quarta-feira, setembro 12, 2007

Adivinhem quem voltou


O confronto Evolução versus Criacionismo vai conhecer mais um round, desta vez tendo lugar na Culturgest de 8 a 12 de Outubro. Fica o programa e os links.


Segunda, 08.10.2007
História das relações entre criacionismo e evolucionismo
por Teresa Avelar (Universidade Lusófona)

Terça, 09.10.2007
Mitos criacionismos e a efervescência actual do Criacionismo Científico
por Gonçalo Jesus e Augusta Gaspar (Universidade Lusófona)

Quarta, 10.10.2007
Alguns Erros do Criacionismo Científico Explicados e Corrigidos
por Frederico Almada (Universidade Lusófona) e Octávio Mateus (Museu da Lourinhã)

Quinta, 11.10.2007
O que nos ensinaram duas décadas de evolução experimental em Drosophila?
por Margarida Matos (Universidade de Lisboa)

Sexta, 12.10.2007
Uma história evolutiva da Ética humana
por Augusta Gaspar (Universidade Lusófona)



Mais informações aqui.
Via Viridarium.

Retirado do Blog terra que gira.

Saturno e companhia..

A NASA não pára de me surpreender. Aqui estão mais uma magníficas imagens de outros mundos. Foram obtidas pela Cassini.

Saturno, Titan (direita) e Enceladus



Saturno, Titan e Dione (direita)



Saturno, Titan (esquerda) e Dione



Saturno e Dione (em cima)

Credito: NASA/JPL/Space Science Institute
Fonte: Nasa

Retirado do Blog terra que gira.

Seminário - Conservação e Gestão de Zonas Húmidas


Irá ocorrer, nos dias 12 e 13 de Outubro, o 1º Seminário sobre a Conservação e Gestão de Zonas Húmidas.

Este seminário irá ter lugar na cidade de Peniche, onde serão abordadas temáticas como o enquadramento internacional destas áreas, sistemas fluviais, litoral e zonas de estuário, ordenamento e gestão, lagoas temporárias e pauís e alterações climáticas. Integrado neste evento encontra-se também o 3º Seminário sobre sistemas lagunares costeiros.

O seminário contará com algumas das principais figuras nacionais no contexto destas temáticas, existindo também diversas representações internacionais.

Para obter mais informação acerca do evento pode consultar:


As aventuras de Octávio Mateus no Gobi - II

Português integra expedição
Novo dinossauro
2007-09-12
Octávio Mateus
Octávio Mateus

Um esqueleto quase completo e dentes com formato desconhecido que poderão pertencer a uma nova espécie de dinossauro saurópode são algumas das descobertas de uma expedição no Deserto de Gobi, na Mongólia, onde está integrado um paleontólogo português.


Octávio Mateus, que faz parte de uma equipa de cientistas mongóis, canadianos, sul-coreanos e japoneses, é o primeiro português a participar numa expedição deste género.

A primeira fase da expedição decorreu numa área menos explorada no deserto de Gobi, onde foram descobertos ossos, dentes, crânios e ovos de dinossauros e esqueletos quase completos.

Octávio Mateus, que é actualmente investigador da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, acredita estar na presença de uma nova espécie de dinossauros.

in Correio da Manhã - ler notícia

As aventuras de Octávio Mateus no Gobi

Expedição internacional à Mongólia
Paleontólogo português revela novas descobertas de dinossauros
12.09.2007 - 10h23 Marta Ferreira dos Reis

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Octávio Mateus participa na expedição internacional à Mongólia

Esqueletos incompletos de dinossauros (saurópodes, ceratopsídeos, yamaceratops), ossos de pelos menos dez anquilossauros e mais ossos de terizinossauros, dentes de herbívoro com um formato nunca visto, ovos e casas. Octávio Mateus é o único português entre especialistas norte-americanos, mongóis, canadianos, coreanos e japoneses numa expedição ao Deserto de Gobi, Mongólia, que sem ter feito ainda um mês de duração reforça mais uma vez o valor paleontológico da região.

A expedição começou no dia 20 de Agosto e incide sobre Bayn Shire, zona pouco explorada no sudeste do Deserto de Gobi.

“A localidade é incrivelmente rica, e novas descobertas ocorrem todos os dias”, disse Octávio Mateus por e-mail. “A nossa equipa recolheu vários ossos, dentes, crânios e ovos de dinossauros a até mesmo esqueletos quase completos, o que é raro”.

