Percurso
Apenas aos 18 anos passou a ter por
Amália
uma profunda admiração quando o seu avô lhe ofereceu o disco "Rara e
Inédita". Mas tudo começou quando, "por brincadeira", num jantar de
amigos onde cantou
fado pela primeira vez embora não se considere
fadista.
Ao participar no "Programa da Manhã" da
RTP é vista por José Melo que a convida para cantar em
Amesterdão, no Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda, da qual era o presidente, e passa entretanto a ser o seu empresário.
A cantora grava "Cristina Branco in Holland", em edição de
autor, registado ao vivo nos dois concertos realizados no dia 25 de
abril de 1996. Foram feitos mil exemplares "que se venderam
imediatamente", logo seguidos por novas edições sucessivas, até se
chegar aos 5000 discos vendidos. Foi com este disco que tudo começou.
O disco "Murmúrios" foi editado pela editora holandesa
Music & Words. O disco reúne 14 temas, desde fados tradicionais como "Abandono" (imortalizado por
Amália, com texto de
David Mourão-Ferreira) a versões de
Sérgio Godinho ("As certezas do meu mais brilhante amor") ou
José Afonso ("Pomba branca"). A maioria dos temas tem assinatura de Maria Duarte, autora dos textos, e música de
Custódio Castelo. Em França recebeu, em 1999, o
Prix Choc da revista "Le Monde de la Musique", pelo melhor CD de música tradicional.
Em fevereiro de 2000 sai o álbum "Post-Scriptum" (título de um poema de Maria Teresa Horta). Conquistou o Prix Choc, deste vez para o melhor álbum do mês de Março, em França.
Na Holanda foi editado o disco "Cristina Branco Canta Slauerhoff", o segundo desse ano, com textos do poeta holandês
J. J. Slauerhoff (1898-1936), com tradução de
Mila Vidal Paletti e música de
Custódio Castelo.
O disco constitui como que uma prova de agradecimento de Cristina
Branco ao país que lhe abriu as portas do sucesso, embora nunca tenha
vivido na Holanda.
Durante o ano de 2000, a cantora realizou cerca de 130 espectáculos por
todo o mundo. O disco "Corpo Iluminado", o primeiro com edição da
Universal francesa, foi editado em 2001.
Em 2002 é reeditado "O Descobridor", novo título para o disco onde canta Slauerhoff, com três novos temas.
"Ulisses" é o nome do disco seguinte, editado em 2005. Em 2006 é
editado um registo ao vivo, em formato CD e DVD, gravado em julho de
2006 no teatro à italiana de Leiden (Leidsche Shouwburg Theater), na
Holanda.
A cantora começa o ano de 2007 com vários espectáculos de revisitação à obra de
José Afonso. Nesse ano é lançada a compilação "Perfil" e o álbum "Abril", com versões de músicas de José Afonso.
Em março de 2009 é editado o disco "Kronos", o primeiro sem a colaboração de
Custódio Castelo. O disco tem por tema unificador o TEMPO e é constituído por canções inéditas compostas por uma dezena de criadores.
Começa o ano de 2011 com uma participação na tournée anual de Ano Novo
da Sinfonietta de Amesterdão, depois já ter feito mesmo em 2006.
Em fevereiro de 2011 lança o álbum "Não há só tangos em Paris" ("Fado
Tango" na sua versão internacional), escolhendo como o música de
apresentação o tema com o mesmo nome do álbum, da autoria de
Pedro da Silva Martins.
Considerado o Melhor Disco do Ano pela SPA, Menina (2016), é o primeiro capítulo de uma trilogia onde se incluem Branco (2018) e Eva
(2020), discos em que Cristina Branco desenha colaborações inusitadas,
que atravessam estilos, culturas e geografias e que resultam em novas
interpretações da expressão musical tradicional do fado.
Eva,
editado em março de 2020, tem sido apresentado nos palcos portugueses e
por todo o mundo, acumulando datas em países como Alemanha, Suíça,
Itália, Bélgica, Holanda e França.
Em 2022 – ano em que celebra 25 anos de carreira – Cristina Branco lançou Amoras numa Tarde de Outono, novo álbum em colaboração com o pianista João Paulo Esteves da Silva, e que procura registar o trabalho que o duo vem desenvolvendo ao vivo nos últimos 20 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário