Alentejo: Sem danos pessoais
Susto com sismo de 3.7
Fátima mostra a fissura na parede do café provocada pelo sismo
Um susto nunca visto na zona. É desta forma que os moradores do concelho de Ourique relatam o que viveram na noite de segunda-feira: um sismo, com epicentro a 14 quilómetros da vila alentejana e que atingiu magnitude de 3.7 na Escala de Richter, levou dezenas de moradores a saírem à rua, alarmados com janelas, portas e pratos a "chocalhar".
Garvão, a poucos quilómetros de Ourique, foi um dos locais onde o abalo mais se fez sentir. "Primeiro ouviu-se uma espécie de urro e depois sentiu-se um grande tremedouro. Foi muito rápido, mas as pessoas saíram à rua com medo", conta Fernando Matos, de 60 anos. "Estava a ver televisão e de repente ouvi aquele estrondo, seguido de uma ‘zunida’", complementa o vizinho, António Silva, de 62 anos. Registado às 22.52 horas, o sismo não causou danos pessoais, deixando no entanto a sua marca nalguns locais. "De manhã estava a falar com os clientes e vi uma grande fissura na parede do café. Foi provocada pelo tremor de terra", conta Fátima Silva, de 50 anos, proprietária do café Novo Rumo, em Garvão. Segundo o presidente da Câmara de Ourique, Pedro Carmo, após o abalo a Protecção Civil Municipal "ficou em estado de prontidão". O sismo foi ainda sentido em Odemira e Castro Verde.