O deserto de Gobi é conhecido pelos vestígios do período Cretácico, o último da era dos dinossauros. A história das expedições na Mongólia começou no início do século XX, quando equipas americanas perceberam o potencial do local, explicou Miguel Telles Antunes, um dos maiores paleontólogos do país. Depois de algumas grandes descobertas, a Ex-União Soviética quis ficar com a exclusividade das expedições, acrescentou, e só depois da década de 1990 foi possível reactivar a investigação. “É uma região que tem dado magníficos fósseis”.

Octávio Mateus destaca duas descobertas: O esqueleto quase completo de um dinossauro saurópode (quadrúpede herbívoro, conhecido pelo seu pescoço comprida e cabeça pequena), um exemplar com mais de 15 metros de comprimento e os dentes de um animal da mesma espécie que podem revelar uma nova forma de mastigar entre os dinossauros herbívoros.

Paleontologia em Portugal

O processo de escavação em paleontologia é delicado. “É preciso libertar os ossos dos sedimentos e por vezes consolidá-los no local”, disse Telles Antunes. “Os blocos são retirados com cuidado, depois de fotografados e desenhados, e são levados para o laboratório onde se faz o trabalho de preparação e montagem”.

É importante que um português participe nesta expedição mas o trabalho que se faz em Portugal também é válido, disse Telles Antunes. O paleontólogo lembrou o Museu da Lourinhã, na vila do centro do país já considerada capital dos dinossauros, onde foi descoberto o Draconyx loureiroi, uma espécie única. “Não temos os meios que outros têm, mas quando as pessoas querem trabalhar arranjam-se. A falta de meios tem sido um álibi, uma desculpa”, acrescentou.

in Público - ler notícia

NOTA: Post n.º 800 do nosso Blog...!

terça-feira, setembro 11, 2007

Energia Geotérmica - novidades

Calor subterrâneo pode tornar-se energia alternativa

Uma empresa suíça e outra australiana estão a competindo entre si para serem a primeira a desenvolver uma forma comercial de aproveitamento da energia geotérmica. Esse tipo de energia, além de limpa, está disponível em vários locais do mundo e a oferta é milhares de vezes maior do que a demanda actual.

Uma das empresas é a Geopower Basel, sediada na cidade de Basiléia, na Suíça. A outra, a Geodynamics Limited, com sede em Queensland, na Austrália, mas as perfurações para pesquisa e produção de energia ocorrem na cidade de Innamincka.

Segundo o site de notícias Canoe Cnews, o esforço australiano deverá render uma produção inicial de 40 megawatts de eletricidade já em 2010. Devido a um tremor de terra provocado pelas escavações, os planos suíços foram postergados de 2009 para 2012, quando se espera gerar energia suficiente para dez mil residências.

O conceito é bastante simples. O núcleo da Terra, composto de rochas incandescentes, é extremamente quente. Esse calor pode ser utilizado para transformar água em vapor que, por sua vez, pode ser empregado para mover turbinas para produzir electricidade. Além de ser barata e renovável, a energia geotérmica tem outra vantagem em relação às outras opções de energias alternativas, como a eólica e a solar: os geradores operam ininterruptamente.

A ideia não é nova e nem prerrogativa dos países ricos. Em 2005, a BBC News publicou uma notícia sobre o Quénia, um país africano bastante pobre que está sobre uma das regiões com maior potencial geotérmico do mundo. Mas um dos países com mais potencial energético geotérmico são os riquíssimos Estados Unidos.

Segundo um estudo do MIT publicado pela agência de notícias CNet aproximadamente 40% de todo o vasto território americano possui condições para a geração de energia geotérmica. Se todo esse potencial fosse usado, as centrais geotérmicas produziriam 56 mil vezes mais energia do que os americanos gastam actualmente, com impacto ao meio ambiente próximo de zero.

Um investimento de US$ 800 milhões - baixo, para os padrões americanos - poderia levar à produção de 100 gigawats de energia eléctrica até 2050, o equivalente à soma da produção de todas as 104 usinas nucleares em operação nos Estados Unidos. Em termos mundiais, se todo o potencial da Terra fosse usado, a produção de energia seria 250 mil vezes maior do que a demanda.

O site suíço de notícias sncweb.ch, possui um diagrama do processo, bem como um texto explicativo em português. Pode ser acedido pelo link dtmurl.com/bd9.

Maracaju News (Brasil)

Fonte: Blog Energias Renováveis - ver notícia

ADENDA: Isso de "serem a primeira a desenvolver uma forma comercial de aproveitamento da energia geotérmica" parece-me um exagero de uma notícia de um país onde não há muitos conhecimentos sobre energia geotérmica. Mas, com um ou outro erro ou exagero, aqui fica a notícia...

Passeios condicionados na ilha da Berlenga


Passeios condicionados
na ilha da Berlenga

Passear ou pescar vão ser actividades condicionadas na Reserva Natural da Berlenga, após a entrada em vigor, até Dezembro, do plano de ordenamento, que está em discussão pública até 17 de Outubro.

O documento vem fixar um conjunto de normas que, em caso de infracção, vão dar direito à aplicação de coimas e que tendem a definir "a gestão que deve ser feita naquele espaço que é pequeno" e em que "há zonas que carecem de uma protecção mais efectiva" para preservar os recursos naturais existentes, explicou o presidente da comissão mista de elaboração do plano e responsável pela Reserva, António Teixeira.

O responsável remete para uma das principais preocupações do plano: "A forte procura sazonal que ameaça arruinar o potencial e destruir o frágil equilíbrio de ecossistemas insulares" num espaço limitado a uma área de um 1,5 km de comprimento e 800 metros de largura.

Elaborado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o plano surge numa altura em que já está em marcha o projecto de auto-sustentabilidade por parte de vários parceiros tecnológicos - entre os quais a agência espacial norte-americana, NASA -, que pretendem dotar a ilha de infra-estruturas de geração de energia, produção de água potável e tratamento das águas residuais, capazes de criar o equilíbrio entre a preservação do património natural e a ocupação humana na ilha, que no Verão chega a atingir os mil visitantes quando a sua capacidade foi regulamentada em 350 pessoas ao ano.

Além de a ocupação da ilha ficar cingida aos espaços mais frequentados (cais, praia do Carreiro, bairro dos pescadores, Forte de São João Baptista e Farol da Ilha, ligados entre si por trilhos que vão ser recuperados, de modo a evitar o pisoteio indiscriminado e preservar o património natural), os pescadores terão a actividade dificultada, ao perder as regalias de entrada na ilha sobre os outros visitantes.

Apenas é autorizada a pesca desportiva com linhas à mão ou canas de pesca, proibindo outras práticas que ponham em risco o habitat marinho, enquanto as normas de atracagem ou de navegação junto à ilha por parte das embarcações vão ser mais apertadas. São também interditas quaisquer outras actividades, como motonáutica e sobrevoo de aeronaves, bem como obras ou deposição de lixos que prejudiquem o ecossistema ou potenciem a erosão costeira.

in
DN - ver notícia

Árvores de Interesse Público - Monumentos Vivos

Árvores de Interesse Público - Monumentos Vivos
2007-01-30 09:23:59Imagem relacionada com o assunto tratado

O que são árvores de interesse público?



São árvores que pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem dos outros exemplares. Também os motivos históricos ou culturais são factores a ter em conta.


Classificar é proteger.



Que condicionalismos e vantagens advêm da classificação?



A classificação de "interesse público" atribui ao arvoredo um estatuto similar ao do património construído classificado. Desta forma, as árvores e os maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecida da população portuguesa.


Dragoeiro - Quinta do Jardim, Oeiras


Uma árvore classificada de “interesse público” beneficia de uma zona de protecção de 50 metros de raio a contar da sua base.




Castanheiro, Vilar dos Ossos, Vinhais



Alameda dos Freixos, E.N. 246-1, Marvão


Toda a árvore de interesse público não poderá ser cortada ou desramada sem autorização prévia da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, sendo todos os trabalhos efectuados sob sua orientação técnica.


Pineiro manso, Areias de S. João, Estoril


Pelo Decreto-Lei nº 28468 de 15/02/38, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais classifica árvores que merecem a designação de “Interesse Público” com publicação na página da internet desta Direcção-Geral.



Sobreiro, Chaparral do Mendonça, Águas de Moura


Se conhece algum exemplar ou algum conjunto de árvores que julgue digno de serem preservados, dirija-se-nos, indicando a sua localização e, se possível, enviando fotografias.


Evite a destruição de algo insubstituível!


Esteja a tento!


Colabore!




Direcção-Geral dos Recursos Florestais


Divisão de Protecção e Conservação Florestal


Avenida João Crisóstomo, 28


1069-040 LISBOA


Telef: 21 312 48 00


E-mail info@dgrf.min-agricultura.pt



Informação retirada do site da Direcção-Geral dos Recursos Florestais - ver in situ.

Barreira para salvar o Mosteiro da Batalha

Barreira à poluição para salvar mosteiro

Helena Simão, Henriques da Cunha


Especialistas têm alertado para impacto dos gases e da trepidação dos milhares de veículos que passam diariamente junto do monumento





O impacto do Itinerário Complementar (IC) 2, com um corredor situado a escassos metros do Mosteiro da Batalha, vai ser analisado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Os gases poluentes libertados e a trepidação causada pelos milhares de veículos, que diariamente passam junto ao monumento, classificado Património Mundial pela UNESCO, são preocupações antigas de inúmeros especialistas que realçam a fragilidade daquele templo. Os apoios comunitários, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), podem finalmente minimizar o problema.


O presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle, confirmou, ao JN, que o assunto é considerado prioritário, adiantando estar a ser analisado em parceria com a Estradas de Portugal (EP). O ideal, defende, "é que seja construída o mais rapidamente possível uma nova variante naquela zona, que desvie o trânsito", projecto já concluído pela EP, mas ainda sem data para avançar.

Face às óbvias limitações financeiras, procuram-se alternativas mais baratas. O responsável pelo IGESPAR refere que "a possibilidade de criar barreiras (como a colocação de árvores) à poluição vai ser estudada. Em paralelo, a preservação deste monumento, a par com o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo em Tomar, também classificados pela UNESCO, vai ser alvo de uma estratégia conjunta para captar financiamento do QREN, anunciou Elísio Summavielle.

O responsável garante que desta vez o assunto não vai ficar na gaveta, referindo-se a um estudo semelhante, elaborado na década de 80 e que já alertava para o "cancro" da pedra exterior do mosteiro, embora não tenha originado nenhuma intervenção.

O presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, está a acompanhar o processo, revelando que, no que respeita à envolvente do monumento, "há uma série de projectos em curso". "Estamos a tentar chegar a um entendimento com o IGESPAR", disse, optando por não adiantar mais pormenores. Quanto à variante do IC2, o autarca espera que as obras se iniciem em breve, "sob pena de o mosteiro deixar de ser Património da Humanidade". "Foi uma exigência da UNESCO a retirada da estrada", lembrou.

Contactada, a EP não forneceu quaisquer esclarecimentos.

in JN - ver notícia



"Monumento é bastante sensível"


Todas as conclusões dos especialistas apontam no sentido de que a poluição está a deteriorar o mosteiro, não só a pedra, como também os vitrais, que são de extrema importância, e as madeiras. Os impactos negativos não são causados unicamente pelos veículos que passam no IC2, e que libertam gases e causam vibrações, mas também pelo tráfego aéreo, pelo ruído, que pode ter origem em festas, e até pelo lançamento de foguetes. Há uma série de factores que põem em causa a longevidade do mosteiro, que todos queremos que continue de pé nos próximos séculos. Estes são os humanos, mas há os naturais, como o vento a que está exposta sobretudo a ala Norte e o salitre, devido à proximidade do mar. O monumento é bastante sensível.

in
JN - ver notícia

Conto: O menino que atirava pedras à lua

Do amigo contista Paulo Kellerman, com a devida vénia, publicamos o seguinte conto.

O menino que atirava pedras à lua

Paulo Kellerman

Havia na Floresta das Borboletas um menino que todas as noites se escondia atrás das árvores e atirava pedras à lua. Não o fazia por maldade mas apenas porque sentia curiosidade e queria ver o que acontecia. Mas claro que não aconteceu nada; e ele fartou-se de atirar pedras.

Foi então que, um dia, enquanto toda a família jantava, começaram a falar da lua na televisão; disseram que um astronauta, o primeiro que por lá passeava (chamava-se senhor Neil), tinha descoberto muitas pedras, pequeninas e redondas, espalhadas por todo o lado; e o que era mais curioso, explicou o senhor da televisão, é que as pedras eram iguaizinhas às que havia no planeta Terra.

Nessa noite, o menino foi para a cama muito preocupado, e até com algum receio. Porque sabia que as pedras que o senhor Neil encontrou estavam lá porque ele as atirou; ficou mesmo com medo, a tentar imaginar o castigo que os pais lhe arranjariam quando descobrissem que ele estragara a lua, à pedrada.


Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.

Ciência ao Natural - os trabalhos (de campo...) de um Paleontólogo

No Blog Ciência ao Natural, do paleontólogo Luís Azevedo Rodrigues, foram publicados quatro posts sobre os seus trabalhos de campo na Patagónia que merecem uma leitura atenta e uma cuidada observação das fotografias. O último desses posts começa assim:

"Iniciámos hoje a prospecção na vertente norte. Íamos a caminho quando fomos chamados via rádio. “Los portugueses están por allí?”, alguém do Museo de Zapala tinha encontrado aquilo que pareciam ser pegadas de dinossáurio e pediam ajuda à única especialista presente – Vanda Santos.
Dirigimo-nos para o local, a cerca de 30 minutos de caminho. Chegados ao ponto indicado pensámos: “Mas como é que eles lá foram parar?”. Cem metros abaixo, numa vertente com uma inclinação enorme víamos os nossos companheiros que nos acenavam. Iniciámos a longa descida, fazendo lentos e demorados ziguezagues para evitarmos a queda certa. Vanda só me lembrava que nem quando esteve suspensa por cabos a estudar as pegadas do Cabo Espichel teve tanto medo …"

Ler mais em:

Pelos caminhos do “Partimónio”

Do Blog Grande Loja do Queijo Limiano (que merece da minha parte leitura diária...) publicamos o seguinte post, de autoria do blogger Gomez, que ilustra perfeitamente o estado a que chegámos:


Em Reguengos de Monsaraz alargou-se uma estrada. Obra bonita e de préstimo. O diabo é que, pelos vistos, o milenar Menir de Santa Margarida estava no sítio errado. Para não interferir com a circulação dos veículos, a solução foi a que está à vista. Obra asseada, com um corte perfeito, na vertical da extremidade da via. As autoridades do Partimónio estão de consciência tranquila. Afinal, o menir até já tinha sido classificado como Imóvel de Interesse Público...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Vulcão dos Capelinhos - 27.09.1957

Faltam 16 dias...!

Sugestão - consultar:


Eclipse de amanhã

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post:

Amanhã, dia 11.09.2007, ocorre um eclipse parcial do Sol do qual já falámos. Para quem não puder ir ao Chimico em Coimbra, sugere-se a visita ao site da Asociación Argentina "Amigos de la Astronomía", que transmitirá on-line o eclipse (se não chover lá, como parece que irá acontecer...). Para seguirem o eclipse no seu site é só irem à seguinte página, com filme ao vivo e publicação de fotos:

http://www.aaaa.org.ar/eclipse/index.html

domingo, setembro 09, 2007

Página da Internet da AESDA

Aqui fica a informação: há uma interessante página nova na Internet de um grupo de Espeleologia (da AESDA - Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente, com sede em Torres Vedras) da qual publicamos alguns textos (ver a página AQUI):


Fundada em 1992, a AESDA (Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente) é uma entidade associativa, sem fins lucrativos, destinada ao desenvolvimento de actividades relacionadas com a Espeleologia e a Defesa do Ambiente.

O principal objectivo desta Associação consiste em pesquisar e estudar as cavidades subterrâneas, em particular as de génese natural (grutas, algares) mas também as resultantes da acção humana, tais como minas ou criptas. Defender o património natural e construído, em particular no que se relaciona com o meio subterrâneo, é outro dos preceitos fundamentais que regem a actuação da AESDA. Pretende-se, igualmente, contribuir para o desenvolvimento das diversas disciplinas técnicas e científicas ligadas à actividade espeleológica.

A componente de intervenção social é também valorizada no âmbito da AESDA. Recorrendo ao meio subterrâneo, são promovidas acções pedagógicas e de sensibilização dirigidas a todos os interessados, mas sobretudo a estudantes e a grupos sociais de risco complementando projectos de integração social ou de prevenção à marginalidade.


BREVE HISTORIAL DA AESDA

Os primeiros tempos

Antes da existência da AESDA, os elementos que a viriam a constituir promoviam, há já alguns anos, actividades de Espeleologia, então sob a égide do Espeleo Clube de Torres Vedras (ECTV). De entre os espeleólogos mais activos destacou-se um grupo que acarinhava ideias e objectivos espeleológicos bem definidos e que pretendia reunir as condições necessárias para a exequibilidade dos projectos preconizados, que poderiam realizar-se no quadro de um novo espaço associativo subordinado à actividade espeleológica. A AESDA foi oficialmente fundada no dia 11 de Setembro de 1992, formando-se, assim, a entidade jurídica que viria a possibilitar a realização dos projectos almejados (DR – III série, n.º 255, de 04/11/1992).

As conquistas iniciais

Os anos iniciais foram marcados por grandes dificuldades, mas, também, por importantes descobertas. Sem uma sede oficial nem equipamento colectivo, a AESDA era mantida apenas com os recursos dos associados. O facto de ter surgido uma nova associação de espeleologia em Torres Vedras, onde já se encontrava solidamente implantado outro organismo do mesmo tipo, dificultava a obtenção dos necessários apoios da parte dos poderes locais e de outros potenciais financiadores. No entanto, rapidamente se deram importantes aquisições humanas que vieram reforçar o contingente associativo e a capacidade de trabalho. Os resultados não se fizeram esperar. Nesta fase inicial fizeram-se importantes recolhas bioespeleológicas, sendo de destacar a conclusão do trabalho que havia sido iniciado ainda no ECTV sobre ectoparasitas dos morcegos (7). De entre os invertebrados recolhidos, um tisanuro (Coletinia mendesi) mereceu particular atenção. Proveniente da Gruta de Colaride (Cacém), foi entregue para estudo no Centro de Zoologia do Instituto de Investigação Científica Tropical. Trata-se de uma espécie que, até então, tinha sido referenciada apenas no Algarve e em Córdoba (3).

