(imagem daqui)
O Acidente de Camarate, também conhecido como Atentado de Camarate ou Caso Camarate, foi um desastre aéreo ocorrido a 4 de dezembro de 1980, no qual a queda de um avião Cessna sobre o bairro das Fontaínhas, em Camarate, a Norte de Lisboa, vitimou o primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, outros três passageiros e os dois pilotos do avião.
Na noite de 4 de dezembro de 1980, durante a campanha presidencial do general Soares Carneiro, candidato pela Aliança Democrática (AD), o ministro da Defesa português, Adelino Amaro da Costa tinha disponível uma aeronave Cessna a fim de deslocar-se ao Porto, onde iria assistir ao encerramento da campanha, tendo Soares Carneiro alterado o local de encerramento da campanha para Setúbal, para onde se dirigiu acompanhado de Freitas do Amaral. O então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, que também se dirigia para o Porto, acompanhado da sua companheira Snu Abecassis,
desmarcou os bilhetes da TAP que tinha reservado e aceitou o convite de
Amaro da Costa, embarcando a bordo do Cessna juntamente com este, a sua
mulher Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires, o chefe de gabinete do
primeiro-ministro, António Patrício Gouveia, e os dois pilotos do
aparelho. Pouco depois de levantar voo, o avião incendiou-se e
despenhou-se sobre o bairro das Fontaínhas, zona residencial vizinha da
pista do Aeroporto da Portela,
calculando-se que o impacto no solo ocorreu 26 segundos depois da
descolagem. O avião Cessna tinha entretanto embatido em cabos de
alta-tensão,
perdendo velocidade e acabando por se despenhar e incendiar sobre uma
casa do bairro das Fontaínhas. Testemunhos contraditórios colocam em
cima da mesa a hipótese de atentado, alegando algumas testemunhas
oculares terem visto o Cessna a incendiar-se aquando do impacto final
contra as habitações e outras testemunhas que o aparelho já se
encontrava em chamas durante o voo, antes ainda do primeiro embate
contra os cabos de alta-tensão. Morreram os sete ocupantes do aparelho,
não se tendo registado
vítimas entre os moradores do bairro, apesar de cinco habitações e três
automóveis terem sido danificados.
(...)
O parlamento português já nomeou 10 comissões de inquérito para
averiguar as causas e circunstâncias em que, no dia 4 de dezembro de
1980, ocorreu a morte do primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, do
ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, e dos seus
acompanhantes.
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