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segunda-feira, março 11, 2019

Um sismo e tsunami devastaram o Japão há oito anos

Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011
 
Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas

O Sismo e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terremoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05.56 UTC (14.56 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 metros de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades, houve 13.333 mortes confirmadas e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.
  

domingo, março 11, 2018

O grande sismo e tsunami de Tohoku foi há sete anos

Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas
O Sismo e tsunami de Tohoku de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terramoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05:46 UTC (14:46 na hora local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades houve 13.333 mortos confirmados e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais no Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.

Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011
 
Sismo
O sismo gerou um tsunami com ondas de quatro metros, estando alertas ativos para vários países, regiões e arquipélagos, como Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Guam, Filipinas, Indonésia, Papua-Nova Guiné, Nauru, Havai e Marianas Setentrionais (Estados Unidos), Taiwan, Equador e Chile. O aviso de tsunami emitido pelo Japão foi o de maior gravidade na escala de alertas, esperando-se que possam ser atingidos os 10 metros de altura de algumas ondas. Uma onda de 0,5 m de altura atingiu a costa norte do Japão A agência Kyodo relatou que uma onda de 4 m de altura atingiu a prefeitura de Iwate no Japão, e houve também inundações na prefeitura de Miyagi, arrasando a parte baixa da costa, levando automóveis e causando destruição.
O número de vítimas é impreciso, com relatos iniciais apontando mais de mil mortos e milhares de feridos. Estes dados não contam com a destruição quase completa da cidade de Sendai.
 
Impacto geofísico
Relatórios do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Servia sugerem que o efeito dos terremotos na região foi tão forte que o eixo da Terra foi alterado em 10 cm. Um relatório separado do Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que Honshu, a principal ilha do Japão, foi movimentada em 2,4 m na direção leste.
 
Tsunami

Tempo estimado de viagem do tsunami gerado pelo sismo
 
Japão
O terremoto provocou um alerta de tsunami e evacuações da costa japonesa do Pacífico e de pelo menos outros 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico, tanto da América do Norte como da América do Sul, desde o Alasca até ao Chile. O alerta de tsunami emitido pelo Japão foi a mais grave em sua escala de alerta, o que implica que a onda era esperada para ter uma altura de, ao menos, 10 metros de altura. Uma onda desse tamanho ocorreu às 15:55 JST inundações Aeroporto de Sendai, que fica perto da costa da Prefeitura de Miyagi, com ondas varrendo carros e inundando vários edifícios conforme ia para o interior da ilha. O impacto do tsunami em torno do Aeroporto de Sendai foi filmado por um helicóptero de notícias da rede NHK, mostrando vários veículos em estradas locais tentando escapar da onda que se aproximava rapidamente. Uma onda de tsunami de 4 metros de altura atingiu a Prefeitura de Iwate.
Como no Sismo do Oceano Índico de 2004 e no Ciclone Nargis, o dano da afluência de água, embora muito mais localizado, pode ser muito mais letal e destrutivo do que o terramoto em si. Há relatos de "cidades inteiras destruídas" nas áreas atingidas pelo tsunami no Japão, incluindo 9500 desaparecidos em Minamisanriku; Kuji e Ofunato foram "varridas...não deixando nenhum vestígio de que uma cidade estava lá."
 
Em outras partes do Pacífico
Em Guam, dois submarinos de ataque dos Estados Unidos foram retirados de suas amarras, mas logo foram tomados ao abrigo do reboque. O estado do Havaí estimou os danos à infra-estrutura pública em três milhões de dólares, com danos privados ainda maiores. Uma casa foi levada para o mar.
O Centro de Alerta de Tsunami da Costa Oeste dos Estados Unidos e do Alasca emitiu um alerta de tsunami para as zonas costeiras da Califórnia e do Oregon, de Point Conception, na Califórnia, até à fronteira do Oregon e Washington. Na Califórnia, o porto em Crescent City foi atingido por ondas de tsunami de oito pés, com docas e cerca de 35 barcos severamente danificados, enquanto o porto de Santa Cruz estimou prejuízos de 10 milhões de dólares como resultado dos danos, com outros 4 milhões de dólares em danos em embarcações que atracam ali. A Ilha Catalina, na Califórnia e Brookings, no Oregon, também sofreram danos.
Ao longo da costa do Pacífico no México e na América do Sul, foram registados surtos de tsunami, mas na maioria dos lugares causou pouco ou nenhum dano. O Peru relatou uma onda de 1,5 m e mais de 300 casas foram danificadas na cidade de Pueblo Nuevo de Colan e Pisco.
 
Consequências
O sistema de alerta de terremotos da Agência Meteorológica do Japão alertou a população cerca de um minuto antes do tremor, através de emissoras de televisão e rádio, além de correio eletrónico e mensagens via celular para pessoas cadastradas no sistema.
O sismo atingiu severamente Honshu, incluindo Tóquio. Verificaram-se numerosos incêndios em instalações industriais. Cerca de 13 horas depois do primeiro grande abalo, dois fortes sismos de magnitude 6,2 e 6,1 atingiram novamente a costa do Japão. Um barco com cerca de 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami que atingiu a costa do Japão. A embarcação estava na costa da prefeitura de Miyagi. Um grande incêndio atingiu a cidade de Kesennuma.
 
Vista aérea de área atingida pelo tsunami
   
Centrais nucleares
Outro dos efeitos do sismo foi a explosão ocorrida no dia 12 de março na Central Nuclear de Fukushima I. O tsunami atingiu-a e provocou uma avaria no sistema de refrigeração. O corte de electricidade impediu a recuperação desse sistema, permitindo que os bastões do combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão e originando a explosão.
No dia anterior fora declarado estado de emergência na central nuclear e, apesar da informação de que não existiam fugas radioactivas, evacuaram-se cerca de 3000 residentes num raio de 3 km do reator. Horas depois o raio de evacuação tinha sido elevado para 10 km, afectando já 45 000 pessoas. O reactor é refrigerado através da circulação de água através do seu combustível nuclear, tendo sido detectada uma alta pressão de vapor no reactor, o dobro do que é permitido. A empresa Tokyo Electric Power avaliou a possibilidade de libertar parte deste vapor para reduzir a pressão no mesmo, vapor esse que contém material radioactivo. Os níveis de radiação na sala de controlo da central eram cerca de 1000 vezes maiores que os níveis normais e na entrada da central foram medidos níveis 8 vezes superiores aos normais, existindo a possibilidade do derretimento do núcleo dos reatores.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, falou ao país após o sismo, lamentando o sucedido e oferecendo as suas condolências às famílias das vítimas. Indicou igualmente que já estaria em marcha a construção de um quartel-general para as operações de emergência e assegurou que não foi detectada nenhuma fuga radioactiva nas centrais nucleares do país.
Marinheiros dos Estados Unidos carregando um helicóptero humanitário em um porta-aviões
    

sábado, março 11, 2017

Há seis anos um sismo e tsunami devastaram o Japão e o Pacífico

Sismo e tsunami de Sendai de 2011
Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011.
Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas.
Epicentro 38° 19' 19.2" N 142° 22' 8.4" E
Profundidade 24
Magnitude 9,1 MW
Data 11 de março de 2011, 14.56.23, hora local
Zonas atingidas  Japão
Vítimas 15.894 mortos, 6.152 feridos e 2.562 desaparecidos


Sismo e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terremoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 9,1 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05.56 UTC (14.56 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - valor máximo da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 metros de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades, houve 13.333 mortes confirmadas e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.

terça-feira, março 11, 2014

Há três anos um sismo devastou o Japão

Sismo e tsunami de Sendai de 2011
Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011.
Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas.
Epicentro 38° 19' 19.2" N 142° 22' 8.4" E
Profundidade 24
Magnitude 9,01 MW
Data 11 de março de 2011, 14.56.23, hora local
Zonas atingidas  Japão
Vítimas 13.333 mortos confirmados e cerca de 16.000 desaparecidos


Sismo e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terremoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05.56 UTC (14.56 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 metros de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades, houve 13.333 mortes confirmadas e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.

segunda-feira, março 11, 2013

Há dois anos um terramoto devastou o Japão

Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas

O Sismo e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terramoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05.46 UTC (14.46 na hora local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades há 13 333 mortos confirmados e cerca de 16 000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais no Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.

domingo, março 11, 2012

Ocorreu há um ano o grande sismo e tsunami de Tohoku, designado oficialmente Grande Terramoto do Leste do Japão

Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas

Sismo e tsunami de Tohoku de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terramoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05:46 UTC (14:46 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades há 13 333 mortos confirmados e cerca de 16 000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais no Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.

Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011

Sismo
O sismo gerou um tsunami com ondas de quatro metros, estando alertas ativos para vários países, regiões e arquipélagos, como Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Guam, Filipinas, Indonésia, Papua-Nova Guiné, Nauru, Havai e Marianas Setentrionais (Estados Unidos), Taiwan, Equador e Chile. O aviso de tsunami emitido pelo Japão foi o de maior gravidade na escala de alertas, esperando-se que possam ser atingidos os 10 metros de altura de algumas ondas. Uma onda de 0,5 m de altura atingiu a costa norte do Japão A agência Kyodo relatou que uma onda de 4 m de altura atingiu a prefeitura de Iwate no Japão, e houve também inundações na prefeitura de Miyagi, arrasando a parte baixa da costa, levando automóveis e causando destruição.
O número de vítimas é impreciso, com relatos iniciais apontando mais de mil mortos e milhares de feridos. Estes dados não contam com a destruição quase completa da cidade de Sendai.

Impacto geofísico
Relatórios do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Servia sugerem que o efeito dos terremotos na região foi tão forte que o eixo da Terra foi alterado em 10 cm. Um relatório separado do Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que Honshu, a principal ilha do Japão, foi movimentada em 2,4 m na direção leste.

Tsunami

Tempo estimado de viagem do tsunami gerado pelo sismo

Japão
O terremoto provocou um alerta de tsunami e evacuações da costa japonesa do Pacífico e de pelo menos outros 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico, tanto da América do Norte como da América do Sul, desde o Alasca até ao Chile. O alerta de tsunami emitido pelo Japão foi a mais grave em sua escala de alerta, o que implica que a onda era esperada para ter uma altura de, ao menos, 10 metros de altura. Uma onda desse tamanho ocorreu às 15:55 JST inundações Aeroporto de Sendai, que fica perto da costa da Prefeitura de Miyagi, com ondas varrendo carros e inundando vários edifícios conforme ia para o interior da ilha. O impacto do tsunami em torno do Aeroporto de Sendai foi filmado por um helicóptero de notícias da rede NHK, mostrando vários veículos em estradas locais tentando escapar da onda que se aproximava rapidamente. Uma onda de tsunami de 4 metros de altura atingiu a Prefeitura de Iwate.
Como no Sismo do Oceano Índico de 2004 e no Ciclone Nargis, o dano da afluência de água, embora muito mais localizado, pode ser muito mais letal e destrutivo do que o terramoto em si. Há relatos de "cidades inteiras destruídas" nas áreas atingidas pelo tsunami no Japão, incluindo 9500 desaparecidos em Minamisanriku; Kuji e Ofunato foram "varridas...não deixando nenhum vestígio de que uma cidade estava lá."
Em outras partes do Pacífico
Em Guam, dois submarinos de ataque dos Estados Unidos foram retirados de suas amarras, mas logo foram tomados ao abrigo do reboque. O estado do Havaí estimou os danos à infra-estrutura pública em três milhões de dólares, com danos privados ainda maiores. Uma casa foi levada para o mar.
O Centro de Alerta de Tsunami da Costa Oeste dos Estados Unidos e do Alasca emitiu um alerta de tsunami para as zonas costeiras da Califórnia e do Oregon, de Point Conception, na Califórnia, até à fronteira do Oregon e Washington. Na Califórnia, o porto em Crescent City foi atingido por ondas de tsunami de oito pés, com docas e cerca de 35 barcos severamente danificados, enquanto o porto de Santa Cruz estimou prejuízos de 10 milhões de dólares como resultado dos danos, com outros 4 milhões de dólares em danos em embarcações que atracam ali. A Ilha Catalina, na Califórnia e Brookings, no Oregon, também sofreram danos.
Ao longo da costa do Pacífico no México e na América do Sul, foram registados surtos de tsunami, mas na maioria dos lugares causou pouco ou nenhum dano. O Peru relatou uma onda de 1,5 m e mais de 300 casas foram danificadas na cidade de Pueblo Nuevo de Colan e Pisco.
Consequências
O sistema de alerta de terremotos da Agência Meteorológica do Japão alertou a população cerca de um minuto antes do tremor, através de emissoras de televisão e rádio, além de correio eletrónico e mensagens via celular para pessoas cadastradas no sistema.
O sismo atingiu severamente Honshu, incluindo Tóquio. Verificaram-se numerosos incêndios em instalações industriais. Cerca de 13 horas depois do primeiro grande abalo, dois fortes sismos de magnitude 6,2 e 6,1 atingiram novamente a costa do Japão. Um barco com cerca de 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami que atingiu a costa do Japão. A embarcação estava na costa da prefeitura de Miyagi. Um grande incêndio atingiu a cidade de Kesennuma.

