Maria (Linlithgow, Escócia, 8 ou 9 de dezembro de 1542 – Fotheringhay, Inglaterra, 8 de fevereiro de 1587), também conhecida como Maria Stuart ou Maria I, foi a Rainha da Escócia de 14 de dezembro de 1542 até sua abdicação em 24 de julho de 1567. Também foi Rainha Consorte da França como esposa de Francisco II de 10 de junho de 1559 a 5 de dezembro de 1560.
(...)
Maria foi condenada e sentenciada à morte em 25 de outubro, com apenas um comissário expressando uma opinião contrária.
Isabel hesitou em ordenar a execução, mesmo enfrentando pressão do
parlamento para que a sentença fosse cumprida. Ela estava preocupada,
pois matar uma rainha criaria um precedente desonroso e temia as
consequências, especialmente se, em retaliação, Jaime VI da Escócia
formasse uma aliança com as potências católicas e invadisse a
Inglaterra. Isabel pediu
a Paulet que encontrasse um modo clandestino de "encurtar a vida" de
Maria, porém ele recusou dizendo que não queria fazer "da minha
consciência um naufrágio, ou deixar tão grande mancha em minha pobre
posteridade". Ela assinou o mandato de morte a 1 de fevereiro de 1587 e o deixou com o seu conselheiro privado Guilherme Davison. Dez membros do conselho privado foram convocados dois dias depois por Cecil, sem o conhecimento da rainha inglesa, decidindo executar a sentença imediatamente.
Maria soube a 7 de fevereiro de 1587 que seria executada na manhã do dia seguinte.
Ela passou as suas últimas horas de vida rezando, distribuindo os seus
pertences entre a sua criadagem, escrevendo um testamento e uma carta
para ser enviada ao rei da França.
Um cadafalso preto foi erguido no grande salão de Fotheringhay. Ele
tinha dois ou três degraus de altura e continha um bloco de execução,
uma almofada para ela se ajoelhar e três banquinhos, um para ela e os
outros dois para Talbot e Henrique Grey, 6.º Conde de Kent, as
testemunhas da sua execução.
Os carrascos ajoelharam diante dela e pediram perdão. Maria
respondeu, "Eu os perdoo com todo o meu coração, pois agora, espero,
darão fim a todos os meus problemas".
Os carrascos e suas criadas Joana Kennedy e Isabel Curle ajudaram a
rainha a tirar suas vestimentas externas, revelando uma anágua de veludo
e um par de luvas de roxo, as cores litúrgicas católicas do martírio, com um corpete de cetim preto e enfeites também pretos.
Ao tirar as vestes ela sorriu e disse que "nunca tive tais noviços
antes ... nem nunca despi de minhas roupas diante tal companhia".
Maria foi vendada por Kennedy com um véu branco bordado em ouro, se
ajoelhou na almofada na frente do bloco, posicionou sua cabeça e esticou
os seus braços. As suas últimas palavras foram "In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum" ("Em tuas mãos, Senhor, entrego o meu espírito").
Maria não foi decapitada com um golpe único. O primeiro golpe errou o
seu pescoço e atingiu a parte de trás de sua cabeça. O segundo golpe
cortou o seu pescoço, exceto por um pequeno pedaço de tendão,
que o carrasco cortou com um machado. Em seguida ele levantou a cabeça
e declarou: "Deus salve a Rainha!" Nesse momento as tranças vermelhas
do cabelo de Maria mostraram-se ser na verdade uma peruca e a sua
cabeça caiu no chão, revelando que ela tinha um cabelo grisalho curto.
in Wikipédia
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