Ó meu amor não te atrases
Ó meu amor não te atrases
Vou agora pôr-te à prova
Esta noite é Lua Nova
E tu não sabes de fases
Se chegas tarde te acuso
De que andarás a enganar-me
Vindo de ti cada abuso
Me soa a sinal de alarme
Teus olhos arregalados
Não são desculpa melhor
Sabes cá chegar de cor
E mesmo de olhos fechados
Nem um cego se perdia
Lá fora agitam-se os ramos
Nas brenhas da ventania
É tarde porém juramos
Que enquanto este amor se guarde
E seja o nosso segredo
Virias cedo, bem cedo
E havias de partir tarde
Sendo a Lua Nova ou Cheia
Ou Crescente ou Minguante
O que a nós nos incendeia
É fogo de outro quadrante
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