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sexta-feira, agosto 09, 2024

Iminente - ma non troppo...

Cientista do Instituto Carl Sagan diz que anúncio de vida extraterrestre está iminente

 

Lisa Kaltenegger

 

O anúncio da descoberta de vida fora da Terra está eminente, diz a conceituada astrofísica Lisa Kaltenegger. E o Telescópio Espacial James Webb vai ser o responsável pela descoberta.

Uma das maiores especialistas mundiais na procura de inteligência extraterrestre acredita que, com a ajuda do Telescópio Espacial James Webb (JWST), os humanos estão mais perto do que nunca de descobrir vida fora do nosso planeta.

Segundo a astrofísica Lisa Kaltenegger, que dirige o Instituto Carl Sagan em Cornell, como o Webb foi concebido para detetar bioassinaturas, a palavra científica para “sinais de vida”, incluindo o gás metano produzido por organismos, podemos muito bem encontrar vida extraterrestre muito em breve.

A grande surpresa seria não encontrar nada“, afirmou esta em abril a professora de astronomia, em declarações ao The Telegraph.

Kaltnegger, cujo novo livro “Alien Earths: Planet Hunting in the Cosmos” foi publicado este mês, mostrou-se entusiasmada com o salto tecnológico que o JWST representa para a procura de vida fora do nosso planeta.

“A Humanidade entrou numa nova era dourada da exploração espacial, com milhares de outros mundos à nossa porta, que agora podemos realmente explorar”, diz a astrobióloga de 47 anos.

A conceituada astrofísica e professora universitária é conhecida pelo seu trabalho na área de exoplanetas e na busca por vida extraterrestre, sendo frequentemente mencionada pelas suas contribuições para o estudo de planetas com potenciais  condições de vida.

A cientista está particularmente interessada no potencial dos planetas que rodeiam a estrela Trappist-1, uma anã vermelha localizada a apenas 40 anos-luz de distância, com 7 planetas do tamanho da Terra que se suspeita que podem conter água e, potencialmente, vida.

Descoberto em 2017, o sistema Trappist-1 parece ter vários planetas na chamada “zona habitável”, que podem albergar água líquida – e, segundo Kaltnegger, é provavelmente aqui que encontraremos vida.

“Com o Webb, temos a oportunidade de identificar os gases que existem nestes mundos”, explica Kaltnegger. “E, nos próximos, digamos, cinco a dez anos poderemos descobrir se há bioassinaturas nestes planetas”.

Se a vida está em todo o lado, pode estar nesse sistema“, continua Kaltnegger. “Pode ser que precisemos de observar 100 sistemas, ou 1000 sistemas, antes de encontrarmos vida. Mas também pode acontecer que só precisemos de observar um sistema. Se tivermos sorte, pode ser apenas daqui a um par de anos“.

 

in ZAP

sábado, março 23, 2024

À procura de uma nova Terra, se calhar para quando dermos cabo desta...

Cientistas descobrem Super Terra em zona habitável

 

Representação artística da superfície de uma super Terra a orbitar uma anã vermelha

 

Planeta a girar à volta de anã vermelha média está numa zona habitável. Recebe insolação semelhante à da Terra e poderia potencialmente manter água líquida.

A orbitar uma estrela anã vermelha, a aproximadamente 137 anos-luz de distância, astrónomos liderados por Georgina Dransfield, investigadora da Universidade de Birmingham, descobriram uma nova Super Terra.

Com um raio 1,55 vezes maior que o da Terra, o TOI-715b reside na zona habitável da sua estrela, algo que sugere que pode potencialmente suportar água líquida, segundo o estudo publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society em maio passado, que detalha ainda a existência de outro candidato planetário do tamanho da Terra no mesmo sistema, que poderia tornar-se o menor planeta na zona habitável descoberto pela missão TESS, caso venha a ser confirmado.

O hospedeiro de TOI-715b, uma anã vermelha média, é significativamente menor que o nosso Sol, tanto em massa como em raio, com uma órbita apertada de 19 dias para TOI-715b à volta da sua estrela. Apesar da proximidade, a localização do planeta na zona habitável circunstelar (CHZ) indica que recebe uma quantidade de insolação semelhante à da Terra, levantando ainda mais possibilidades intrigantes sobre as suas condições para a vida.

O conceito da CHZ, que define uma faixa em torno de uma estrela onde um planeta rochoso, poderia potencialmente manter água líquida, desempenha um papel crucial na busca por exoplanetas habitáveis. A descoberta de TOI-715b nesta zona alimenta o entusiasmo sobre o potencial para a vida além do nosso sistema solar e oferece um valioso estudo de caso para entender a formação e evolução planetária, particularmente em relação à pequena “fenda” de raio planetário.

Esta “fenda”, observada entre 1,5 e 2 raios terrestres, levanta questões sobre a perda de massa planetária e evolução, com o TOI-715b situado de forma intrigante dentro desta zona.

“A importância do vale dos raios reside no seu potencial para nos ensinar sobre a formação planetária e a evolução pós-formação, e, portanto, planetas dentro deste espaço são cruciais para aprofundar nosso entendimento dos fatores que o moldam,” explicam os autores.

Dada a posição vantajosa de TOI-715b para observação - devido aos seus trânsitos frequentes e ao brilho relativo da estrela hospedeira - esta Super-Terra apresenta-se como um alvo eficiente para as capacidades do JWST, podendo vir a revelar informações sobre a sua composição atmosférica e perspetivas de habitabilidade, de acordo com o Science Alert.

“Finalmente, a era do JWST chegou, e com ela, a era da caracterização atmosférica exoplanetária detalhada,” escrevem os autores no artigo.

“No contexto da caracterização atmosférica por espectroscopia de transmissão, anãs vermelhas brilhantes e próximas são hospedeiras planetárias ideais, pois pequenos planetas temperados transitarão frequentemente, permitindo deteções de características atmosféricas com alta relação sinal-ruído com menos horas de tempo de telescópio,” explicam os autores.

 

in ZAP