segunda-feira, outubro 12, 2020

Luís de Freitas Branco nasceu há cento e trinta anos

(imagem daqui)
  
Luís Maria da Costa de Freitas Branco (Lisboa, 12 de outubro de 1890 - Lisboa, 27 de novembro de 1955) foi um compositor português e uma das mais importantes figuras da cultura portuguesa do século XX.
 
Biografia

Educado no meio do bairro, cedo tomou contato com a música, aprendendo violino e piano. Aos 14 anos compôs canções que atingiram grande popularidade. Aos 17 anos iniciou a crítica musical no "Diário Ilustrado". Estudou também órgão.

Em 1910 viajou até Berlim para estudar composição, música antiga e metodologia da história da música. Em Maio de 1911 foi para Paris, onde conheceu Claude Debussy e a estética do Impressionismo. Em 1915 participou nas Conferências da Liga Naval sobre a "Questão Ibérica", promovidas pelo Integralismo Lusitano. Em 1916, foi nomeado professor no Conservatório de Lisboa, de que foi subdirector entre 1919 e 1924; foi professor de, entre outros, Joly Braga Santos e Maria Campina. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas A Arte Musical (1898-1915), Música (1924-1925), nomeadamente o artigo "Guitarras Portuguesas" publicado no nº 2, de 1 de Setembro de 1924, e nos Anais das bibliotecas, arquivo e museus municipais (1931-1936).

Desenvolveu actividade em diversos domínios da vida cultural.

Manteve estreitas relações com diversas figuras, como Alberto Monsaraz, António Sardinha, Hipólito Raposo, Bento de Jesus Caraça e António Sérgio.

A 5 de outubro de 1930 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

A partir de 1940 foi acusado de "irreverente" por se comportar de maneira "imprópria" nas aulas e por factos da vida familiar, sendo constituído arguido num processo do qual resultaria a sua suspensão como docente no Conservatório. Realizou então palestras na Emissora Nacional e manteve tertúlias com um grupo de discípulos.

Foi demitido da Emissora Nacional em 4 maio de 1951 acusado de ter usado uma gravata vermelha no dia seguinte à morte do presidente Óscar Carmona, mas segundo o testemunho de Nuno Barreiros e Maria Helena de Freitas a gravata que usara não era vermelha, mas sim de xadrez com um padrão em que o vermelho não era a cor preponderante.

Está sepultado no cemitério dos Prazeres em Lisboa.

Era irmão do maestro português Pedro de Freitas Branco.

Desposou Estela Diniz de Ávila e Sousa, não tendo havido descendentes deste casamento.

Teve um filho de Maria Clara Dambert Filgueiras, de ascendência franco-belga: João de Freitas Branco.

   

 


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