sexta-feira, fevereiro 26, 2021

O último Imperador Asteca foi assassinado há 496 anos



Cuauhtémoc
(1502 - 26 de fevereiro de 1525), também chamado Cuauhtemotzin ou Guatimozin, foi o último governador Tlatoani Asteca de Tenochtitlán e o último imperador asteca. Seu nome significa "águia que cai" na língua Nahuatl (cuauhtli significa águia; temoc, declinante) pode também ser interpretado como "sol se pondo".
Cuauhtémoc assumiu o poder em 1520, sucedendo Cuitláhuac. Era sobrinho do imperador Moctezuma II, e sua jovem esposa era uma das filhas de Montezuma. Ascendeu ao trono quando sua cidade estava sendo sitiada pelos espanhóis e devastada por uma epidemia de varíola. Na época, tinha cerca de 18 anos. É provável que, após o massacre do templo principal de Tenochtitlán, poucos capitães astecas restavam.
Em 13 de agosto de 1521, Cuauhtémoc dirige-se ao campo para pedir reforços à decadente Tenochtitlán, após oito dias de contínuos de combate contra os espanhóis. De todos os Nahuas, apenas os Tlatelolcas permaneceram leais, e os Tenochcas sobreviventes procuraram refúgio em Tlatelolco, onde até mesmo as mulheres batalharam. Cuauhtémoc foi capturado enquanto, disfarçado, atravessava o Lago Texcoco. Ele rendeu-se a Hernán Cortés, oferecendo-lhe sua faca e pedindo para ser morto.
Como todos os indivíduos recém-conquistadas, os conquistadores tentaram converter ao cristianismo, mas só o fizeram até o dia em que lhe deram senteça de morte. Segundo Héctor Pérez Martínez, seu nome católico havia sido Hernando de Alvarado Cuauhtémoc; outras fontes citam só Hernando e Fernando. Os convertidos recibiam os nomes dos padrinhos, e Pérez Martínez suponhe que os parinhos de Cuauhtémoc foram o próprio Hernán Cortés e Pedro de Alvarado.
Cuauhtémoc, assim como Tetlepanquetzal (o Tlatoani de Tacuba), foi torturado, tendo seus pés queimados no fogo. Mesmo assim, recusou a revelar qualquer informação sobre os tesouros que os espanhóis cobiçavam. Cortés levou-o em sua viagem a Honduras, talvez porque temesse que Cuauhtémoc liderasse uma insurreição. Algumas crônicas indígenas registram que Cuauhtémoc tentara informar outras cidades sobre as intenções dos conquistadores, durante a viagem a Honduras, embora tivesse sido denunciado já que estes também temiam os Astecas. O conquistador espanhol Bernal Díaz del Castillo descreveu uma versão mais elaborada da conspiração. Finalmente, Cortéz ordenou a morte de Cuauhtémoc em 26 de fevereiro de 1525.
Na atual cidade mexicana de Ixcateopan, no estado de Guerrero, reside um ossário que, supostamente, contém os restos mortais de Cuauhtémoc.
Muitos lugares do México têm o seu nome em memória de Cuauhtémoc. Estes incluem a Ciudad Cuauhtémoc no Estado de Chihuahua, o Cuauhtémoc, D.F., município do Distrito Federal Mexicano, e uma avenida e uma estação de metro na Cidade do México.
É também um dos poucos nomes não-espanhóis (não-castelhanos) muito popular no México, dado a garotos mexicanos. O mais famoso é o futebolista Cuauhtémoc Blanco.
A Marinha do México dispõe também de um navio baptizado com o seu nome. A Cervecería Cuauhtémoc é uma cervejaria mexicana bem reconhecida, tanto no México como em outros países.

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