terça-feira, maio 20, 2008
Em memória de Stephen Jay Gould
Palestras em Coimbra
PALESTRAS E AUTORES:
Os evaporitos das bacias do Espírito Santo e Mucuri: Sedimentação e Tectônica
A exploração de petróleo na margem equatorial brasileira e bacias interiores
Aplicação da Termocronologia na Geologia do Petróleo
As palestras estão planeadas para a próxima 2ª-feira, dia 26 de Maio de 2008, na sala Carlos Ribeiro, pelas 10.00 horas.
Estão desde já convidados a estarem presentes...
Do Big Bang à Humanidade - filmes em Inglês
Conjunto de vídeos, em inglês, publicados no “youtube”, abordando assuntos científicos diversos (Big Bang, Geologia, Biologia, Evolução, Método Científico, Criacionismo, entre outros). O autor tenta explicar o ponto de vista científico, em oposição ao Criacionismo. No total registam mais de 350.000 acessos num ano.
Precisa de 100 minutos para os observar na totalidade (cerca de 9'30'' cada):
http://metododirecto.pt/geopor/mod/forum/discuss.php?d=34
Pode também deixar algum comentário/questão, para debate nesta mailing-list ou naquele fórum.
Actividade em Lisboa
Departamento de Geologia
Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT 2008
(site AIPT2008 nacional em http://www.progeo.pt/aipt/)
Maio:
Alterações climáticas:
registos nas rochas
Conferência:
Paleomagnetismo, geoquímica dos carbonatos de capa do cratão amazónico (Brasil): implicações para as glaciaçoes do neoproterozóico
por
Eric Font
Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, Laboratório Associado IDL
GeoFCUL: 21 de Maio, 17h00, anfiteatro 6.2.56
Mais informações, resumo das conferências e programa das comemorações em:
http://geologia.fc.ul.pt
Onde se realiza a conferência? Como chegar ao GeoFCUL?
http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=42
Para mais informações e divulgação da iniciativa, ver documento em pdf disponível em:
http://geologia.fc.ul.pt/documents/89.pdf
domingo, maio 18, 2008
Asteróides e alunos portugueses em destaque
Alunos de Alvide anulam ameaça de asteróide
A 15 de Abril último, a NASA retirou da lista de objectos potencialmente perigosos, cuja rota pode colidir com o planeta Terra, o asteróide 2008EC69. Para retirar esta dor de cabeça aos cientistas da agência espacial norte-americana, foi fundamental o trabalho de três alunos de 12 anos, da Escola Secundária de Alvide, concelho de Cascais.
Carlos Filipe Martins, Mário Alexandre Borges e Miguel Duarte Ambrósio são os ‘caçadores de asteróides’ que realizaram a tarefa e cujos nomes constam no Minor Planet Electronic Circular, na página de internet www.cfa.harvard. edu/mpec/K08/K08G91.html.
Os três alunos mais os colegas Hugo Lopes, Rui Coelho e Fábio André, incentivados pela professora de Ciências Físico-Químicas, Ana Costa, todas as quartas-feiras trocam a brincadeira para se sentarem em frente a um computador a fim de observarem imagens do espaço cedidas pela Universidade Hardim-Simmons, no Texas, em que figuram potenciais asteróides. A 2 de Maio fica concluída esta tarefa e uma nova campanha arrancará no Outono.
A proeza da escola deixa os alunos orgulhosos. Em declarações ao CM, Carlos Martins recorda que os seus nomes constam de 44 páginas da internet e Mário Borges explica que os alunos polacos só têm mais sorte a caçar asteróides, porque são muitos mais.
Em Portugal, também a Escola Anselmo de Andrade, em Almada, tem alunos que estudam e tentam detectar asteróides. Mas, segundo explicou a professora Ana Costa, "não têm tido tanta sorte". Os alunos de Alvide contam ainda com a identificação de outro asteróide, o 2008GJ110, a que a NASA não aponta, contudo, um potencial perigo de colisão.
De acordo com a professora, "os alunos revelam um grande entusiasmo por tudo o que esteja associado à Astronomia". Por isso, decidiu levar para a sala de aulas o projecto Hands-on Universe (HOU), representando em Portugal pelo Nuclio – Núcleo Interactivo de Astronomia. "Com o tempo, estes seis alunos tornaram-se nos mais participativos", disse.
O maior quebra-cabeças são os problemas informáticos mas, para isso, os alunos contam com o apoio do professor de informática, Norberto Prada.
OLHO ESPACIAL
PROCURA DE ASTERÓIDE
O programa Internacional Asteroid Search Campaign envia todas as semanas para a escola deAlvide imagens com objectos celestes em movimento.
TRATAR IMAGEM
Os alunos observam os objectos que possuem informação complementar sobre a sua curvatura, que serve como pista para o objecto ser aceite ou rejeitado.
CEM OBJECTOS
Em média, cada aluno observa cerca de cem objectos celestes por hora. A maioria é rejeitada.
in Correio da Manhã - notícia de 27.04.2008
Procura-se astronauta
Quer ser o primeiro astronauta português? Candidate-se
16.05.2008 - 09h00 Teresa Firmino
Luís Miguel Vaz, 24 anos, licenciado em engenharia aeroespacial, a tirar a licença de piloto de aviões comerciais, sonha em ser astronauta. João Roque, 43 anos, comandante da TAP, também. David Marçal, 31 anos, bioquímico do Instituto de Tecnologia e Química Biológica de Oeiras, idem. Ontem de manhã, contavam-se entre os muitos interessados que foram ao Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, para saber como podiam candidatar-se a astronautas da Agência Espacial Europeia (ESA).
