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sábado, novembro 23, 2024

O Luxemburgo tornou-se independente há 134 anos


Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) Rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, foi filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceite e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido a sua primeira escolha: a sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, tinha-o rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até a sua filha fazer os dezoito anos. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.
   


     

 

 

Adolfo, Grão-Duque de Luxemburgo, (Biebrich, 24 de julho de 1817 - Hohenburg, 17 de novembro de 1905) foi o último duque de Nassau e o quarto grão-duque de Luxemburgo.

 

Família e ascensão

Ele era o segundo filho de Guilherme, Duque de Nassau (1792-1839) e de sua primeira esposa, Carlota Luísa Frederica de Saxe-Altenburgo. A sua meia-irmã, a princesa Sofia de Nassau, casou-se com o rei Óscar II da Suécia. No dia 30 de agosto de 1839, depois da morte de seu pai, Adolfo tornou-se duque de Nassau. Ele apoiou o Império Austríaco durante a Guerra das Sete Semanas, em 1866. Depois da derrota da Áustria, o território de Nassau foi anexado pelo Reino da Prússia.

Em 1879, a sobrinha de Adolfo, Ema de Waldeck e Pyrmont, a filha de uma das suas meia-irmãs, desposou o seu distante parente, o rei Guilherme III dos Países Baixos. Em 1890, a única filha deles, Guilhermina dos Países Baixos, sucedeu ao trono holandês, mas foi excluída da sucessão ao trono luxemburguês pela lei sálica. O grão-ducado, que estivera ligado com os Países Baixos desde 1815, passou então para o desapossado duque Adolfo.

 

Casamentos

Em 31 de janeiro de 1844, em São Petersburgo, Adolfo casou-se com a grã-duquesa Isabel Mikhailovna da Rússia, neta do czar Paulo I, que morreu menos de um ano depois, ao dar à luz uma menina que também não sobreviveu.

No dia 23 de abril de 1851, Adolfo desposou a princesa Adelaide Maria de Anhalt-Dessau, uma filha do príncipe Frederico Augusto de Anhalt-Dessau. Eles tiveram cinco filhos, dos quais apenas dois chegaram aos dezoito anos e se tornaram príncipe e princesa de Luxemburgo.

O filho mais velho, Guilherme, tornou-se grão-duque de Luxemburgo com a morte de seu pai em 1905. A sua única filha, a princesa Hilda, casou-se com o grão-duque Frederico II de Baden.

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terça-feira, janeiro 23, 2024

A Grã-Duquesa de Luxemburgo Carlota, neta de Rei D. Miguel I, nasceu há 128 anos

 
Carlota, Grã-Duquesa do Luxemburgo (Castelo de Berg, 23 de janeiro de 1896 - Castelo de Fischbach, 9 de julho de 1985) foi a segunda filha de Guilherme IV, Grão-Duque de Luxemburgo e da sua consorte, a infanta Maria Ana de Bragança. Os seus avós maternos foram o rei D. Miguel I de Portugal e a princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

Quando a sua irmã mais velha, a grã-duquesa Maria Adelaide, que tinha sucedido a seu pai, foi forçada a abdicar, em 14 de janeiro de 1919, Carlota teve que lidar com as tendências revolucionárias de seu país. Diferentemente da irmã, ela escolheu não se envolver na política.

Num referendo quanto à nova constituição, realizado em 28 de setembro de 1919, 77,8% do povo luxemburguês votou para a continuação da monarquia grã-ducal, com Carlota como Chefe de Estado. Nesta constituição, todavia, o poder da monarquia foi severamente restrito.

Na Segunda Guerra Mundial, a grã-duquesa, a família grã-ducal e o governo do Luxemburgo refugiam-se na França e, após a rendição da França aos alemães, obtêm um visto do cônsul português Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus. Mudam-se para Portugal, numa comitiva de 17 carros e 72 pessoas. Instalaram-se no Hotel do Buçaco. Salazar atribui à grã-duquesa e aos seus ministros o estatuto de refugiados, desde que estes se abstivessem de qualquer atividade ou declarações políticas. Depois de Coimbra, a grã-duquesa muda-se para Cascais.

Mais tarde, sediaram-se no Canadá, onde angariaram fundos para apoiar os seus concidadãos refugiados.

Carlota, no exílio em Londres, revelou ser um importante símbolo de unidade nacional. Na BBC fez uma alocução, em luxemburguês, protestando contra a anexação do seu país, que teve um enorme impacto.