Vista aérea de área atingida pelo tsunami

Centrais nucleares
Outro dos efeitos do sismo foi a explosão ocorrida no dia 12 de março na Central Nuclear de Fukushima I. O tsunami atingiu-a e provocou uma avaria no sistema de refrigeração. O corte de electricidade impediu a recuperação desse sistema, permitindo que os bastões do combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão e originando a explosão.
No dia anterior fora declarado estado de emergência na central nuclear e, apesar da informação de que não existiam fugas radioactivas, evacuaram-se cerca de 3000 residentes num raio de 3 km do reator. Horas depois o raio de evacuação tinha sido elevado para 10 km, afectando já 45 000 pessoas. O reactor é refrigerado através da circulação de água através do seu combustível nuclear, tendo sido detectada uma alta pressão de vapor no reactor, o dobro do que é permitido. A empresa Tokyo Electric Power avaliou a possibilidade de libertar parte deste vapor para reduzir a pressão no mesmo, vapor esse que contém material radioactivo. Os níveis de radiação na sala de controlo da central eram cerca de 1000 vezes maiores que os níveis normais e na entrada da central foram medidos níveis 8 vezes superiores aos normais, existindo a possibilidade do derretimento do núcleo dos reatores.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, falou ao país após o sismo, lamentando o sucedido e oferecendo as suas condolências às famílias das vítimas. Indicou igualmente que já estaria em marcha a construção de um quartel-general para as operações de emergência e assegurou que não foi detectada nenhuma fuga radioactiva nas centrais nucleares do país.
Marinheiros dos Estados Unidos carregando um helicóptero humanitário em um porta-aviões

Reações internacionais
O Japão recebeu mensagens de condolências e ofertas de ajuda de diversos líderes internacionais. De acordo com as Nações Unidas, equipes de busca e resgate de 45 países foram oferecidas ao Japão. O país requisitou especificamente equipes da Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos; solicitou também (através de sua agência espacial JAXA) a ativação do International Charter on Space and Major Disasters, permitindo que imagens via satélite das regiões afetadas fossem compartilhadas de forma imediata com organizações de ajuda e resgate. A Alemanha enviou especialistas do Technisches Hilfswerk, enquanto o Reino Unido enviou 70 técnicos, incluindo dois cães farejadores especialmente treinados para localizar sobreviventes soterrados. Ma Ying-Jeou, presidente de Taiwan, requisitou ao governo a doação de 100 milhões de novos dólares taiwaneses ao Japão, enquanto uma equipe de resgate taiwanesa preparava-se para juntar-se aos esforços humanitários.
O Governo brasileiro enviou nota de solidariedade ao Japão, prestando sinceras condolências a todo povo japonês. O Governo acompanha, com preocupação, os desdobramentos após o terremoto e o consequente tsunami. O Brasil possui a maior colónia de imigrantes japoneses e inúmeros descendentes. Cerca de 254 mil brasileiros vivem atualmente no Japão. A Embaixada do Brasil no Japão e os Consulados Gerais em Tóquio, Nagoia e Hamamatsu até o momento não têm notícia de mortos ou feridos brasileiros.
O Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, enviou uma mensagem de condolências ao Imperador Akihito e ao povo japonês, em nome do povo português, pelas vítimas dos trágicos efeitos do sismo e do tsunami que atingiram o Japão.

terça-feira, abril 12, 2011

Nuclear - não obrigado!

Japão sobe o acidente para o nível máximo
Crise nuclear de Fukushima elevada ao nível de Tchernobil

Imagem captada a 21 de Março

A Agência japonesa de segurança nuclear elevou hoje para o nível 7, o máximo, o acidente nuclear da central de Fukushima 1, na escala de eventos nucleares e radiológicos, colocando-o no mesmo patamar da catástrofe de Tchernobil.

Desde 18 de Março que as autoridades nipónicas consideravam o acidente de Fukushima como sendo de nível 5, na escala INES (International Nuclear and Radiological Event Scale) - que só reflecte as emissões para a atmosfera e não para o mar -, o mesmo do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979.