A partir de segunda-feira, nos 17 países-membros da ESA, Portugal incluído, desde 2000, a agência espacial inicia o recrutamento dos próximos quatro felizardos que integrarão o seu corpo de astronautas em Junho de 2009 (actualmente são oito). Até 15 de Junho, quem quiser tentar a sorte terá de preencher um formulário disponível no "site" da ESA e fazer os primeiros exames médicos, idênticos aos dos pilotos. "Esperamos 30 mil, 40 mil, 50 mil candidatos", disse Horst Schaarschmidt, do Centro Europeu de Astronautas, a uma plateia cheia. Na primeira fase da selecção, a ESA reduzirá a mil os aspirantes a astronautas. Uma bateria de testes psicológicos e médicos e uma entrevista são as etapas seguintes.
Perante a imensa lista de aspectos escrutinados, Schaarschmidt sossegou: "O objectivo não é procurar o super-homem ou a supermulher, é procurar pessoas que desempenhem as tarefas de um astronauta". Acrescentou: "Procuramos dois tipos de astronautas: os cientistas, que têm de ter formação em ciências naturais e pelo menos três anos de experiência profissional; e os pilotos, que precisam de mil horas de voo e uma licenciatura em engenharia aeronáutica ou ser piloto de testes."
Se, além daqueles requisitos, tem entre 27 e 37 anos, de preferência, pode concretizar o sonho de ser astronauta. A ESA só recrutou astronautas em 1978 e em 1992. É a primeira vez que Portugal pode participar, porque antes não pertencia à ESA.
Para promover o recrutamento de portugueses, veio ainda o astronauta alemão Ernst Messerschmid (já não está no activo), que advertiu os candidatos de que podem passar anos até um astronauta ir ao espaço e recomendou aos candidatos: "continuem a estudar", "mantenham-se saudáveis e façam montanhismo, vão ao ginásio...", "melhorem o inglês", "falem em público", "não dêem ouvidos aos que pensam que é muito difícil", "leiam livros" e "sejam felizes".
Como futuro piloto, Luís Miguel Vaz já tem os primeiros exames médicos. "Não digo que seja um objectivo de vida, que é difícil realizar, mas ser astronauta é o sonho máximo da área a que estou ligado."
Quanto a David Marçal, fez os exames exigidos anteontem. Porquê astronauta? "Foi a primeira coisa que quis ser quando era criança. Viver experiências fora da Terra parece-me uma oportunidade preciosa. Este concurso aparece na altura em que termino o doutoramento, é o fim de um ciclo."
Da plateia, João Roque quis saber por que pedem pilotos. A ESA precisa de astronautas que pilotem naves, disseram-lhe. E Ricardo Patrício, 31 anos, da empresa Active Space, perguntou ao ministro da Ciência se o facto de Portugal não participar no programa de voos espaciais humanos da ESA limita as hipóteses dos candidatos portugueses. Mariano Gago ignorou a pergunta; Schaarschmidt respondeu: "É uma questão que terá de ser considerada daqui a um ano, na selecção final." Questionado à margem pelos jornalistas, Mariano Gago disse: "Não cabe na cabeça de alguém que não estejamos no programa dentro de um ano."
in Público - ler notícia
sábado, maio 17, 2008
A Barra e os Portos da Ria de Aveiro
Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (clique para ver cartaz):
A Barra e os Portos da Ria de Aveiro em exposição na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
Na próxima quarta-feira, pelas 18 horas, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), vai proceder-se à inauguração da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”.
Patente na Sala de S. Pedro até 14 de Junho, a exposição comissariada por João Carlos Garcia e Inês Amorim (ambos professores da Faculdade de Letras do Porto), cumpre em Coimbra a primeira etapa de um circuito de itinerância pela Península Ibérica. Etapa que resulta de parceria entre a BGUC, a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), a Administração do Porto de Aveiro e a Câmara Municipal de Aveiro.
Integrada no programa comemorativo do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro (3.04.1808), é composta por documentos do Arquivo Histórico do Porto de Aveiro, empresa que, segundo José Luís Cacho, Presidente do Conselho de Administração, “decidiu libertar o seu património histórico-documental da clausura que o agrilhoava em inútil penumbra, fomentando-se, a partir de agora, o seu usufruto pela comunidade”.
O programa da inauguração abre com palavras de boas vindas do Director da BGUC. Segue-se a intervenção de Fernando Rebelo, subordinada à epígrafe “O Instituto de Estudos Geográficos da FLUC e as investigações sobre a Ria de Aveiro”. Quinze minutos mais tarde, Inês Amorim falará do livro de sua autoria, “PORTO DE AVEIRO: Entre a Terra e o Mar”. O acto inaugural encerra com a apresentação da exposição por parte de João Carlos Garcia, seguida de visita aos cinco núcleos do espólio patente na majestosa Sala de S. Pedro.
Aos núcleos originais - “I – A RIA DE AVEIRO”; “II – A BARRA DE AVEIRO”; “III – A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO”; “IV – AS MARINHAS DE SAL DA RIA DE AVEIRO” -, acrescentou-se, em Coimbra, um quinto núcleo, composto por mapas da colecção particular de Nabais Conde, professor da FCTUC.
“Aproveitando a belíssima colecção do Professor Doutor Carlos Alberto Nabais Conde, seleccionámos alguns mapas dos séculos XVII e XVIII que podem ajudar na compreensão do que ia acontecendo com o evoluir desta grande forma litoral”, afirma o ex-Reitor e catedrático da FLUC Fernando Rebelo, que elaborou texto disponível em desdobrável, recordando o “grande geógrafo português Amorim Girão, Doutor pela Universidade de Coimbra, após a elaboração, apresentação e defesa de uma tese sobre a Bacia do Vouga”.
“A documentação do Arquivo do Porto de Aveiro concentra as diferentes valências deste porto flúvio-marítimo” – adianta Inês Amorim, detalhando: “Por um lado, registos como mapas, cartas, projectos, desenhos e respectivas memórias, a escalas diferenciadas, numa quantidade e variedade imensurável, resultam das opções e procedimentos técnicos e interventivos no porto, na cidade e na Ria. Por outro, a documentação de carácter administrativo, que inclui as actas das sucessivas administrações, livros de receitas (fiscais) e de despesas, e os relatórios de actividades, cuja natureza evoluiu à medida que a legislação e os regulamentos o exigiam. Depois, a fotografia, pelo menos desde a década de 30, documenta obras e recursos, sítios de embarque e desembarque de materiais e mercadorias, ou, ainda, imagens aéreas da barra e porto. Finalmente, os objectos atestam técnicas empregues, quer no conhecimento das marés na Ria e na embocadura da barra, quer nas obras portuárias”.
“É este conjunto, diversificado, que compõe o Arquivo da Administração do Porto de Aveiro”, acrescenta a reputada investigadora. “Se, a complementar Biblioteca, contém um acervo de obras impressas relativas a obras portuárias, nacionais e estrangeiras, justificadas pelos interesses das equipas técnicas e de engenharia, acrescentam-se muitas outras, sobre as actividades económicas e ambientais, gerais e locais, geradas e geradoras, das dinâmicas sócio-económicas”.
O livro de Inês Amorim e o catálogo da exposição encontram-se disponíveis para venda. O Porto de Aveiro disponibiliza visita virtual à exposição (imagens panorâmicas e cilíndricas, com rotação a 360º, da autoria de Romeu Bio, em http://www.op.com.pt/apa1/).
Post roubado ao Blog De Rerum Natura
Mais música...
PS - Parece que irá haver, um dia destes, uma actividades nas casas do PNSAC...
Postado por Fernando Martins às 11:45 0 bocas
Marcadores: Any other World, Better, Mika, música, Regina Spektor
sexta-feira, maio 16, 2008
Concurso «Na Senda de Darwin»
Para comemorar os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e os 150 da publicação do seu livro «A Origem das Espécies» que têm lugar em 2009, o jornal Ciência Hoje vai lançar, com o apoio do Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica -, um concurso dirigido aos estudantes que em Setembro de 2008 estejam no 10º, 11º e 12º anos das escolas de todo o País.
A equipa vencedora – todas as equipas serão constituídas obrigatoriamente por três elementos – terá como prémio três cruzeiros (mais um) nas Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, onde Darwin passou pouco mais de um mês em 1835 e onde fez observações que foram importantes para a elaboração da sua Teoria da Evolução das Espécies. A viagem inclui ainda uma visita de alguns dias ao Equador a que as Galápagos pertencem administrativamente
A viagem dos vencedores terá lugar nesse mesmo ano de 2009, entre 5 e 15 de Abril, e os estudantes terão de se fazer acompanhar por um(a) professor(a) por eles convidado(a) da escola a que pertencem. A viagem deste professor(a) faz parte do prémio.
O programa da viagem pode ser descarregado a partir de:
http://www.cienciahoje.pt/files/26/26083.pdf
Embora a constituição das equipas seja livre, as inscrições deverão ser ratificadas pelas respectivas escolas que assim confirmam que os alunos inscritos no concurso frequentam essa escola. Cada escola poderá inscrever as equipas que quiser.
O concurso «Na Senda de Darwin», numa primeira fase, consiste em seis trabalhos em diferentes formatos (escrita, áudio e vídeo) e decorre entre Setembro de 2008 e Fevereiro de 2009: à média de uma prova por mês.
Nesta fase, as equipas participantes – que têm de adoptar um nome que as identifique, como, por exemplo, «Albatrozes» - disputam um campeonato regional e o objectivo é a conquista desse campeonato regional.
Para o efeito, são consideradas sete regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. No que respeita ao Continente, é considerada a organização do Ministério da Educação e das suas cinco direcções regionais.
Aos sete vencedores regionais juntam-se as três segundas equipas mais pontuadas de todas as regiões. Estas dez equipas assim seleccionadas disputarão uma fase final em 14 de Março de 2009, a realizar em local a designar. Esta fase final apura a equipa vencedora do concurso «Na Senda de Darwin». O anúncio final será feito da seguinte forma: «A equipa X da Escola Secundária Y de (localidade) foi a grande vencedora do Concurso «Na Senda de Darwin».
Detalhes do Concurso
Mais informações e inscrições AQUI.
É preciso apoiar a Galiza e a Língua Galega
1. Denunciar as políticas de substituiçom lingüística que levamos sofrendo durante os últimos 25 anos, disfarçadas de falsa normalizaçom lingüística.
2. Exigir o reconhecimento da condiçom internacional da nossa Língua, que com a variedade própria das línguas internacionais é falada por centos de milhões de pessoas no mundo, quer como língua nativa, como é o caso dos galegos, quer como língua oficial de oito Estados, ou como língua cada vez mais estudada em todo o mundo polas vantagens das línguas internacionais.
3. Denunciar as autoridades e administrações públicas que, em vez de garantirem os direitos lingüísticos e democráticos do Povo galego, discriminam e perseguem aqueles que nom aceitam a deriva de substituiçom lingüística e dialectizaçom castelhanizadora do Galego que o torna desnecessário no seu próprio País.
4. Apoiar a iniciativa aprovada no Parlamento por unanimidade reclamando a recepçom das rádios e televisões portuguesas na Galiza, que pedimos que se efective desde já e que nom fique numha simples declaraçom sem vontade real de a levar a cabo.
5. Denunciar também os grupos extremistas que, protegidos por certos sectores políticos, atacam o direito e a liberdade de vivermos na Galiza em galego.
6. Finalmente, apelamos a toda a sociedade para exigir umha mudança das políticas que tornam a Língua desnecessária e dialectal, como forma de impor o uso do castelhano, por políticas que garantam os nossos direitos lingüísticos individuais e colectivos, assegurando que o Galego continue a ser a língua própria dos galegos e galegas, e umha língua extensa e útil.
Música para Geopedrados...
OP 53 (O Vento)
Nesta cave de cimento
Vigésimo quinto andar
Deixou-se de ouvir o vento
Deixou-se de ver o mar
Paredes e mais paredes
Luzes setas a indicar
Corredores, elevadores
Ninguém me vai agarrar
Eu sou o vento
E o vapor cor de rosa
Entra na circulação
Pelos poros p'la garganta
Dorme dorme solidão
Já não sei se é nostalgia
Se é das cenas p'ra dormir
Há quem grame a porcaria
Há quem f... sem se vir
Eu sou o vento
E assobio
E rodopio
E ando do quente p'ró frio
Eu sou o vento
Letra: Tim Música: Xutos & Pontapés Álbum: Gritos Mudos (1990)
quinta-feira, maio 15, 2008
Notícia no JN sobre Espeleologia
Espeleologia numa perspectiva para o futuro
Se a percepção do que nos rodeia depende do ponto do qual nós o observamos, temos muito a aprender com os espeleólogos, esses exploradores das entranhas da Terra. Observar o mundo a partir do interior deste e de outros Maciços é domínio de aventureiros corajosos que aliam o gosto da descoberta à utilidade da investigação.
Até há pouco tempo, a actividade dos espeleólogos estava distante do nosso quotidiano de cidadãos, tal como as cavidades obscuras que desvendavam. Actualmente muito por força dos problemas ambientais, mas também pela valorização do nosso Património Natural a espeleologia assume lugar de destaque quando estudamos o território e definimos modelos e estratégias de desenvolvimento sustentável.
Tem sido no interior do Maciço Calcário Estremenho que a actividade espeleológica em Portugal tem desenvolvido a maior parte do seu percurso e isso significa para o cidadão comum a revelação de grutas tão visitadas como as de Sto. António, Alvados, Mira d'Aire ou da Moeda e para os especialistas está associada ao interesse científico da Gruta do Almonda ou dos Olhos de Água do Alviela .
A acção dos espeleólogos permitiu perceber parte significativa dessa imensidão do calcário nos seus jogos contraditórios, de mistérios encobertos em grutas e algares por baixo dos nossos pés, com a água a brotar dos olhos de água no Alviela , no Almonda , no Lena e no Lis, conferindo ainda maior dimensão a este Território.
A FPE - Federação Portuguesa de Espeleologia através da sua Comissão Científica, promoveu, as I Jornadas Científicas de Espeleologia, sob o tema do Maciço Calcário Estremenho com o intuito divulgar as diferentes vertentes científicas e trabalhos de investigação.
Diversos estudos de áreas científicas relacionadas com a espeleologia, onde se destacam o Ambiente, a Biologia, a Geografia Física, a Geologia, a Geofísica, a Paleontologia, a Arqueologia, a Arqueozoologia, a Física foram apresentados por variados especialistas, alguns de grande relevo internacional.
A partir de questões globais tão importantes como as reservas de água doce disponíveis na Terra, as alterações climáticas e o aquecimento global, especialistas de diferentes origens, nas palavras da organização, "estabeleceram pontes" entre as diferentes disciplinas científicas em torno de um melhor conhecimento do "mundo subterrâneo" e suas dinâmicas, contribuindo para um melhor conhecimento deste nosso Território.
Estas Jornadas Científicas de Espeleologia lançam também sobre os decisores a nível nacional, regional e local a responsabilidade de gerir este "recurso" de forma coerente com o seu excepcional valor científico, patrimonial e económico numa dinâmica sustentável.
José Manuel Alho escreve no JN,quinzenalmente, à quinta-feira - j.alho@sapo.pt
Post do Fliscorno sobre gasolina...
(Em actualização) A Galp, os que controlam o Estado e nós
* Novamente actualizado (2 Maio)
* Actualizado (30 Abril)
Ontem (29 Abril) aconteceu:
- Gasolina aumentou 2 cêntimos e gasóleo 3 cêntimos.
- Ministério da Economia não quis comentar. Actualização: Manuel Pinho escreveu à AdC para que esta "proceda urgentemente à análise da formação do preço dos combustíveis, de forma a garantir que esse preço traduza adequadamente os custos da produção". Os "custos da produção", topam? E é para tranquilizar os portugueses, para que estes fiquem a saber que tudo está bem. Haja paciência...
- Autoridade da Concorrência não prevê nenhuma acção de investigação sobre cartelização.
Pois não comentam mas eu comento:
- O Estado recolhe mais IVA de cada vez que o preço base sobe;
- A Galp Energia tem em Portugal uma quota de mercado de produtos refinados de 51% e de aproximadamente 37% no mercado de retalho de combustíveis (link);
- A Parpública – Participações Públicas, (SGPS), S.A, ou seja o Estado, é o terceiro maior accionista da Galp Energia, com 7,004% (logo depois da ENI S.p.A e da Amorim Energia, B.V., ambas com 33,34%);
- O crude que compramos expressa-se em euros e não em dólares.
- Logo no início de Janeiro houve aumentos desta mesma ordem de grandeza (lembram-se?). Fiquei surpreendido por o assunto não ter causado burburinho, tendo sido obrigado a concluir que o pessoal ainda estava demasiado encharcado com espumante para que pensasse nestas coisas chatas. Agora, os mesmos sintomas:
- gasóleo aumenta sistematicamente mais do que a gasolina;
- aumentos em degrau, como que para recuperar tempo perdido.
Pelas receitas de IVA, que se tornam maiores a cada aumento do preço base, esse mesmo Estado é ainda parte interessada desse mercado de combustíveis que não comenta nem investiga.
Há um adjectivo para isto: chulo.
Textos anteriores sobre combustíveis:
- ISP e IVA entre 01.01.2004 e 29.02.2008
- Preços dos combustíveis em Portugal entre 2000 e Fevereiro de 2008
- Gasóleo "mais" caro
- Entrelinhas
Actualização (2 Maio)
Ontem (1 Maio) o Público trazia um estudo afirmando que, de Janeiro 2008 até agora, os combustíveis ao consumidor subiram menos do que a respectiva matéria prima. Ainda não o confirmei mas hei-de-o fazer. A questão é que, parece, os preços ao consumidor só reflectem o aumento do crude três meses depois e ainda agora estamos em princípio de Maio... Faz mesmo sentido esta análise em tão curto espaço de tempo? Não devemos antes olhar a mais longo termo?
Hoje é o DN que também aborda o assunto (Governo pede investigação urgente aos combustíveis). E agora reparem bem nesta afirmação:
«O secretário-geral da Associação das Empresas Petrolíferas (Apetro), José Horta, qualificou de inédita a iniciativa do Governo que, aliás, considera não fazer sentido. [...] O responsável defende que o sector se limita a reflectir o que se passa nos mercados internacionais, não só ao nível do petróleo, mas também dos produtos refinados. O gasóleo, por exemplo, passou em menos de um ano de 700 dólares por tonelada para 1100 dólares.»Caro José Horta, importa-se de não fazer afirmações irrelevantes? Quanto é que aumentou em euros? E, exactamente, a que período se refere?
E esta:
«Fonte governamental alerta que o peso dos impostos nos combustíveis até caiu face à subida do preço sem impostos. E se o Estado encaixa mais IVA quando os combustíveis aumentam, perde receita quando as vendas caem.»
Demagogia q.b., se não vejamos. O que significa "peso dos impostos"? O termo "peso" neste contexto, se bem que não tenha sido definido, estará associado a uma percentagem, isto é quanto por cento pesam os impostos no preço final. Isto é:
"peso dos impostos" = "Valor do imposto" / "Preço do combustível"
É óbvio que o "peso dos impostos" baixa se o "preço do combustível" aumenta. Isso não significa, no entanto, que o montante de imposto pago diminui, como se pretende insinuar. Enfim, atirar areia aos olhos.
Quanto a essa ideia de receber menos IVA, não temos números para sabermos se realmente o Estado receberá globalmente menos impostos por as vendas baixarem, já que o valor do imposto recebido também aumenta por cada litro vendido. Mas como não foi explicitamente dito que o Estado está a receber menos impostos em IVA - e seguramente que essa fonte anónima o diria se fosse esse o caso, já que a vitimização fica sempre bem, temos que concluir que o valor recebido em IVA é, pelo menos, igual.
* controlando 51% do mercado dos produtos refinados, acaba por condicionar significativamente o preço de retalho dos combustíveis
Post roubado ao Blog Fliscorno
Se também ousarem, contamos convosco no próximo sábado, pelas 20.30 horas, na Galeria José Bonifácio, em iniciativa integrada na Noite dos Museus, solidária com o Museu da Ciência.
Rostos,
Torsos e Cristais,
Na natureza,
Rasgada em cru,
Instintos e Prazeres
Sensuais
Sobre uma face mineral,
Vista a nu.
O Coordenador,
quarta-feira, maio 14, 2008
Música da Zeca Afonso
Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar
Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento
Na areia
Dorme à noite
Ao relento
Do mar
E se houver
Uma praça
De gente
Madura
E uma estátua
De febre
A arder
Anda alguém
Pela noite
À procura
E não há
Quem lhe queira
Valer
Vejam bem
Daquele homem
A fraca
Figura
Desbravando
Os caminhos
Do pão
E se houver
Uma praça
De gente
Madura
Ninguém vai
Levantá-lo
Do chão
Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar
Quem lá vem
Dorme à noite
Ao relento de areia
Dorme à noite
ao relento do mar
Um poema...
Um dia
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner Andresen
terça-feira, maio 13, 2008
Post roubado ao Blog Bandeira ao Vento...
Leve sempre um cachecol comprido que o faça notado, de preferência em linho e numa cor forte. O importante é que não condiga com nada que traga vestido. Diga que perdeu a conta às constipações que apanhou naquela sala «com a merda do ar condicionado» e deixe no ar a possibilidade de um processo judicial. Acrescente qualquer coisa sobre o mal que «aquilo» faz à voz dos cantores líricos e os efeitos deletérios que tem na afinação das cordas de tripa. Nunca use gravata, a não ser que tencione vender automóveis no intervalo: uma gravata dar-lhe-á o ar de quem está ali com bilhetes oferecidos por uma multinacional de restauração. Acene brevemente para o solista quando ele entrar, apenas o suficiente para que os vizinhos do lado pensem que o conhece. Com todas as luzes apontadas ele mal conseguirá ver-lhe a cara, pelo que, com sorte, corresponderá com um sorriso e um aceno de cabeça. Se o solista for um homem e cometer esse erro, ignore-o com soberba. Se for mulher, atire-lhe um beijo e grite com voz rouca «ti aspetto dopo il concerto, cara mia». Se o leitor for do belo sexo, aja exactamente da mesma maneira. Antes do início do concerto, tussa bastante e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído; durante o concerto, tussa quanto baste e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído. Tomá-lo-ão por um conhecedor blasé cujo grau de exigência o condena a uma inevitável desilusão. Em dois ou três pontos aleatórios do programa, bufe e murmure «inacreditável». A admiração por si converteu-se já em profundo respeito, medo até: é agora um Dr. House da música erudita. Não estrague tudo cometendo o erro de acompanhar a música com movimentos de cabeça ou batendo o pezinho. Mantenha-se hirto e boceje de vez em quando, pigarreando sempre. No fim do concerto, se constatar que a audiência se levanta de forma espontânea (o que acontece quase sempre nos mais badalados), permaneça sentado e bata algumas palmas em ritmo de condescendência. Nunca aplauda em primeiro lugar, a não ser que conheça o programa de trás para frente e saiba exactamente quando termina a obra. Nesse caso, tente ser o primeiro a fazê-lo. Se alguém se antecipar, verifique se o seu rival traz um cachecol comprido. Se sim, grite um «Bravo!». Se não, olhe-o com desdém e abane a cabeça em sinal de reprovação. Se constatar que ninguém aplaude de pé, levante-se e aplauda com veemência. Em dois minutos, toda a plateia estará em pé, imitando-o. Se não estiver, faça como Charles Ives e chame-lhes maricas.
in Blog Bandeira ao Vento - post do cartoonista José Bandeira
NOTA: É pena que não existam textos destes para votações em Escolas... Para quem não sabe quem é o melhor cartoonista português, uma pérola saída da sua cabeça e pena:
Cravo & Ferradura, DN, 26.4.2008
Música para desanuviar...
segunda-feira, maio 12, 2008
História da Engenharia Geográfica em Portugal
A entrada é gratuita.
