sexta-feira, agosto 19, 2011

Poema para a minha bebé...

 (imagem daqui)

Desde uma eternidade ...

Desde uma eternidade te buscava
sem palavras, sem gestos, mas suspenso
da estranha luz, adivinhada e incerta,
que em tua voz secreta resplendia.


Meu vigilante coração inquieto
por entre o nevoeiro te buscava.
Solitário, debruçado sobre as ondas,
tuas espáduas de água eu tacteava
com meus olhos vibrantes como peixes.


E da oceânica noite deslumbrada
surgiste para mim,
sacudindo os teus cabelos de algas
e de estrelas marinhas e medusas.


Oh indizível rosto compreendido!

in Canto Submerso - José Terra

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