Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o rei D. Carlos I de Portugal, e do filho mais velho, o príncipe real D. Luís Filipe (episódio conhecido como Regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o rei D. Manuel II;
e também ficara de luto com a morte de sua filha, a infanta D. Maria
Ana de Bragança, nascida em um parto prematuro, e, em 1920, com a morte
do cunhado, o infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi um dos membros da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910
- que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos
oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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