Esta palestra marca o início de um ciclo de actividades que o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra desenvolverá em colaboração com a Ordem dos Engenheiros.
Museu da Ciência
Laboratorio Chimico
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra
Telefone : 239 854 350
Fax: 239 854 359
www.museudaciencia.pt
geral@museudaciencia.pt
Nota: Este é o post n.º 1.200 do nosso Blog...!
Sismo na China - dados da IUGS
Magnitude 7.9
Date-Time
- Monday, May 12, 2008 at 06:28:00 UTC
- Monday, May 12, 2008 at 02:28:00 PM at epicenter
Location 31.099°N, 103.279°E
Depth 10 km
Region EASTERN SICHUAN, CHINA
Distances
- 90 km (55 miles) WNW of Chengdu, Sichuan, China
- 145 km (90 miles) WSW of Mianyang, Sichuan, China
- 360 km (220 miles) WNW of Chongqing, Chongqing, China
- 1545 km (960 miles) SW of BEIJING, Beijing, China
Source USGS NEIC
Sismo na China - notícia do Público
Sismo na China: último balanço eleva para 8500 número de mortos em Sichuan
12.05.2008 - 16h53 AFP, Reuters
O forte sismo que hoje abalou a China já fez 8533 mortos, só na província de Sichuan, no sudoeste, onde foi o epicentro do abalo, anunciou o governo central, citado pela agência Nova China. Contudo, com o passar das horas, espera-se que este número cresça ainda mais.
Para além de Sichuan, as províncias de Gansu, no noroeste, Yunnan e Chongqinf, no sudoeste, foram também muito afectadas pelo abalo.
Várias fontes referem, ainda, milhares de feridos. Algumas testemunhas locais têm dado conta do desmoronamento de vários edifícios. Só em Beichuan, que conta com 160 mil habitantes, 80 por cento das construções ficaram devastadas.
Além disso, cerca de 900 crianças foram surpreendidas pelo sismo, pelo que ficaram soterradas debaixo de várias escolas que ruíram. A agência Nova China confirma a morte de 50, até ao momento.
Na mesma província, duas fábricas de produtos químicos ficaram destruídas e 80 toneladas de amoníaco foram libertadas. O incidente levou à evacuação de seis mil pessoas, mas algumas estão debaixo dos escombros.
O sismo ocorreu cerca das 14h30 (06h30 em Lisboa), a uma profundidade de dez quilómetros, e foi sentido em várias cidades da China e ainda em Banguecoque, capital da Tailândia, a 3300 quilómetros de distância. O Instituto Americano de Geofísica informou que o sismo atingiu 7,8 de magnitude na escala de Richter, depois de se ter falado em 7,5 e da agência Nova China referir 7,6. O tremor de terra foi sentido a milhares de quilómetros, nomeadamente em Shanghai e em Pequim onde, imediatamente depois da hora de almoço, os funcionários abandonaram os edifícios para regressar a casa com medo de repetições. Os abalos foram, ainda, sentidos em Hong Kong e em Taipei, na ilha de Taiwan.
Antes mesmo de conhecer a amplitude da catástrofe, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, qualificou o sismo como um “desastre”, em entrevista à televisão central.
O aeroporto internacional da cidade, que tem mais de dez milhões de habitantes, está temporariamente encerrado. No entanto, de acordo com um jornalista da televisão chinesa CCTV, os transportes públicos estão a funcionar normalmente e a rede eléctrica também está operacional.
O presidente, Hu Jintao, ordenou a mobilização máxima das equipas de socorro. Assim, o exército foi enviado para auxiliar o “governo local e avaliar a situação” para que possam coordenar as operações da melhor forma, explicou um oficial do exército popular de libertação, Tian Yixiang.
Um novo abalo fez-se sentir cerca das 14h30 (06h30 de Lisboa) em Pequim, mas a magnitude não ultrapassou os 3,9 de magnitude, noticiou a agência Nova China. Neste incidente não se registou nenhuma vítima nem danos materiais. As várias instalações que vão acolher os jogos olímpicos não foram danificadas, de acordo com o comité de organização do evento.
A China é frequentemente afectada por sismos. Um dos mais mortíferos registou-se em 1976 em Tangshan, nordeste, e fez 200 mil mortos, apesar de fontes ocidentais garantirem que esse número chegou aos 700 mil.
in Público - ler notícia
Para recordar - música para Geopedrados...
Negras como a noite
Com mãos de veludo
Negras como a noite
Tu deste-me tudo
E eu parti
Um homem trabalha
Do outro lado do rio
Com as suas duas mãos
Repara o navio
Está sozinho e triste
Mas tem de aguentar
Já falta tão pouco
Para poder voltar
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
Com adeus começa
Outro dia igual
Ficou a promessa
Escondida no lençol
Negras como a noite
Vindas de outra terra
As mãos de veludo
Estão à sua espera
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés
Álbum: Dados viciados (1997)
domingo, maio 11, 2008
Tempestade eléctrica sobre vulcão em erupção
in Público on-line
sábado, maio 10, 2008
Revista Super Interessante de Maio
Aborda todos os meses, de uma forma séria mas acessível, os grandes temas da actualidade científica, em artigos profusamente ilustrados e com infografias que tornam fácil o que antes parecia difícil. Da história à tecnologia espacial, da matemática à filosofia, do ambiente à saúde, dos computadores ao comportamento humano, todos os assuntos cabem na Super Interessante.
É, actualmente, a única revista em Portugal cujo tema central é a divulgação, e isso diz tudo.
A não perder...
Mapas no Live Search Maps da Microsoft
http://maps.live.com/
A título de exemplo, eis o Departamento de Ciências da Terra na vista 3D Bird's Eye:
sexta-feira, maio 09, 2008
Música para distrair os incautos
quinta-feira, maio 08, 2008
I Jornadas Científicas de Espeleologia na SIC
Quanto à notícia que deu no Jornal da Tarde de 05.05.2008, está visível aqui:
Basta clicar na imagem do filme para este aparecer...
