O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
É considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 60 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil.
Em 27 de setembro de 2022, Tom Zé foi eleito para ocupar a cadeira 33 da Academia Paulista de Letras, sucedendo a Jô Soares, morto em agosto desse ano.
É considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 60 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil.
Nascido 11 de outubro de 1936, numa família abastada por conta de um bilhete premiado de lotaria, Tom Zé passa a infância no sertão baiano na sua cidade natal Irará.
Inspirou a sua atuação como artista na figura do "homem da mala". O
homem da mala era um personagem muito recorrente no interior do Brasil,
tratava-se de mercadores que viajavam pelas cidades vendendo produtos
variados. Como estratégia para melhorar as vendas, esses homens
promoviam verdadeiros shows em praça pública, onde demonstravam a
utilidade de seus produtos. Tom Zé conta que ficava maravilhado ao ver
como o "homem da mala" era capaz de transformar um local comum em um
palco improvisado e colocava-se como artista diante de uma plateia
popular amparado apenas por sua capacidade de improviso e de entreter os
outros através de narrativas.
Tom Zé foi de grande importância para a construção do movimento. Inclusive, chegou a dar aulas de música para Moraes Moreira, que viria a formar a banda Novos Baianos.
Como é notável no seu disco de 1968, "Grande Liquidação", Tom Zé
carregava fortes traços tropicalistas nas suas canções e era também um
dos expoentes do movimento, tendo inclusive participado do disco "Tropicália ou Panis et Circensis".
Porém, por desencontros e desentendimentos, acabou se afastando do
tropicalismo, de onde a sua imagem foi sendo aos poucos apagada. Tom Zé
chegou a ser chamado de "Trótski do tropicalismo", em referência ao marxista cuja participação na Revolução Russa foi apagada durante o governo estalinista.
Passou a década de 70 e 80 avançando ainda mais no seu popexperimental em álbuns relativamente herméticos, sem atrair a atenção do grande público. No final dos anos 80, é "descoberto" pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads), numa visita ao Rio de Janeiro, que lança a sua obra nos Estados Unidos, para grande sucesso da crítica. Lentamente a sua carreira vai se recuperando e Tom Zé passa a atrair plateias da Europa, Estados Unidos e Brasil, especialmente após o lançamento do álbum Com Defeito de Fabricação, em 1998 (eleito um dos dez melhores álbuns do ano pelo The New York Times). Tom Zé compôs, na década de 90, música para balés do Grupo Corpo.
2014 viu Tom Zé lançar o disco Vira Lata na Via Láctea, acompanhado pelo show "Canções Eróticas para Ninar”. Um título similar foi empregado no seu álbum seguinte, Canções Eróticas de Ninar (2016) aludindo ao facto de que, durante a infância e adolescência na Bahia, Tom Zé não ter recebido uma educação sexual formal. A revista Rolling Stone Brasil o elegeu o 23º melhor álbum brasileiro de 2016.
Em 2019 foi lançada pela editora italiana Add a primeira
biografia autorizada, com o título Tom Zé L'ultimo tropicalista, do
escritor Pietro Scaramuzzo, lançada no Brasil pela Edições Sesc SP.