Apenas regressou ao Luxemburgo, após luz verde dos Aliados, em abril de 1945. 

Em 6 de novembro de 1919, Carlota desposou o príncipe Félix de Bourbon-Parma, seu primo. Eles tiveram seis filhos. 

Em 12 de novembro de 1964, Carlota abdicou em favor do seu filho mais velho, o príncipe João, que tinha sido regente durante três anos. A grã-duquesa morreu, de cancro, em julho de 1985, aos oitenta e nove anos de idade.

    

 

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quinta-feira, novembro 23, 2023

O Luxemburgo deixou de fazer parte dos Países Baixos há 133 anos


Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) Rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, foi filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceite e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido a sua primeira escolha: a sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, tinha-o rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até a sua filha fazer os dezoito anos. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.
   


     

segunda-feira, janeiro 23, 2023

A Grã-Duquesa de Luxemburgo Carlota, neta de um Rei portuguêsI, nasceu há 127 anos

 
Carlota, Grã-Duquesa do Luxemburgo (Castelo de Berg, 23 de janeiro de 1896 - Castelo de Fischbach, 9 de julho de 1985) foi a segunda filha de Guilherme IV, Grão-Duque de Luxemburgo e da sua consorte, a infanta Maria Ana de Bragança. Os seus avós maternos foram o rei D. Miguel I de Portugal e a princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

Quando a sua irmã mais velha, a grã-duquesa Maria Adelaide, que tinha sucedido a seu pai, foi forçada a abdicar, em 14 de janeiro de 1919, Carlota teve que lidar com as tendências revolucionárias de seu país. Diferentemente da irmã, ela escolheu não se envolver na política.

Num referendo quanto à nova constituição, realizado em 28 de setembro de 1919, 77,8% do povo luxemburguês votou para a continuação da monarquia grã-ducal, com Carlota como Chefe de Estado. Nesta constituição, todavia, o poder da monarquia foi severamente restrito.

Na Segunda Guerra Mundial, a grã-duquesa, a família grã-ducal e o governo do Luxemburgo refugiam-se na França e, após a rendição da França aos alemães, obtêm um visto do cônsul português Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus. Mudam-se para Portugal, numa comitiva de 17 carros e 72 pessoas. Instalaram-se no Hotel do Buçaco. Salazar atribui à grã-duquesa e aos seus ministros o estatuto de refugiados, desde que estes se abstivessem de qualquer atividade ou declarações políticas. Depois de Coimbra, a grã-duquesa muda-se para Cascais.

Mais tarde, sediaram-se no Canadá, onde angariaram fundos para apoiar os seus concidadãos refugiados.

Carlota, no exílio em Londres, revelou ser um importante símbolo de unidade nacional. Na BBC fez uma alocução, em luxemburguês, protestando contra a anexação do seu país, que teve um enorme impacto.

Apenas regressou ao Luxemburgo, após luz verde dos Aliados, em abril de 1945. 

Em 6 de novembro de 1919, Carlota desposou o príncipe Félix de Bourbon-Parma, seu primo. Eles tiveram seis filhos. 

Em 12 de novembro de 1964, Carlota abdicou em favor do seu filho mais velho, o príncipe João, que tinha sido regente durante três anos. A grã-duquesa morreu, de cancro, em julho de 1985, aos oitenta e nove anos de idade.

    

 

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quarta-feira, novembro 23, 2022

Guilherme III dos Países Baixos morreu há 132 anos - e o Luxemburgo deixou de fazer parte desse país

   
Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) Rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, foi filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceite e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido a sua primeira escolha: a sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, tinha-o rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até o aniversário de dezoito anos de sua filha. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.
   
     

domingo, janeiro 23, 2022

A Grã-Duquesa de Luxemburgo Carlota, neta de D. Miguel I, nasceu há 126 anos

 
Carlota, Grã-Duquesa do Luxemburgo (Castelo de Berg, 23 de janeiro de 1896 - Castelo de Fischbach, 9 de julho de 1985) foi a segunda filha de Guilherme IV, Grão-Duque de Luxemburgo e da sua consorte, a infanta Maria Ana de Bragança. Os seus avós maternos foram o rei D. Miguel I de Portugal e a princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

Quando a sua irmã mais velha, a grã-duquesa Maria Adelaide, que tinha sucedido a seu pai, foi forçada a abdicar, em 14 de janeiro de 1919, Carlota teve que lidar com as tendências revolucionárias de seu país. Diferentemente da irmã, ela escolheu não se envolver na política.

Num referendo quanto à nova constituição, realizado em 28 de setembro de 1919, 77,8% do povo luxemburguês votou para a continuação da monarquia grã-ducal, com Carlota como Chefe de Estado. Nesta constituição, todavia, o poder da monarquia foi severamente restrito.

Na Segunda Guerra Mundial, a grã-duquesa, a família grã-ducal e o governo do Luxemburgo refugiam-se na França e, após a rendição da França aos alemães, obtêm um visto do cônsul português Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus. Mudam-se para Portugal, numa comitiva de 17 carros e 72 pessoas. Instalaram-se no Hotel do Buçaco. Salazar atribui à grã-duquesa e aos seus ministros o estatuto de refugiados, desde que estes se abstivessem de qualquer atividade ou declarações políticas. Depois de Coimbra, a grã-duquesa muda-se para Cascais.

Mais tarde, sediaram-se no Canadá, onde angariaram fundos para apoiar os seus concidadãos refugiados.

Carlota, no exílio em Londres, revelou ser um importante símbolo de unidade nacional. Na BBC fez uma alocução, em luxemburguês, protestando contra a anexação do seu país, que teve um enorme impacto.

Apenas regressou ao Luxemburgo, após luz verde dos Aliados, em abril de 1945. 

Em 6 de novembro de 1919, Carlota desposou o príncipe Félix de Bourbon-Parma, seu primo. Eles tiveram seis filhos. 

Em 12 de novembro de 1964, Carlota abdicou em favor do seu filho mais velho, o príncipe João, que tinha sido regente durante três anos. A grã-duquesa morreu, de cancro, em julho de 1985, aos oitenta e nove anos de idade.

    

 

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terça-feira, novembro 23, 2021

O Rei Guilherme III dos Países Baixos morreu há 131 anos - e o Luxemburgo tornou-se independente

   
Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) Rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, foi filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceite e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido a sua primeira escolha: a sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, tinha-o rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até o aniversário de dezoito anos de sua filha. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi passado para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.
   
     

sábado, janeiro 23, 2021

Carlota, a Grã-Duquesa de Luxemburgo neta de D. Miguel, nasceu há 125 anos

 
Carlota, Grã-DuquesadeLuxemburgo (Castelo de Berg, 23 de janeiro de 1896 - Castelo de Fischbach, 9 de julho de 1985) foi a segunda filha de Guilherme IV, Grão-Duque de Luxemburgo e de sua consorte, a infanta Maria Ana de Bragança. Os seus avós maternos foram o rei D. Miguel I de Portugal e a princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

Quando sua irmã mais velha, a grã-duquesa Maria Adelaide, que tinha sucedido a seu pai, foi forçada a abdicar em 14 de janeiro de 1919, Carlota teve que lidar com as tendências revolucionárias de seu país. Diferentemente da irmã, ela escolheu não se envolver na política.

Num referendo quanto à nova constituição, realizado em 28 de setembro de 1919, 77,8% do povo luxemburguês votou para a continuação da monarquia grã-ducal com Carlota como Chefe de Estado. Nesta constituição, todavia, o poder da monarquia foi severamente restrito.

Na Segunda Guerra Mundial, a grã-duquesa, a família grã-ducal e o governo do Luxemburgo refugiam-se na França e, após a rendição da França aos alemães, obtêm um visto do cônsul português Aristides de Sousa Mendes em Bordéus. Mudam-se para Portugal, numa comitiva de 17 carros e 72 pessoas. Instalaram-se no Hotel do Buçaco. Salazar atribui à grã-duquesa e aos seus ministros o estatuto de refugiados desde que estes se abstivessem de qualquer atividade ou declarações políticas. Depois de Coimbra, a grã-duquesa muda-se para Cascais.

Mais tarde, sediaram-se no Canadá, onde angariaram fundos para apoiar os seus concidadãos refugiados.

Carlota, em exílio em Londres, revelou ser um importante símbolo de unidade nacional. Na BBC fez uma alocução, em luxemburguês, protestando contra a anexação do seu país, que teve um enorme impacto.

Apenas regressou ao Luxemburgo após luz verde dos Aliados, em abril de 1945. 

