Angela Isadora Duncan (São Francisco, 27 de maio de 1877 – Nice, 14 de setembro de 1927) foi uma bailarina dos Estados Unidos.
Isadora foi a terceira filha das quatro tidas pelo casal Dora Gray
Duncan, pianista e professora de música e Joseph Charles, poeta.
Considerada a pioneira da dança moderna, causou polémica ao ignorar todas as técnicas do balé clássico. Sua dança foi inspirada pelas figuras das dançarinas nos vasos gregos encontrados, segundo algumas fontes, no Museu do Louvre; já outras fontes informam que tais vasos foram vistos pela bailarina no museu britânico.
Sua proposta de dança era algo completamente diferente do usual, com
movimentos improvisados, inspirados, também, nos movimentos da natureza:
vento, plantas, entre outros. Os cabelos meio soltos e os pés descalços
também faziam parte da personalidade profissional da dançarina. Sua
vestimenta era leve, eram túnicas, assim como as das figuras dos vasos
gregos. O cenário simples, era composto apenas por uma cortina azul.
Outro ponto forte na dança de Isadora é que ela utilizava músicas até
então tidas apenas como para apreciação auditiva. Ela dançava ao som de Chopin e Wagner e a expressividade pessoal e improvisação estavam sempre presentes no seu estilo.
Isadora tinha personalidade forte e não se curvava à tradições. Não
era afeita ao casamento, tendo casado três vezes e só o fazendo porque
tinha a possibilidade de separar-se, caso necessário. Seu primeiro
marido foi o designer teatral Gordon Graig, do qual se separou, assim
como separou-se do milionário parisiense Eugene Singer (responsável
pelas máquinas Singer conhecidas no mundo). Isadora teve um filho de
cada relacionamento.
Em 1898 Isadora foi para Londres em busca de reconhecimento profissional. Lá consolidou sua fama, fazendo sua primeira apresentação em Paris
no ano de 1902. Em 1908 escreve The Dance. Em 1913, um incidente tira a
vida de seus dois filhos, Deirdre e Patrik e de sua governanta, que
morrem afogados no rio Sena. Devido ao facto, Isadora passa alguns anos sem se apresentar. No ano de 1916 ela vai ao Brasil e se apresenta no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, nesta época ela estava com 38 anos de idade. Em 1920 vai para Moscovo. Casa-se com o poeta soviético Serguei Iessienin,
de quem se separa dois anos depois. Serguei suicida-se em 1925, quando
Isadora vai para a França e passa seus últimos anos, em Nice. Em 1927
escreve uma auto-biografia intitulada My Life e morre no mesmo ano, em 14 de setembro. Em 1928 são editados seus artigos póstumos em The Art of the Dance. O seu fim é pobre e anónimo, pois ela já não tinha sucesso.
Isadora morreu em um bizarro acidente de carro descapotável, quando a sua famosa
echarpe ficou presa a uma das rodas, estrangulando-a. Durante anos uma
amiga disse que as últimas palavras proferidas antes de entrar no carro
conduzido por um jovem, foram: "Adeus, amigos! Vou para a glória.", tendo anos depois rectificado que eram "Adeus amigos. Vou para o amor". A sua intenção era que Isadora fosse recordada com uma frase mais elegante que aquela que realmente proferiu.
in Wikipédia
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