sexta-feira, janeiro 14, 2022

A Conferência de Casablanca começou há 79 anos

  
A Conferência de Casablanca foi realizada no Hotel Anfa em Casablanca, Marrocos Francês, de 14 a 24 janeiro de 1943, para planear a estratégia dos Aliados europeus na fase seguinte da Segunda Guerra Mundial. Estiveram presentes o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e representando as forças francesas livres, os generais Charles de Gaulle e Henri Giraud. O líder da URSS, Estaline, recusou-se a participar, dizendo que o conflito em curso em Estalinegrado exigia a sua presença na União Soviética. A agenda da conferência abordava detalhes do procedimento tático, alocação de recursos e as questões mais amplas de política diplomática. O debate e as negociações produziram o que ficou conhecido como a "Declaração de Casablanca", e que foi, talvez, a sua declaração de propósito mais provocante historicamente, a "rendição incondicional". A doutrina da "rendição incondicional" veio a representar a voz unificada da vontade implacável dos Aliados - a determinação de que as potências do Eixo seriam combatidas até à sua derrota final e aniquilação.

Doutrina da "Rendição incondicional"
A declaração de Casablanca anunciou ao mundo que os aliados não aceitariam nada além da “rendição incondicional” das Potências do Eixo. O termo “rendição incondicional” foi utilizado pela primeira vez pelo General Ulysses S. Grant que comunicou essa posição ao comandante dos confederados no Forte Donelson durante a guerra civil americana.
A 12 de fevereiro de 1943, Roosevelt explicou na rádio o que ele queria dizer com rendição incondicional: “Nós não decidimos magoar as pessoas comuns dos países do eixo. Mas nós realmente falamos em punir os bárbaros líderes desses países”.
Inicialmente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não queriam que a guerra acabasse com a captura alemã. Algumas fontes contradizem as oficiais, reportando um acordo entre Churchill e Roosevelt, indicando que Churchill não era completamente a favor da rendição incondicional. O correspondente do New York Times, Drew Middleton, que estava na conferência, revelou no seu livro, Retreat From Victory, que Churchill tinha se "assustado com o anúncio público da rendição incondicional. Eu tentei esconder a minha surpresa. Mas eu era o conselheiro de Roosevelt".
De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Charles Bohlen, “A responsabilidade pela doutrina da rendição incondicional é quase exclusiva do presidente Roosevelt". Ele achou que Roosevelt tinha feito o anúncio "para manter as forças soviéticas ocupadas com as frentes alemã e russa, acabando com as munições e com os soldados alemães" e também para "evitar que Estaline negociasse um acordo de paz com o regime nazi".
    

Sem comentários: