segunda-feira, outubro 11, 2021

Tom Zé nasceu há 85 anos...!

 

 

Antônio José Santana Martins, conhecido como Tom Zé (Irará, 11 de outubro de 1936), é um compositor, cantor, arranjador e jardineiro brasileiro.

É considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 60 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil.

Nascido 11 de outubro de 1936, numa família abastada por conta de um bilhete premiado de lotaria, Tom Zé passa a infância no sertão baiano na sua cidade natal Irará.

Adolescente, passa a se interessar por música e estuda violão. Tem alguma experiência tocando em programas de caloiros de televisão nos anos 60, e acaba entrando para a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia.

Inspirou a sua atuação como artista na figura do "homem da mala". O homem da mala era um personagem muito recorrente no interior do Brasil, tratava-se de mercadores que viajavam pelas cidades vendendo produtos variados. Como estratégia para melhorar as vendas, esses homens promoviam verdadeiros shows em praça pública, onde demonstravam a utilidade de seus produtos. Tom Zé conta que ficava maravilhado ao ver como o "homem da mala" era capaz de transformar um local comum em um palco improvisado e colocava-se como artista diante de uma plateia popular amparado apenas por sua capacidade de improviso e de entreter os outros através de narrativas.

Na mesma época, se alia a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia e Djalma Corrêa no espetáculo Nós, Por Exemplo nº 2, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Com o mesmo grupo, vai a São Paulo encenar Arena Canta Bahia, sob a direção de Augusto Boal, e grava o álbum definidor do movimento Tropicalista, Tropicália ou Panis et Circensis, em 1968.

Em 1968, ganha o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção "São Paulo, Meu Amor".

Tom Zé foi de grande importância para a construção do movimento. Inclusive, chegou a dar aulas de música para Moraes Moreira, que viria a formar a banda Novos Baianos.

Como é notável no seu disco de 1968, "Grande Liquidação", Tom Zé carregava fortes traços tropicalistas nas suas canções e era também um dos expoentes do movimento, tendo inclusive participado do disco "Tropicália ou Panis et Circensis". Porém, por desencontros e desentendimentos, acabou se afastando do tropicalismo, de onde a sua imagem foi sendo aos poucos apagada. Tom Zé chegou a ser chamado de "Trótski do tropicalismo", em referência ao marxista cuja participação na Revolução Russa foi apagada durante o governo estalinista.

Passou a década de 70 e 80 avançando ainda mais no seu pop experimental em álbuns relativamente herméticos, sem atrair a atenção do grande público. No final dos anos 80, é "descoberto" pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads), numa visita ao Rio de Janeiro, que lança a sua obra nos Estados Unidos, para grande sucesso da crítica. Lentamente a sua carreira vai se recuperando e Tom Zé passa a atrair plateias da Europa, Estados Unidos e Brasil, especialmente após o lançamento do álbum Com Defeito de Fabricação, em 1998 (eleito um dos dez melhores álbuns do ano pelo The New York Times). Tom Zé compôs, na década de 90, música para balés do Grupo Corpo.

Em 2006 foi lançado o filme Fabricando Tom Zé, um documentário de Décio Matos Jr, sobre a vida e obra do músico.

2014 viu Tom Zé lançar o disco Vira Lata na Via Láctea, acompanhado pelo show "Canções Eróticas para Ninar”. Um título similar foi empregado no seu álbum seguinte, Canções Eróticas de Ninar (2016) aludindo ao facto de que, durante a infância e adolescência na Bahia, Tom Zé não ter recebido uma educação sexual formal. A revista Rolling Stone Brasil o elegeu o 23º melhor álbum brasileiro de 2016.

Em 2019 foi lançada pela editora italiana Add a primeira biografia autorizada, com o título Tom Zé  L'ultimo tropicalista, do escritor Pietro Scaramuzzo, lançada no Brasil pela Edições Sesc SP.

Tom é torcedor fanático do Corinthians, tanto é que, em 1990, fez uma música em homenagem ao jogador Neto, o Xodó da Fiel, em alusão à sua não convocação para a Seleção Brasileira que disputaria o Campeonato do Mundo de 1990.

  

in Wikipédia

   


Sem comentários: