segunda-feira, fevereiro 22, 2021

A queda do edifício Palace II matou oito pessoas no Rio de Janeiro há vinte e três anos

Imagem retratando o momento da destruição do edifício em fevereiro de 1998
  
O Palace II era um edifício residencial construído na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que foi implodido no dia 28 de fevereiro de 1998, a despeito de investigações anteriores terem encontrado como causa da tragédia um erro estrutural de cálculo (assinado por engenheiro) nas vigas de sustentação.
    
Construção
O edifício Palace II foi construído pela Construtora Sersan de Sérgio Naya em 1990, com previsão de conclusão para 1995, tendo havido no entanto atraso na conclusão da obra.
Segundo os moradores, em 1996 o edifício foi interditado pela Defesa Civil após ter morrido um operário ao cair no fosso do elevador, que apresentava defeito.
A construtora já havia sido processada quatro vezes em virtude da má construção do prédio, que não havia recebido a licença de habitabilidade da prefeitura.
 
Primeiro desmoronamento
O primeiro desmoronamento ocorreu às 03.00 horas do dia 22 de fevereiro de 1998, quando as colunas 1 e 2 do edifício, onde havia 44 apartamentos, desabaram. Oito pessoas morreram como resultado do incidente. Em 24 de fevereiro, a prefeitura anunciou que a implosão do edifício ocorreria dentro de 5 dias.
 
Segundo desmoronamento
O segundo desmoronamento ocorreu pouco antes das 13.00 horas do dia 27 de fevereiro de 1998. Trinta minutos antes do desmoronamento, o relatório técnico recomendava que os moradores voltassem ao edifício para recuperar os seus bens, quando uma inexplicável coluna de água irrompe da cobertura do 23° andar com toneladas de água. Não foi confirmado se havia ou não uma piscina nessa laje como mostra uma foto, no entanto, assume-se que a caixa de água teria sido drenada por razões de segurança antes do ingresso de técnicos na instalação dos explosivos para a implosão.
Outra explicação para esse segundo desabamento é que os técnicos da implosão, preocupados em não incomodar os vizinhos, teriam pré-instalado uma grande quantidade de água na laje das coberturas para que na hora da implosão liberasse o mínimo de partículas na atmosfera. Essa providência teria sobrecarregado o limite de resistência da estrutura fazendo parte dela ruir antes mesmo da implosão, mas essa possibilidade foi logo descartada.
22 apartamentos foram destruídos nessa segunda queda.

Implosão
Ocorreu ao meio-dia de 28 de fevereiro de 1998. A implosão foi feita pela empresa CDI Implosões, e transmitida ao vivo para todo o Brasil pela televisão.
  

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