Abalos causaram destruição na localidade de Lorca, região de Múrcia
Dois sismos em Espanha causam dez mortos
Pelo menos dez pessoas morreram na localidade de Lorca em Múrcia, Sudeste de Espanha, após dois sismos, um de 5,2 e outro de 4,5 de magnitude, segundo a protecção civil.
Francisco Jódar, presidente da autarquia de Lorca, onde os abalos se fizeram sentir com mais intensidade, disse aos órgãos de comunicação social espanhóis que pelo menos um edifício caiu. O hospital Rafael Méndez, de Lorca, foi evacuado, várias pessoas ficaram feridas e foram transportadas para os hospitais de Murcia, Cartagena e Cieza.
A protecção civil espanhola tinha referido inicialmente cinco mortes. Os abalos fizeram tremer vários edifícios. O epicentro localizou-se na serra de Tercia, na localidade de Lorca, perto de Múrcia. Há várias estradas cortadas e também linhas férreas.
Na região sentiram-se dois abalos, o primeiro com uma magnitude de 4,5 na escala de Richter e o segundo de 5,2, segundo estimativas do Centro Sismológico Euro-Mediterrânico. O primeiro abalo registou-se quando eram 16h05 locais (menos uma hora em Lisboa), e o segundo às 18h47 (17h47 em Lisboa).
Uma das pessoas que morreu era menor. O sismo sentiu-se sobretudo nas localidades de Mazarrón, Cartagena e Águillas, bem como nas províncias de Almería, Albacete e Madrid, adiantou o “El País”.
Informação avançada pela imprensa local refere que algumas das vítimas morreram na rua, devido à queda de material de edifícios circundantes. Pelo menos um dos mortos, uma mulher, estava num edifício residencial de três andares que ruiu completamente. O seu filho foi resgatado com vida do local.
Os abalos causaram fissuras nas estradas e viadutos e as autoridades pediram aos automobilistas para não se deslocarem para a região. A estrada A7 para Andaluzia ficou bloqueada.
Muitas pessoas correram para a rua após o sismo. “Senti um abalo fortíssimo, com muito ruído, tive muito medo”, disse ao “El País” Juani Avellaneda. Também Joana Ruiz contou aos jornalistas que a sua casa ficou destruída, “rachou toda, os móveis caíram”.
A autarquia activou um plano de emergência e também o governo local pôs em marcha o nível 2 do plano de emergência contra riscos sísmicos. Múrcia fica na região de maior actividade sísmica em Espanha.
Uma habitante da Avenida Juan Carlos I, em Lorca contou ao "El País" que os sismos causaram fissuras no edifício onde vive e que as pessoas "saíram para a rua e os telemóveis não funcionam".
Os partidos políticos cancelaram já toda a actividade de campanha para as eleições locais e autónomas de 22 de Maio prevista para esta quinta-feira.
As equipas de socorro começaram a efectuar buscas casa a casa para encontrar vítimas. Lorca é o terceiro maior município da região de Múrcia e tem cerca de 92.700 habitantes, e estes foram dos sismos mais fortes sentidos na região desde que há registos, segundo o Instituto Geográfico Nacional.
Responsáveis da Unidade de Prevenção e Reacção do Corpo Nacional de Polícia das localidades de Múrcia e Cartagena descreveram ao “El Mundo” uma situação “de caos e desastre generalizado”. O ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, irá deslocar-se nesta quinta-feira de manhã à região afectada.
Uma equipa de televisão da TVE que se deslocou ao local transmitiu em directo a queda do sino de uma igreja de Lorca. Os jornais espanhóis mostraram imagens de carros destruídos, ruas repletas de destroços e pessoas desesperadas. Em Lorca, todos os edifícios públicos sofreram algum tipo de danos e partes de edifícios caíram sobre a rua.
Sem comentários:
Enviar um comentário