Leon Trotsky (nascido Lev Davidovich Bronstein; Ianovka, 7 de novembro de 1879 - Coyoacán, 21 de agosto de 1940) foi um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, organizador do Exército Vermelho e rival de Estaline na tomada do PCUS após a morte de Lenine.
Nos primeiros tempos da União Soviética desempenhou um importante papel político, primeiro como Comissário do Povo
(Ministro) para os Negócios Estrangeiros; posteriormente como
organizador e comandante do Exército Vermelho, e fundador e membro do Politburo do Partido Comunista da União Soviética.
Afastado por Estaline do controle do partido, Trótski foi
expulso deste e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, agente da polícia política de Estaline. As suas ideias políticas, expostas numa obra escrita de grande extensão, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.
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Mesmo sendo freqüentemente torturado pela polícia mexicana, Mercader
jamais revelou a sua identidade ou as suas ligações com a NKVD. Alfonso
Quiroz, um psicólogo mexicano que se interessou pelo caso, concluiu, após
diversas análises, que Mercader era uma pessoa superdotada, pois além de
dominar vários idiomas fluentemente, tinha uma capacidade de raciocínio
acima do normal. Após poucos anos de prisão, Mercader solicitou liberdade
condicional, que foi negada pelo Dr. Jesús Siordia e pelo
criminologista Q. Cuarón. Após cumprir a sua pena, foi finalmente
libertado do presídio Lecumberri, na Cidade do México, em maio de 1960, e mudou-se para Havana, onde Fidel Castro o acolheu.
Em 1961, Mercader mudou-se para a URSS e foi condecorado com a medalha de Herói da União Soviética,
uma das mais altas comendas do país. Mercader dividiu-se entre Cuba e a
União Soviética pelo resto de sua vida, reverenciado pela KGB
(sucessora da NKVD). Veio a falecer em Havana, em 1978, e encontra-se
sepultado sob o nome de Ramon Ivanovitch López no cemitério de Kuntsevo, em Moscou, possuindo um lugar de honra no museu da KGB na capital russa.
Na tarde do dia 20 de agosto de 1940, o agente stalinista Ramón
Mercader saiu de um hotel no centro da capital mexicana e se dirigiu à
residência de Trotsky, guardada por uma legião de seguranças. Mercader
entrou na casa e se dirigiu ao escritório de Trotsky, onde lhe entregou
um documento para ler e, enquanto isso, golpeou-o na cabeça com uma
picareta de alpinista.
Segundo o relato de Mercader a seu irmão, Luis, mesmo com a
perfuração de sete centímetros na cabeça, Trotsky atirou-lhe objetos e
ainda lhe salvou a vida, pedindo aos seguranças que não o matassem
enquanto não confessasse o nome do mandante.
Mercader jamais fez essa confissão às autoridades mexicanas. Cumpriu
20 anos de prisão no México e, em 1961 foi condecorado como "herói da
URSS" pelo dirigente Nikita Kruchev. Mas o "herói" passou a ser um "peso
morto" para o governo soviético e teve sua identidade modificada pelos
agentes de Estaline, até mesmo nos livros de registros de Barcelona,
cidade onde nasceu. A partir de 1974, tornou-se amigo íntimo de Fidel
Castro, de quem ganhou uma residência em Havana, onde morreu quatro anos
depois. As suas cinzas foram transportadas em um vôo especial para Moscovo. A sua lápide no cemitério de Kuznetsovo diz: "Ramón Ivanovitch López,
herói da União Soviética". (Flavio Campos e Renan Garcia Miranda. A
escrita da História. 1ª edição. São Paulo: Escala Educacional, 2005).
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