Em Junho de 1993, na sequência de uma série de prospecções espeleológicas desenvolvidas na Serra de Montejunto, foram localizadas e desobstruídas diversas cavidades até então desconhecidas. Uma destas revelou-se de grande importância ao nível arqueológico, atendendo ao seu aproveitamento como necrópole em período Neolítico (6). Os testemunhos arqueológicos aí existentes, com perto de cinco mil anos de antiguidade, correspondem às ossadas de mais de 120 indivíduos acompanhados de inúmeros artefactos de pedra polida ou lascada, de osso, de concha e alguma cerâmica. Esta descoberta levou ao estabelecimento de colaborações com o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e com o Instituto Português de Arqueologia (IPA). A partir de 1994, estas instituições (primeiro o IPPAR e depois o IPA) promoveram sucessivas campanhas de trabalhos arqueológicos na gruta, contando com a participação efectiva de elementos da AESDA (1 e 2).

Ainda nesses primeiros anos de 1992/93, foi realizado o inventário e levantamento topográfico das grutas dos Cucos, em Torres Vedras. Prosseguiram também os trabalhos de exploração e topografia subterrânea nas minas auríferas romanas de Valongo. As pesquisas nestas minas levaram à descoberta de um conjunto de galerias com mais de seiscentos metros, cuja existência se pensava lendária.

Paralelamente aos trabalhos de investigação, realizaram-se as primeiras actividades que ligaram a prática espeleológica à acção pedagógica e social, salientando-se a colaboração no Projecto Joventura, de prevenção à toxicodependência, apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Freguesia de Benfica (5).

Um dos passos mais significativos para a evolução da AESDA deveu-se à boa vontade dos sócios da firma FAS – Francisco António da Silva, Imobiliária, S.A., que cederam, a título gracioso, instalações para a constituição da sede, através de um protocolo assinado em Janeiro de 1994. A cedência foi posteriormente reiterada, permitindo uma mais sólida implantação da AESDA e uma muito mais eficaz gestão dos recursos.

A consolidação

Os dois anos que se seguiram (1994/95) foram marcados pela continuação dos trabalhos já iniciados na Serra de Montejunto e nas minas de Valongo. A necrópole pré-histórica do Algar do Bom Santo foi alvo de um documentário produzido pela RTP, intitulado “Terra Humana” (1995), da autoria de Paulo Costa, que contou com a colaboração de associados. O ano de 1995 teve particular significado na história da AESDA, uma vez que corresponde à data de edição do primeiro número do Trogle, o tão ambicionado meio de edição e divulgação dos trabalhos realizados no âmbito desta Associação. Mais uma vez, tal etapa só foi atingida graças à oportuna solicitude de uma empresa torreense, desta vez a Sogratol – Sociedade Gráfica Torreense. Na realidade, a reduzida formação académica de então dos jovens autores não os fez recuar face ao imperativo da publicação dos trabalhos, para que não se tornassem infrutíferos os esforços até aí despendidos. Esta primeira edição permitiu afastar as dúvidas ainda existentes, particularmente ao nível dos poderes públicos, sobre a capacidade de trabalho da AESDA.

De seguida, registou-se um notável avanço na topografia das minas de Valongo onde, em Outubro de 1999, se deu um acidente grave mas com final feliz (9). Verificou-se a continuidade da colaboração nos trabalhos arqueológicos no Algar do Bom Santo e prosseguiram as tarefas de inventariação, prospecção e desobstrução na Serra de Montejunto e no Planalto das Cesaredas. Só em 1998 se reuniram as condições para lançar o segundo número do boletim Trogle, com os resultados dos trabalhos realizados em Valongo, no Algar do Bom Santo e, extraído da gaveta dos primeiros trabalhos, o inventário das grutas dos Cucos.

Os tempos mais recentes

Com a entrada no novo milénio notou-se um incremento muito significativo nas pesquisas. Prosseguiram as expedições às minas romanas de Valongo. Tendo em mente a continuação do inventário e cadastro das grutas de Torres Vedras, iniciou-se um levantamento topográfico nas pequenas lapas da Maceira, as quais se revelaram afinal um espantoso labirinto com cerca de 900 metros de galerias anastomosadas. Tal situação motivou a preparação de um estudo mais abrangente que incidiu sobre as componentes geológicas e arqueológicas do local (8 e 10).