Em 6 de novembro de 1919, Carlota desposou o príncipe Félix de Bourbon-Parma, seu primo-irmão. Eles tiveram seis filhos. 

Em 12 de novembro de 1964, Carlota abdicou em favor de seu filho mais velho, o príncipe João, que tinha sido regente por três anos. A grã-duquesa morreu de cancro em julho de 1985, aos oitenta e nove anos de idade.

  


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segunda-feira, novembro 23, 2020

Há 130 anos morreu o Rei Guilherme III e o Luxemburgo tornou-se independente

   
Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) foi o rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceite e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido a sua primeira escolha: a sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, tinha-o rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até o aniversário de dezoito anos de sua filha. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi passado para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.
   
     

domingo, novembro 23, 2014

Há 124 anos morreu o Rei Guilherme III e o Luxemburgo tornou-se independente

Guilherme III (Bruxelas, 17 de fevereiro de 1817 - Apeldoorn, 23 de novembro de 1890) foi o rei dos Países Baixos e Grão-Duque de Luxemburgo de 1849 a 1890, filho e sucessor de Guilherme II dos Países Baixos.

Guilherme nasceu em Bruxelas, na Bélgica, como filho de Guilherme II dos Países Baixos e da Rainha Ana, filha do Czar Paulo I da Rússia e da Imperatriz Maria Feodorovna. Na sua juventude, teve uma carreira militar.
Ele casou-se com a sua prima Sofia, filha do Rei Guilherme I de Württemberg e da Grã-Duquesa Catarina Pavlovna da Rússia, em 18 de junho de 1839. O casamento foi definitivamente infeliz. Sofia era uma intelectual liberal, odiando tudo relacionado com ditadura, como a armada. Guilherme era mais simples, mais conservador e amava o exército.

Guilherme III pretendeu repetidamente abdicar assim que seu filho tivesse dezoito anos. Isso ocorreu em 1858, mas como nunca tomou uma decisão, permaneceu Rei. O seu primeiro ato foi a inauguração do gabinete parlamentar de Thorbecke, o projetista da constituição de 1848, a quem Guilherme III odiava.
Quando a hierarquia católica dos bispos foi restaurada em 1853, ele achou uma razão para demitir o seu rival. Nas primeiras duas décadas de seu reinado, ele demitiu vários gabinetes e debandou vários generais de estado muitas vezes, instalando gabinetes reais que reinaram brevemente, pois não havia apoio no parlamento eleito.
Em 1867, tentou vender o grão-ducado de Luxemburgo. A tentativa por pouco não causou uma guerra entre a França e a Prússia e fez de Luxemburgo um país completamente independente.
Guilherme III foi popular entre pessoas ordinárias, apresentado-se como um homem cordial.
Em 1877, Sofia morreu, e anos de guerra dentro do palácio tiveram um fim. Em 1879, dois anos depois, Guilherme III resolveu desposar a jovem Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont, um pequeno principado na Alemanha. Alguns políticos ficaram furiosos porque Ema tinha 41 anos a menos do que Guilherme. Entretanto, Ema revelou ser uma mulher cordial, e, quando o rei pediu permissão ao parlamento, o casamento foi facilmente aceito e foi rápido. Contudo, Ema não havia sido sua primeira escolha: sua irmã, a princesa Paulina de Waldeck e Pyrmont, o tinha rejeitado, bem como Tira da Dinamarca, cuja irmã era a Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra).
Ema teve uma influência atenuada e suavizadora nas mudanças constantes de personalidade de Guilherme, e o casamento entre os dois foi feliz. A última década foi, sem dúvida, a melhor de seu reinado. Em 1880, Ema deu luz a uma menina: a futura Guilhermina dos Países Baixos, que se tornou herdeira em 1884, com a morte do último filho sobrevivente do primeiro casamento de Guilherme III. Muitos herdeiros potenciais morreram entre 1878 e 1884, e o mausoléu de Nieuwe Kerk em Delft nunca foi aberto tantas vezes na história.
Guilherme III ficou seriamente doente em 1887, morrendo em 1890. Como Guilhermina tinha apenas 10 anos, Ema tornou-se a Rainha Regente, cargo que assumiu até o aniversário de dezoito anos de sua filha. O Grã-Ducado de Luxemburgo, que na época só podia ser herdado por homens, sob a Lei Sálica, foi passado para um primo distante de Guilherme III, Adolfo, Duque de Nassau.