sábado, maio 11, 2019

Bob Marley morreu há 38 anos

Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 - Miami, 11 de maio de 1981), foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Marley já vendeu mais de 75 milhões de discos. A maior parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Levou, através de sua música, o movimento rastafari e suas ideias de paz, irmandade, igualdade social, libertação, resistência, liberdade e amor universal ao mundo. A música de Marley foi fortemente influenciada pelas questões sociais e políticas de sua terra natal, fazendo com que considerassem-no a voz do povo negro, pobre e oprimido da Jamaica. A África e seus problemas como a miséria, guerras e domínio europeu também foram centro de assunto das suas músicas, por se tratar da terra sagrada do movimento rastafari.
Hoje pode ser considerado o primeiro e maior astro musical do Terceiro Mundo e a maior voz deste. Suas músicas mais conhecidas são " I Shot the Sheriff "," No Woman, No Cry"," Could You Be Loved "," Stir It Up "," Get Up, Stand Up "," Jamming "," Redemption Song "," One Love/People Get Ready "e," Three Little Birds ", e também lançamentos póstumos como " Buffalo Soldier "e" Iron Lion Zion ". A coletânea Legend, lançada três anos após sua morte e que reúne algumas músicas de álbuns do artista, é o álbum de reggae mais vendido da história. Bob foi casado com Rita Marley (de 1966 até a morte), uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os bastante conhecidos Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outros de seus filhos, Ky-Mani Marley, Julian Marley e Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiram carreira musical. Foi eleito pela revista Rolling Stone o 11º maior artista da música de todos os tempos.
   
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Após uma tournée europeia, com uma vasta agenda marcada, Bob Marley e a banda partiram para os Estados Unidos, quando fizeram dois shows no Madison Square Garden. Durante a segunda apresentação, Bob sentiu-se mal no palco e começou a ser averiguado o que se passava com o ídolo do reggae. Bob, embora com problemas de saúde, chegou a fazer ainda mais um show em Pittsburgh, no dia 23 de setembro de 1980 (último show de Bob Marley), mas logo o mundo recebeu a triste notícia de que o astro do Reggae tinha cancro. A doença teria sido decorrente de um ferimento infetado no dedo grande do pé, que ele teria sofrido em 1977, durante uma partida de futebol em Londres. A ferida, quando feita, não havia cicatrizado, e sua unha posteriormente havia caído; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de cancro da pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob a sua unha. Os médicos aconselharam-no a amputar o dedo, porém Marley recusou-se a fazê-lo devido à sua filosofia rastafari, de que o corpo é um templo que ninguém pode modificar (motivo pelos quais os rastas deixam crescer a barba e os dreadlocks). Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge.
   
O cancro espalhou-se para o cérebro, o pulmão e o estômago. Ele lutou contra a doença durante oito meses, buscando tratamento na clínica do Dr. Joseph Issels na Alemanha, no final de 1980 e início de 1981. Durante algum tempo, o estado de Marley parecia ter estabilizado com o tratamento naturalista do doutor alemão.
Em maio de 1981, quando o Dr. Joseph Issels anuncia que nada mais poderia ser feito. Bob Marley, já abatido pela doença, resolveu regressar para a sua casa na Jamaica,  para passar os seus últimos dias junto da família e amigos. Ele não conseguiu completar a viagem, tendo que ser internado num hospital de Miami. A sua mãe segurava a sua mão, em pranto, enquanto Bob a consolava, pedindo que secasse as lágrimas, dizendo: "Mãezinha, não chores. Vou à frente, para preparar-te um lugar." Faleceu pouco antes do meio-dia de 11 de maio de 1981, menos de 40 horas depois de deixar a Alemanha. 
  
  

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