolosa, na Espanha.
O rei Afonso VIII de Castela, liderando uma coligação com Sancho VII de Navarra, Pedro II de Aragão, um exército de Afonso II de Portugal, juntamente com cavaleiros do reino de Leão e das ordens militares de Santiago, Calatrava, Templários e Hospitalários, derrota o Califado Almóada.
Esta batalha foi decisiva no episódio da Reconquista. Afonso de Castela conseguiu que o Papa a declarasse como sendo uma Cruzada, com isto obteve ajuda das Ordens Militares
e impediu, sob pena de excomunhão, que os muçulmanos obtivessem ajuda
de cristãos e mais importante, deixava o rei de Leão em situação
constrangedora. Afonso temia, e não sem razão, que o reino de Leão
o atacasse pela retaguarda quando o grosso de suas forças estivessem
empenhados na batalha contra os árabes. A declaração papal de cruzada o
protegia deste risco.
Nesta batalha os dois lados empenharam todo o seu poderio militar e o
melhor de suas forças. Afonso foi o grande articulador da aliança
vencedora e teve grande senso de oportunidade para escolher o momento da
batalha, que preparou com quase dez anos de antecedência. Sabia que o
vencedor desta batalha teria o destino selado.
A batalha foi antecedida por escaramuças e um jogo de estratégias por
ambos os lados buscando a melhor posição e o melhor terreno para a
luta. No final os árabes ficaram melhor posicionados por sobre uma
colina enquanto os cristãos teriam que lutar "morro acima".
No combate, as forças de Castela,
que eram o maior contingente, atuaram no centro, apoiadas nos flancos
pelos dois outros reis cristãos, o de Navarra (Sancho) e o de Aragão
(Pedro). A tática de Afonso de Castela de fazer uma simulação de uma
força de infantaria central fraca fez com que o adversário fosse pego
numa armadilha no campo de batalha e o seu senso de oportunidade para
utilizar a cavalaria pesada no tempo adequado em apoio à infantaria,
muito elogiado pelo cronista da época, foi decisivo para a vitória dos
cristãos.
O rei de Leão, que rivalizava com Afonso, recusou-se a apoiar os demais reinos cristãos
nesta batalha. O resultado desta batalha foi extraordinário para os
vencedores. Afonso, sabedor por experiência de lutas anteriores que os
derrotados se organizariam para novos embates, ordenou um massacre
inclemente contra os muçulmanos que bateram em retirada desorganizada. A
crónica chega a afirmar que foram mortos na fuga tantos muçulmanos
quantos o foram durante a batalha.
in Wikipédia
Sem comentários:
Enviar um comentário