Descobertos os segredos que podem trazer de volta o extinto Tigre da Tasmânia
Pela primeira vez, investigadores conseguiram extrair RNA de um animal extinto, o Tigre da Tasmânia ou Tilacino.
Esta descoberta pode abrir caminho para uma compreensão mais profunda da espécie, extinta há quase de 90 anos.
A extinção deste animal foi, fundamentalmente, consequência de fatores como a caça intensiva, doenças e alterações climáticas.
O último Tilacino conhecido morreu no Jardim Zoológico em Hobart, na Tasmânia, em 1936. No entanto, a espécie foi oficialmente declarada extinta apenas em 1982.
Descoberta pioneira
Emilio Mármol Sánchez e a sua equipa da Universidade de Estocolmo conseguiram agora extrair e analisar RNA de um exemplar de Tilacino, conservado no Museu Sueco de História Natural durante 130 anos.
Antes disto, a extração de RNA era “exclusiva” a seres vivos e a algumas plantas antigas. Os especialistas acreditavam que a recuperação de RNA de uma espécie tão antiga não era viável, devido à sua natureza mais frágil em comparação com o DNA.
O RNA oferece uma visão mais completa de um organismo do que o DNA.
O sucesso deste estudo indica potenciais oportunidades para extrair RNA de outras espécies preservadas, revolucionando potencialmente a nossa compreensão sobre espécies extintas.
Mármol Sánchez esclareceu, à New Scientist, que a recriação deste animal não é o principal foco dos investigadores.
O que vale a pena destacar, considera o cientista, são as pistas valiosas sobre o genoma do Tigre da Tasmânia que a investigação vem dar, enfatizando que o RNA vem fornecer uma visão mais abrangente de como as células de um organismo funcionam.
in ZAP