quinta-feira, setembro 17, 2020

Marina Lima - 65 anos!

 

Marina Correia Lima (Campo Maior, Brasil, 17 de setembro de 1955) é uma cantora, compositora e apresentadora brasileira.
  
Primeiros sucessos
Nascida na cidade do Rio de Janeiro, Marina Lima mudou-se ainda criança para a capital dos Estados Unidos, Washington, onde viveria até os 22 anos, pois o pai, Ewaldo Correia Lima, era economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Neste período ganhara uma viola do pai, como um pretexto para sentir menos a falta do país natal. Marina é irmã de Roberto, economista, e de Antônio Cícero, poeta e filósofo.
Iniciou a carreira em 1977, quando teve uma canção gravada por Gal Costa, Meu Doce Amor. Decidiu musicar um dos poemas do irmão mais velho, Antônio Cícero e obteve reconhecimento. Estabelecida essa conexão "emocional", Marina e Cícero esqueceram antigas divergências, ocasionadas pela idade e, a partir de então, trilhariam uma parceria de sucesso. De volta ao Rio de Janeiro, assina um contrato e lança o primeiro LP, Simples Como Fogo em 1979

Mulher 80
Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 80, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos apresentando os novos talentos registavam índices recordes de audiência. Marina Lima participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Elis Regina, Joanna, Gal Costa, Rita Lee e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram a telenovela Malu Mulher.

Nordeste já
Valendo-se do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

Depressão e retorno
Após a morte do pai, no período de criação do álbum O Chamado (1993) e o cancelamento da turnê do CD posterior a este, Abrigo, de 1995, provocado por este e outros problemas pessoais, Marina entra em depressão por causa da morte do pai e da separação da mulher que amava. Na época alegava que o problema eram problemas nas cordas vocais. Mesmo neste estado, lança em 1996 o CD Registros à Meia Voz, com versões próprias para letras de Paulinho da Viola, Zélia Duncan, Christiaan Oyens, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Somente em 1998 é que se pode notar os danos que a depressão causou à voz, após romper com uma namorada que morava fora do Brasil: Pierrot do Brasil é um disco magistral, mas que traz uma voz sussurrada, falada, um tanto castigada e algo angustiante. Em novembro de 1999, Marina fez um ensaio para a revista revista Playboy, recebendo 2,5 milhões de reais para posar. Mais tarde Marina afirmou que o problema na voz foi devido erros médicos.
Em 2000, regressa aos palcos com Síssi na Sua, um grandioso espetáculo, com influência teatral. É nítida a deficiência vocal, apesar de não ter problemas físicos, a voz ficou comprometida com os problemas emocionais. Mesmo assim foi forte o impacto causado pela versão ao vivo de "Para Um Amor no Recife", "Irremediáveis Mortais", "À Meia-voz" e a releitura de "À Francesa" e "Acontecimentos". O ano de 2001 fez com que o trabalho de Marina Lima tivesse mais ainda em evidência pelo facto de o álbum com a canção "Setembro", que serviu de nome para o disco, ter além do rock, uma batida eletrónica. Neste ano "No Escuro" era banda sonora da telenovela O Clone; "Notícias", da telenovela Esperança. Em 2003, no acústico MTV, apesar de ainda deficiente, é nítida a melhoria na voz em "A Não Ser Você", "Ainda é Cedo" (música de Renato Russo) ou até mesmo em "Sugar"- canção gravada primeiramente em estúdio e que fez parte da novela Agora é que São Elas, da TV Globo. Em outubro de 2005, Marina estreia o novo show Primórdios com duas temporadas, por duas semanas em São Paulo, seguida de outra temporada em janeiro. Essa foi a estratégia. Experimentar como funcionam as novas ideias ao vivo para depois gravar com a certeza de agradar o público. Em agosto de 2006, lança o CD Lá Nos Primórdios, com a voz mais firme e forte. Anuncia que está fazendo aula de canto, para reaprender a usar a voz. Em novembro de 2006 registou o show "Primórdios" em DVD, com um show fechado no Auditório do Ibirapuera (São Paulo)e que ainda se mantém inédito, sem data para edição. Em 2007, Marina lança-se na estrada com "Anna Bella", a releitura de "Cara","Meus Irmãos" num novo show, o "Topo Todas Tour". A melhor era "Entre as Coisas". O show é um apanhado de seus maiores sucessos com as canções inéditas de seu último disco, o "Lá nos Primórdios". O show foi encerrado na metade de 2008 e deu lugar para que Marina concebesse o "Marina Lima e Trio em Concerto".
Em 2009 Marina planeava lançar o registo em DVD do show "Primórdios" e o CD de músicas inéditas que veio preparando desde o início deste ano, contando com a produção de Edu Martins, que ficou para 2011. Em 2010 Marina planeava lançar o seu primeiro livro, o qual se chamaria "Marina Lima Entre as Coisas", mas problemas com gráfica e editora impossibilitaram a cantora de lançar. Em 2011, após a morte da mãe, mudou para São Paulo e lá compôs todas as novas canções do seu próximo álbum, "Climax", lançado em meados do mesmo ano. O disco foi aclamado pela crítica e rendeu os hits "Não Me Venha Mais Com Amor" e "Pra Sempre" (esta última com Samuel Rosa). Além de entrar na estrada com a turnê do disco Clímax, com a música "Pra Sempre", Marina conseguiu uma indicação ao VMB 2011 na categoria "Melhor Música". Em 2013, lançou o seu livro de memórias e percepções, intitulado "Maneira de Ser". No final de 2015, lançou o disco "No Osso", registro ao vivo da turnê de voz e violão que vem fazendo desde o fim de 2014. O álbum possuiu releituras de clássicos como "Virgem", duas canções inéditas - "Da Gávea" e "Partiu" - e duas faixas bônus gravadas em estúdio: um cover de "Can't Help Falling In Love", sucesso do cantor norte-americano Elvis Presley e uma versão da inédita "Partiu" gravada com a banda Strobo. Em 23 de fevereiro de 2018, lançou o single "Só os coxinhas", um funk carioca composto por Marina Lima e seu irmão Antonio Cicero.[
   

 

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