Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso (nascido Lhamo Döndrub, Taktser, 6 de julho de 1935) é um religioso tibetano, atual Dalai Lama (14º da linhagem), líder religioso do budismo tibetano. Considerado a reencarnação do bodisatva da compaixão, Tenzin Gyatso é monge e geshe (doutor) em filosofia budista, recebeu o Nobel da Paz e foi agraciado com mais de 100 títulos honoris causa.
Vida
Como 14º Dalai Lama, líder e mentor do
povo tibetano.
Considerado por muitos uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a
paz, procura estabelecer o diálogo e difundir a necessidade da
compaixão no cenário mundial contemporâneo.
Em 1959 foi obrigado a abandonar o Tibete, altura em que este é invadido pela
República Popular da China. Disfarçado de soldado e na companhia de familiares, conseguiu atravessar a fronteira da
Índia e assim evitou ser capturado pelos chineses. Instala-se em
Dharamsala a convite do governo de
Jawaharlal Nehru, e aí constituiu o governo tibetano no exílio, onde ainda permanece.
Não sai da Índia até 1967, quando visita pela primeira vez o
Japão e a
Tailândia.
Estava dado o primeiro passo daquilo que se tornou na sua peregrinação
ininterrupta pelo mundo, durante a qual luta pelos direitos humanos no
mundo mas em especial no Tibete. Luta, mas sempre recorrendo a
processos pacíficos, respeitando a doutrina da não violência (a mesma
lei defendida por
Mahatma Gandhi), pelo que é reconhecido internacionalmente através da atribuição do
Nobel da Paz em 1989. O prémio leva a que a causa receba mais atenção e apoiantes, ao mesmo tempo que provoca um embaraço ao regime de
Pequim.
Mais tarde deixa de lutar pela independência da Tibete, e passa a propor o Tibete como região autónoma
da China, com verdadeira autonomia que lhe permita conservar e viver a
sua cultura, incluindo a religião (o que atualmente não lhes é
permitido, o regime chinês considera que a religião é uma doença para a
mente).
É reconhecido internacionalmente, em todo o mundo, como líder
espiritual do Tibete, mas os governos de muitos dos países que visita
evitam contactos oficiais com Sua Santidade para não ferirem
sensibilidades chinesas.
Pesquisador infatigável
Pesquisador infatigável, abriu as portas para o encontro da
ciência com a
espiritualidade quando, em
1987, reuniu-se durante uma semana com cinco cientistas ocidentais para debater a proximidade entre o
budismo
e as ciências cognitivas. A partir dali, criaram-se centros e fóruns
internacionais onde a experiência espiritual é estudada e acolhida como
aspiração genuína de um saber que revela novos espaços de consciência e
expressão.
Cidadão planetário, manifesta especial interesse pelas pontes,
articulações, sinapses, desafiando ortodoxias que retardam o exercício
da vocação humana para o cuidado mútuo, a convivialidade e a cooperação.
Nesse sentido apela para que cada um de nós aprenda a trabalhar em
benefício não só de si próprio sua família ou nação, mas em prol da
humanidade como um todo.
Afirma que a responsabilidade é a chave para a sobrevivência do
humano e é a melhor garantia para implementar os valores universais e a
paz.
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