Elio de Angelis (Roma, 26 de março de 1958 - Le Castellet, 15 de maio de 1986) foi um piloto italiano de Fórmula 1 que participou nos campeonatos entre 1979 e 1986. Ele correu pelas equipas Shadow, Lotus e Brabham. Morreu durante testes no circuito de Paul Ricard, em Le Castellet, em 1986. Algumas vezes, referiam-se a ele como o
"último cavalheiro da Fórmula 1", e embora provavelmente não fosse um
dos pilotos mais talentosos, certamente estava entre os mais populares
da categoria.
(...)
Em 1986, De Angelis correu pela Brabham - outra equipe famosa agora em declínio - como substituto do bicampeão mundial Nelson Piquet (que havia ido para a equipe Williams, porque o homem forte da Brabham, Bernie Ecclestone, não lhe deu um aumento de salário).
A Brabham-BMW de 1986, a BT55 Skate, era um carro de design
radical, com um assento extremamente baixo. Todavia, não conseguiu tirar a Brabham do seu rápido declínio, e logo se tornou claro que
aquele modelo não seria o ano em que a equipa recuperaria os seus dias de
glória do início dos anos 80. Não obstante, De Angelis deu o melhor de
si para ajudar no desenvolvimento do carro.
Durante testes no circuito de Paul Ricard, na França,
a asa traseira do BT55 soltou-se enquanto ele pilotava a alta
velocidade, fazendo com que o carro perdesse pressão aerodinâmica nas
rodas traseiras, capotasse sobre uma barreira e começasse a arder. O impacto
não matou De Angelis, mas ele não conseguiu sair do veículo sozinho, e a
ausência de bombeiros no circuito francês - ou de alguém que pudesse
ter ajudado - e uma demora de 30 minutos para a chegada de um
helicóptero de resgate, fez com que ele morresse asfixiado pelo fumo.Os seus únicos outros ferimentos foram uma clavícula partida e queimaduras
leves nas costas.
De Angelis seria o último piloto da F-1 a morrer a pilotar antes de Roland Ratzenberger, em Ímola,
oito anos mais tarde, no fatídico fim de semana em que também morreu Senna. O seu lugar na equipa Brabham foi ocupado,
ironicamente, por Derek Warwick - supostamente porque o inglês foi o
único piloto desempregado que não ligou imediatamente para Ecclestone,
perguntando se o podia substituir.
Além do seu talento como piloto, De Angelis era também um pianista de
nível profissional o qual, certa vez, num episódio famoso, entreteve os
demais pilotos com um recital, durante a greve de pilotos nos treinos
do GP da Africa do Sul de 1982.
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