A dinâmica atingida neste período possibilitou a edição dos números três e quatro do Trogle, em regime anual (2001 e 2002). Nestas edições, a revista foi prestigiada com participações externas à Associação, nomeadamente um artigo sobre morcegos cavernícolas (11) e outro referente à célebre Gruta do Frade (4).

As actividades da AESDA nas grandes grutas do Maciço Calcário Estremenho remontam aos tempos da fundação mas davam-se de modo pontual e raramente com perspectivas de trabalho continuado. No século XXI, estas saídas de campo começaram a tornar-se mais frequentes e enquadradas em perspectivas mais ambiciosas. Foram desobstruídas diversas cavidades totalmente inexploradas, frequentemente com poços verticais de algumas dezenas de metros, em alguns casos com espólio paleontológico (trabalho ainda inédito). Em 2003, no decurso de uma visita de reconhecimento ao mais profundo algar conhecido em Portugal, o Algar da Manga Larga, realizou-se um levantamento fotográfico. Entre as imagens obtidas no interior da gruta, algumas mostram em detalhe uma ossada de carnívoro. A análise pormenorizada das imagens permitiu perceber que se trata de um grande felídeo, conferindo anatomicamente com o leopardo, espécie que, segundo tudo indica, desapareceu da Europa há mais de 10.000 anos. A AESDA tomou de imediato as medidas necessárias para salvaguardar os raros testemunhos e promover o seu estudo à luz da ciência. A evolução deste trabalho tem sido divulgada no meio espeleológico nacional e internacional.

As exposições subordinadas à Espeleologia e à fotografia subterrânea foram-se realizando regularmente ao longo da história da AESDA, em eventos como a Festa da Juventude (Instituto da Juventude), a Feira de S. Pedro (Torres Vedras) ou nas comemorações dos aniversários desta Associação. Em Novembro de 2003, na celebração do 11º aniversário, realizou-se um ciclo de palestras sobre os mais importantes trabalhos realizados, abrilhantado com uma exposição de fotografia subterrânea a que se deu o nome de: Modernos Trogloditas – uma década de explorações subterrâneas.

Os anos mais recentes denotam uma interrupção prolongada ao nível da edição do Trogle, cujo n.º 5 saiu apenas em 2007. Em contrapartida, a divulgação fez-se em eventos de Espeleologia nacionais e internacionais. A AESDA participou com três comunicações no 13º Congresso Internacional de Espeleologia, no Brasil (2001), e com uma comunicação sobre a ossada de leopardo do Algar da Manga Larga, no 14º Congresso Internacional de Espeleologia, na Grécia (2005). Ao nível nacional, este último trabalho foi sucessivamente apresentado no Espeleo Congresso 2003, no IV Congresso Nacional de Espeleologia e no já referido Ciclo de Palestras, juntamente com outros trabalhos.

O complexo cársico de Ibn Ammar, na foz do rio Arade, tem sido alvo dos mais recentes trabalhos de exploração, desobstrução e topografia. Este projecto marca uma importante expansão para sul da área geográfica de actuação da AESDA.

Um dos aspectos de maior relevância da actividade recente da AESDA tem a ver com os contactos inter-associativos entretanto estabelecidos. Têm-se realizado recentemente actividades de colaboração entre a AESDA e outras associações portuguesas de espeleologia.

Bibliografia citada:

1 - Duarte, Cidália (1998a) – Escavações arqueológicas no Algar do Bom Santo. Trogle, 2: 9-15.
2 - Duarte, Cidália (1998b) – Necrópole neolítica do Algar do Bom Santo (contexto cronológico e espaço funerário). Revista Portuguesa de Arqueologia, 1 (2): 107-118.
3 - Mendes, Luís F. (1996) – Further data on the Nicoletidae (Zygentoma), with description of a new species from Mauritius. Revue Suisse de Zoologie, 103 (3): 749-756.
4 - Mendes, José R. & Matos, Soraia, C.; NECA-Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (2002) – Gruta do Frade – o tesouro da Costa Azul, um monumento a preservar. Trole, 4: 22-29.
5 - Regala, F. Tátá (1994) – Jovens de Lisboa descobrem a Serra de Montejunto. Badaladas, 07 de Janeiro: 4, Torres Vedras.
6 - Regala, F. Tátá (1995) – Montejunto revela necrópole neolítica de importância mundial. Trogle, 1: 14-15.
7 - Regala, F. Tátá & Mergulho, Rui (1995) – Notícia da recolha de exemplares do Ixodes (Eschatocephalus) vespertilionis (Acarina, Ixodidae). Trogle,1:16-18.

sábado, setembro 08, 2007

Eclipse Solar no Museu da Ciência - Coimbra

Informação recebida do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra:

No dia 11 de Setembro de 2007, Terça-Feira,vai ocorrer um eclipse solar parcial, visível apenas em algumas zonas do Hemisfério Sul. O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra vai transmitir o eclipse solar em directo, explicado e comentado por João Fernandes, do Departamento de Matemática e Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra. Para os mais pequenos, vão decorrer ateliers de astronomia durante todo o dia.