A Agência de Segurança Nuclear decidiu aumentar o nível para 7 – o mesmo do acidente na central de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986 – baseada numa estimativa de que já foram lançados para a atmosfera materiais radioactivos que excedem os critérios para o nível 7. Ainda assim, a agência garante que esta contaminação em Fukushima é menor do que a de Tchernobil, nomeadamente cerca de dez por cento, avança hoje a agência de notícias japonesa Kyodo.

Mais precisamente, aquela agência informou que os reactores 1, 2 e 3 da central de Fukushima 1 libertaram para a atmosfera entre 370 mil e 630 mil terabecquerels de materiais radioactivos, nomeadamente de iodo-131 e césio 137.

Segundo explicou esta manhã ao PÚBLICO José Marques, investigador do Instituto Tecnológico e Nuclear, em Sacavém, e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, este aumento para o nível 7 não quer dizer que a situação na central se agravou. "A radiação já foi libertada. O que aconteceu foi que as autoridades japonesas deixaram de avaliar as emissões de cada reactor em separado e decidiram juntar as emissões dos reactores 1, 2 e 3. Esse acumular de radioactividade é que justifica o nível 7". Na sua opinião, esta "reavaliação é realista".

De acordo com Kenkichi Hirose, conselheiro na comissão governamental para a segurança nuclear, "as estimativas sugerem que a quantidade de materiais radioactivos libertados para a atmosfera subiu a pique a 15 e 16 de Março, depois de problemas detectados no reactor 2", explicou citou a agência Kyodo. "Desde então, a quantidade de radioactividade tem vindo, gradualmente, a subir. Mas acreditamos que o nível actual de emissões é significativamente baixo". Esta comissão estima que esteja a ser libertado 1 terabecquerel por hora.

"Mesmo antes desta decisão já considerávamos que o acidente era muito sério. Nesse sentido, não haverá grandes alterações à forma como estamos a lidar com a situação", explicou um responsável da agência de segurança nuclear, citado pela agência Reuters.

Autoridades japonesas lembram que Tchernobil foi diferente

O porta-voz do Governo, Yukio Edano, pediu desculpas "aos moradores da zona de Fukushima, ao povo do Japão e à comunidade internacional" por causa deste acidente nuclear, originado depois do sismo e tsunami de 11 de Março.

Também a operadora da central, a Tepco (Tokyo Electric Power Company), pediu desculpas por não ter conseguido estancar a fuga de radiação. A empresa admitiu mesmo a possibilidade de o total de emissões de substâncias radioactivas poder, eventualmente, ultrapassar as emissões do acidente de Tchernobil, segundo a Kyodo.

Ainda assim, as autoridades japonesas lembram que Fukushima é muito diferente de Tchernobil. Segundo Hidehiko Nishiyama, porta-voz da agência de segurança nuclear, em Fukushima ninguém morreu por causa da exposição à radiação e acrescentou que os próprios reactores não explodiram como aconteceu em Tchernobil. "Mesmo que alguma radioactividade continue a escapar dos reactores e dos seus vasos de contenção, eles não ficaram totalmente destruídos e estão a funcionar", salientou.

Recuperação dos reactores de Fukushima será "extremamente lenta"

A crise nuclear na central de Fukushima, com seis reactores, começou a 11 de Março, há mais de um mês. "Hoje, a situação é melhor do que, por exemplo, há duas semanas", comentou José Marques, referindo um "período mais calmo" no complexo. Apesar disso, a "recuperação será extremamente lenta".

"Os funcionários vão continuar a arrefecer os núcleos [dos reactores]. Quando, e se, conseguirem pôr a funcionar bombas de circulação de água mais potentes, a situação poderá ser resolvida no espaço de dias", acrescentou. O problema é "que não podemos saber o que ficou danificado" na central. Além disso, os trabalhos têm vindo a ser interrompidos pelas fortes réplicas do sismo de 11 de Março.Hoje, o Japão foi abalado por um sismo de magnitude 6,0 às 14.07 (06.07, hora portuguesa), com epicentro a pouco mais de dez quilómetros de profundidade, segundo o Serviço Geológico norte-americano (USGS, sigla em inglês). A central nuclear de Fukushima foi evacuada, por precaução. “Não detectámos nada de anormal na alimentação eléctrica exterior da central”, garantiu um porta-voz da Tepco.

Desde 11 de Março foram sentidas mais de 400 réplicas com magnitude 5 e superior na região Nordeste do Japão.