PS - Aparece o texto completo da notícia nesse mesmo site. Para memória futura fica aqui neste post:
Tesouros bem escondidos
Leiria recebeu as primeiras Jornadas Científicas de EspeleologiaEm Portugal há cada vez mais interessados em grutas e cavernas. A espeleologia - a ciência que estuda o passado geológico, histórico e cultural das grutas e cavernas - foi mote para um encontro que reuniu em Leiria 220 estudiosos.
O fascínio do Homem sobre o que escondem as cavidades naturais vem de longe. Talvez por isso, haja cada vez mais pessoas a querem entrar em grutas. São os curiosos que querem aventura. Algo bem diferente da espeleologia.
A espeleologia é uma actividade risco acrescido: o meio é inóspito, a humidade é elevada, o terreno acidentado. Respirar não é um privilégio adquirido; é antes uma tarefa que deve ser executada com inteligência.
A década de 1980 ficou no entanto marcada por acidentes em grutas. "São jovens que se aventuram para dentro das grutas na descoberta do desconhecido, mas que não têm o equipamento, as técnicas e o enquadramento necessário. Nessas circunstâncias, o risco é grande", avisa Gabriel Mendes.
No entanto, além da integridade física, é necessário salvaguardar outros interesses, sobretudo "o património único que está depositado em cada caverna". Nestas cavidades estuda-se o passado geológico, mas também biológico e cultural. Afinal, as grutas foram o primeiro abrigo do homem.
Porque a gruta não é habitat do Homem, mas é ainda assim património da Humanidade.
As jornadas científicas que Leiria acolheu de 1 a 4 de Maio reuniram 220 pessoas de várias nacionalidades. O objectivo foi "direccionar a actividade espeleológica exploratória como suporte à ciência", conclui Gabriel Mendes.
Não há problema, porque a Ministra raramente vai às Escolas...
Ministério da Educação revela que 59 por cento das escolas têm amianto
08.05.2008 - 12h32 PÚBLICO
Actualmente, 59 por cento das escolas têm coberturas de chapas de fibrocimento que contêm amianto, segundo um estudo baseado nos levantamentos realizados pelas direcções regionais de Educação, de Novembro do ano passado. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues recusou prestar declarações, segundo a TSF.
Segundo o “Diário de Notícias”, este levantamento surgiu em resposta a um requerimento da deputada Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes” sobre a existência de amianto nas escolas. No entanto, o ministério não adianta o número de escolas que investigou.
A resposta ao partido diz também que “os valores de partículas de amianto [em suspensão] estão muito abaixo do valor legalmente admitido”.
Segundo uma resolução da Assembleia da República de 2003 o Governo deve ter uma listagem com os edifícios públicos que contenham amianto.
in Público on-line - ler notícia
quarta-feira, maio 07, 2008
Festival Europeu da Terra no Geopark Naturtejo
Caros colegas:
O Festival Europeu da Terra, organizado anualmente pela Rede Europeia de Geoparques sob os auspícios da UNESCO, decorre simultaneamente em 33 geoparques espalhados por 13 países da Europa com o objectivo de celebrar o património da Terra através de actividades geoturísticas e educativas. Milhares de pessoas reúnem-se nos muitos eventos que decorrem em cada um dos geoparques, incluindo seminários, actividades com escolas, visitas guiadas, exposições, documentários, …. Vem celebrar connosco a paisagem do Geopark Naturtejo e descobrir 600 milhões de anos de patrimónios sem limites…
O Festival decorre entre os dias 24 de Maio e 8 de Junho, sendo este ano composto por 25 eventos multidisciplinares com ênfase para a Geologia. Destaca-se a abrir o geo-jantar no geo-restaurante Petiscos & Granitos, dia 24 de Maio. Os geólogos que quiserem participar e que queiram partilhar estórias de vida pela noite dentro, salientando o valor das geociências para a sociedade, não pagam!!! As inscrições já se encontram abertas e são limitadas...mais pormenores em:
http://www.geoparknaturtejo.com
e
http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/festival_terra.php
Não se esqueçam, participem...e passem a palavra a outros eventuais interessados.
Tudo pelo melhor
Geopark Naturtejo da Meseta Meridional
e-Terra - nova revista já disponível
O 5º volume (especial) da "e-Terra" já está "online"; reúne 10 artigos apresentados no VI Congresso Ibérico de Geoquímica / XV Semana de Geoquímica (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, 16-21 July 2007):
Geochemistry of Volcanic Rocks from Faial Island (Azores)
Machado A., Azevedo J.M.M., Almeida D.P.M. & Chemale Jr. F.
Evaluation of geochemical conditions favourable for the colloid-mediated uranium migration in a granite fracture
Albarran N.; Alonso U., Missana T., García-Gutiérrez M. & Mingarro M.
Transferência do urânio no sistema água-solo-planta (Lactuca sativa L.) na área mineira da Cunha Baixa
Neves O., Abreu M.M. & Vicente E.M.
Los leucogranitos equigranulares del Domo del Tormes (Zona Centro Ibérica): discriminación geoquímica mediante Biplot Canónico y significado petrogenético
López-Plaza M., López-Moro F.J., Vicente-Tavera S. & Vicente-Villardón J.L.
Arsenic in the Iberoamerican region. The IBEROARSEN Network and a possible economic solution for arsenic removal in isolated rural zones
Morgada M.E., Mateu M., Bundschuh J. & Litter M.I.
Geochemical characterisation of sediments from marginal environments of Lima Estuary (NW Portugal)
Cardoso R., Araújo M.F., Freitas M.C. & Fatela F.
Contamination factors of the groundwater of the Ervedosa region (NE Portugal)
Novais H., Pereira M.R., Patinha C. & Silva E.F.