Programa:

11H00 – 14H00 - Transmissão do eclipse parcial no anfiteatro do museu.

12H00 - Palestra sobre eclipses solares pelo Professor João Fernandes, do Departamento de Matemática e Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra.

11H00 – 18H00 - Ateliers para crianças a partir dos 4 anos, relacionados com os temas dos eclipses e da astronomia.

11H00- O que é um eclipse?
Quem tapou o Sol? Vem saber o que acontece durante um eclipse e por que razão ele não se vê em todo o Mundo.
Público-alvo: ≥ 4 anos

11H00- O Meu Sistema Solar
Os planetas serão todos iguais? Com plasticina e outros materiais, vem construir um Sistema Solar, conhecer as diferentes características dos astros e quais as distâncias que os separam do Sol.
Público-alvo: ≥ 4 anos

15H00- Pedro e o Quadrante
Como se orientavam os marinheiros no meio do mar? Vem construir um instrumento de navegação e saber como é que, com o Sol e outras estrelas, os marinheiros não perdiam o Norte.
Público-alvo: ≥ 6 anos

15H00- Que horas são?
Como ver as horas sem relógio? Com um astrolábio, uma bússola e um relógio de Sol, vem descobrir que horas são.
Público-alvo: ≥ 11 anos

Mais informações:
Museu da Ciência | Laboratorio Chimico | Largo Marquês de Pombal | 3000-272 Coimbra
Tel. 239.854350 | Fax 239.854359 | E-mail geral@museudaciencia.pt

Fonte: Blog De Rerum Natura

sexta-feira, setembro 07, 2007

As plantas e as pessoas


Ciclo de Palestras "As Plantas e as Pessoas"

Na segunda quarta-feira de cada mês de 2007, entre as 18:00 e as 19:00 horas, no Anfiteatro do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, serão apresentados diversos acontecimentos e relacionamentos entre as plantas e as pessoas, de acordo com a agenda anexa:

As plantas bíblicas e as pessoas
Dia 12 de Setembro às 18 h.
Jorge Paiva (Departamento de Botânica - Universidade de Coimbra)


As plantas aromáticas e medicinais e as pessoas
10 de Outubro de 2007
Lígia Salgueiro (Faculdade de Farmácia - Universidade de Coimbra)


Cogumelos silvestres: relevância ecológica e gastronómica
14 de Novembro de 2007
Maria Teresa Gonçalves (Departamento de Botânica - Universidade de Coimbra)


O grão de pólen, as plantas e as pessoas
12 de Dezembro de 2007
António Pereira Coutinho & Augusto Dinis (Departamento de Botânica. - Universidade de Coimbra)


Fonte: Blog De Rerum Natura

Fossil Challenge – os Prémios finais


Vamos agora atribuir os prémios finais da actividade:

Prémio "Estromatólito de Ouro" e "Viva a Académica...!" - Professor Doutor António Ferreira Soares (in absentia entregue ao Doutor Pedro Callapez)

Prémio "Geoconservação" - Doutora Helena Henriques (in absentia entregue ao Doutor Pedro Callapez)

Prémio "Geometralha do Ano" - Doutor Pedro Calapez

Prémio "Futuro Paleontólogo" - João Martins

Prémio "Cidade com bom gosto a escolher nomes de Ruas" - Figueira da Foz

Prémio "Observadores de Luxo" - Doutores Saraiva e Regêncio Macedo

Prémio "Nunca tinha apanhado um fóssil..." - Luís Dias

Prémio "Simpatia" - todos os participantes do evento, em particular os que trouxeram queijo, vinho, cerveja e leitão...



Adenda: foi ainda feito um sorteio adicional e os Doutores Callapez, Regêncio Macedo e Saraiva (e respectivas famílias) ganharam ainda uma ida a Vila Franca das Naves, em regime de meia-pensão, para apreciar gastronomia, ver Aldeias Históricas e barragens. Há gente com sorte...!

Fossil Challenge – Fotos em S. Pedro de Moel








Fossil Challenge – Fotos na Serra da Boa Viagem

Vista da cidade da Figueira da Foz:


Vistas do Miradouro da Bandeira:



Almoço:



Laje com fósseis de amonites gigantes e belemnites: