Pintura representando Omar Caiam na tradução de Edward Fitzgerald
Giate Aldim Abu Fate Omar ibne Ibraim Caiam de Nixapur (Nixapur, Pérsia, 18 de maio de 1048 - Nixapur, 4 de dezembro de 1131), melhor conhecido como Omar Caiam, foi poeta, matemático e astrónomo persa
dos séculos XI e XII. As numerosas transformações políticas e
etnológicas no mundo islâmico trouxeram altos e baixos para o
desenvolvimento da astronomia e da matemática. Conhecido no ocidente
como poeta e autor do Rubaiyat, (em português, “quadras" ou "quartetos”), que ficariam famosos a partir da tradução de Edward Fitzgerald, em 1839. Muitas coisas se contam sobre Omar Caiam, porém de poucas podemos ter certeza. Sabemos que nasceu em meados do século XI em Nixapur, capital da província Persa do Coração, onde passou a maior parte de sua vida. Omar Caiam faleceu em 1131.
No ano de 1074 foi chamado por Malique Xá I para reformar o antigo calendário persa,
o que fez com com um erro de um dia em 5000 anos. A reforma do
calendário foi substituída mais tarde pelo calendário lunar islâmico.
Nixapur suportou guerras e terremotos e em 1221 foi saqueada pelos mongóis. O túmulo de Omar Caiam superou todas as calamidades e está conservado até hoje. No século XVII foi edificada a mesquita do sacerdote Maomé Maruque. Apoiados nela construíram três arcos, abaixo do arco central se encontra o túmulo de Omar Caiam.
A filosofia de Omar Khayyām era bastante diferente dos dogmas islâmicos
oficiais. Concordou com a existência de Deus mas se opôs à noção de
que cada acontecimento e fenómeno particular era o resultado de
intervenção divina. Em vez disso ele apoiou a visão que leis da
natureza explicam todos fenómenos particulares da vida observada.
De todos os campos da matemática, a álgebra foi melhor trabalhada pelos
árabes. Em suas mãos chegou a ter um aspeto novo bem distante das
origens grega, babilónica e hindu.
A obra mais importante de Omar Caiam é precisamente um tratado sobre
álgebra em que explica como resolver todas as equações de segundo e
terceiro graus. Ele desaconselha, no prólogo do seu tratado, a leitura a
quem não conheça os Elementos de Euclides bem como os primeiros livros das Cónicas de Apolónio.
No mesmo texto, afirma que não se remeterá a nenhuma outra obra por
julgar indispensável o estudo prévio das obras já citadas.
in Wikipédia
Noite, silêncio, folhas imóveis;
imóvel o meu pensamento.
Onde estás, tu que me ofereceste a taça?
Hoje caiu a primeira pétala.
Eu sei, uma rosa não murcha
perto de quem tu agora sacias a sede;
mas sentes a falta do prazer que eu soube te dar,
e que te fez desfalecer.
Acorda... e olha como o sol em seu regresso
vai apagando as estrelas do campo da noite;
do mesmo modo ele vai desvanecer
as grandes luzes da soberba torre do Sultão.
Sem comentários:
Enviar um comentário