Impacto de la geoquímica en la salud: una aproximación basada en estudios de casos de ecosistemas tropicales en la República Dominicana
Hernández A.J., Alexis S., Viscayno C. & Pastor J.
Study of the volcano-sedimentary nature of the Serro formations – Silurian terranes of Serra de Arga – Minho (Northern Portugal)
Dias P.A. & Leal Gomes C.
Geochemical Characterization of Holocene Sediments of Santo André Alluvial Plains (SW Portugal)
Moreira S.C.C., Freitas M.C., Araújo M.F., Andrade C. & Cruces A.G.
terça-feira, maio 06, 2008
Professores emigrantes
Face às dificuldades e obstáculos em Portugal, jovens licenciadas em Ensino de Ciências da Natureza (FCTUNL) procuram prosseguir carreira de ensino no sistema educativo inglês. Ver em:
Que sejam bem sucedidas!
Saudações geológicas.
Observar Mercúrio
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
OBSERVANDO MERCÚRIO
Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, foi baptizado com o nome do deus romano encarregue de levar as mensagens a Júpiter, pois aparentava mover-se mais depressa do que os outros planetas. Para além de não possuir satélites naturais, depois da despromoção de Plutão a planeta anão, Mercúrio passou a ser o planeta mais pequeno do Sistema Solar. Dada a sua proximidade do Sol e a inexistência de atmosfera, as temperaturas à superfície deste planeta variam entre os -184 ºC à noite e os 482 ºC ao meio dia.
Na sua órbita em torno do Sol, Mercúrio aproxima-se deste seguindo o seu trajecto e passando por trás do astro rei. Eventualmente, Mercúrio acaba por reaparecer por detrás do Sol no lado oposto, começando a afastar-se da sua estrela. Em ambas as situações Mercúrio fica mais brilhante, sendo por isso possível observa-lo em melhores condições. Na primeira situação, Mercúrio é facilmente visível durante o crepúsculo matutino, ou seja, ao nascer do dia, enquanto que na segunda isto acontece ao final da tarde e princípio da noite. Cada uma destas situações ocorre três vezes por ano, sendo que uma delas começou no dia 24 de Abril abrindo uma janela para a observação do pequeno planeta rochoso até 29 de Maio.
Actualmente, Mercúrio progride para a fase de "quarto minguante", o que o mantém ainda relativamente brilhante. Por exemplo, no dia 11 de Maio e durante cerca de uma hora e 53 minutos após o ocaso do Sol, poderá ser observado como um astro de tom amarelo-alaranjado (caso o tempo assim o permita), com uma magnitude de 0 que é aproximadamente a da estrela Vega.
Durante este mês o astro irá gradualmente perder o seu brilho, embora seja neste período que os habitantes do hemisfério Norte poderão vê-lo melhor. Na primeira quinzena de Maio, apesar de Mercúrio se tornar progressivamente menos brilhante, o planeta começa a ganhar altura em relação ao horizonte, à medida que se afasta do Sol.
No dia 14 de Maio Mercúrio atinge a sua maior elongação de 22ºE (distância angular em relação ao Sol), sendo por isso visível acima do horizonte até duas horas após o pôr-do-sol. Nessa noite, apenas metade da sua superfície estará iluminada.
Nos dias seguintes, o astro perderá brilho mais rapidamente, até deixar de ser visível no dia 29 de Maio.
Entre 17 de Junho e 22 de Julho haverá uma nova oportunidade de observação, mas desta vez ao final da noite e crepúsculo matutino. Contudo, nesta altura as condições de visibilidade não serão tão boas.
Para mais informações, consulte:
http://www.oal.ul.pt/download/mercurio_final.pdf
Para obter mais informação sobre a Visibilidade dos Planetas, consulte:
http://www.oal.ul.pt/index.php?link=almanaques
Poesia - RGP
XIX
De repente
tudo se tornou mais fundo
para além da superfície
das pedras sem flor
e das árvores sem voz.
Tão fundo, tão fundo
que até a Morte
já não precisa sair do mundo
para caber nos olhos de todos nós.
(E há lá quem suporte
esta dor que eu tenho
de saber que a Morte
é do meu tamanho!)
in Invasão (1940-1941), no livro Poesia II (José Gomes Ferreira)
segunda-feira, maio 05, 2008
sábado, maio 03, 2008
I Jornadas Científicas de Espeleologia - primeiro comentário
Uma foto do primeiro dia:
Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
Aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
Onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
De nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
Conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
O vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
O que vos interesse para viver. Tudo é possível,
Ainda quando lutemos, como devemos lutar,
Por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
Ou mais que qualquer delas uma fiel
Dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
Não tem conta o número dos que pensaram assim,
Amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
De insólito, de livre, de diferente,
E foram sacrificados, torturados, espancados
E entregues hipocritamente à secular justiça,
Para que os liquidasse com suma piedade e sem efusão de sangue.
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
A uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
À fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
Foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
E os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
Ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
Por serem de uma classe, expiaram todos
Os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
De haver cometido. Mas também aconteceu
E acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
Aniquilando mansamente, delicadamente,
Por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
Foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
Há mais de um século e por violenta e injusta
Ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
Que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
E de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
Nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
De ferro e de suor e sangue e algum sémen
A caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
Vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa – essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
Não é senão essa alegria que vem
De estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
Alguém está menos vivo ou sofre ou morre
Para que um só de vós resista um pouco mais
À morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
Sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
E sobretudo sem desapego ou indiferença,
Ardentemente espero. Tanto sangue,
Tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
Quem ressuscita esses milhões, quem restitui
Não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
Aquele instante que não viveram, aquele objecto
Que não fruíram, aquele gesto
De amor, que fariam «amanhã».
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
Nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
Que não é só nossa, que nos é cedida
Para a guardarmos respeitosamente
Em memória do sangue que nos corre nas veias,
Da nossa carne que foi outra, do amor que
Outros não amaram porque lho roubaram.
in Líricas Portuguesas, Jorge de Sena - I Volume, Edições 70, 1984
Postado por Fernando Martins às 21:07 1 bocas
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