Mostrar mensagens com a etiqueta Eugénio Lisboa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Eugénio Lisboa. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, maio 05, 2023

Hoje é o dia da nossa amada língua mãe...

(imagem daqui)
 
 
Soneto

  
  
Com a língua portuguesa me caso,
com ela vivo quando é preciso;
a língua portuguesa não tem prazo
e veste-se de luxo e conciso.
 
Vive de tristeza e de alegria,
sossega, como sabe, os aflitos
e sabe matizar a euforia,
apaziguando, suave, os altos gritos!
  
Enfeita-se com cores e buzinas,
desperta, com clamores bem sentidos
e seus ares de grande dançarina,
 
aqueles que andando adormecidos
acordam àquele toque de alerta:
a língua é clamor e é oferta!
 



Eugénio Lisboa
 
 
 
 -+-+-+-
  
 
 
Língua Portuguesa
 

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!

 

 

Olavo Bilac

quinta-feira, maio 05, 2022

Hoje é o dia da língua latina mais bonita...

(imagem daqui)
 
 
Soneto

  
  
Com a língua portuguesa me caso,
com ela vivo quando é preciso;
a língua portuguesa não tem prazo
e veste-se de luxo e conciso.
 
Vive de tristeza e de alegria,
sossega, como sabe, os aflitos
e sabe matizar a euforia,
apaziguando, suave, os altos gritos!
  
Enfeita-se com cores e buzinas,
desperta, com clamores bem sentidos
e seus ares de grande dançarina,
 
aqueles que andando adormecidos
acordam àquele toque de alerta:
a língua é clamor e é oferta!
 



Eugénio Lisboa
 
 
 
 -+-+-+-
  
 
 
Língua Portuguesa
 

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!

 

 

Olavo Bilac

quarta-feira, abril 13, 2022

Poema para os amigos do ditador genocida que quer uma Europa e Ásia unidas, de Lisboa a Vladivostoque

 

(imagem daqui)

 

CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA DO FILHO DA MÃE 

 

Há filhos da mãe para todos os gostos,
há filhos da mãe de muitos formatos:
há aqueles que não pagam impostos,
mesmo auferindo balúrdios nefastos.
Há sacanas que gostam do poder,
não pra que possam bem governar,
mas para se tornarem super poder,
com poderes para tudo mandar:
o mui nobre poder de torturar
e até mesmo o de escarnecer
aqueles que manda assassinar:
tudo são modos de exercer poder.
As palavras têm muito a dizer,
havendo palavra que bem define
o mafioso que adora o poder:
por exemplo, palavra que termine
em ine: sufixo bom para dizer
que Lenine, Staline ou Putine
são filhos da mãe, quando, no poder,
dão aos seus crimes bonita patine!
Repito: há-os para todos os gostos,
maricas, machões e assim assim,
há-os de variadíssimos rostos,
mas todos, garanto, gente ruim!


 

Eugénio Lisboa 

 

in  De Rerum Natura

quarta-feira, maio 05, 2021

Hoje é o dia da nossa língua-mãe...

(imagem daqui)
 
 
Soneto

  
  
Com a língua portuguesa me caso,
com ela vivo quando é preciso;
a língua portuguesa não tem prazo
e veste-se de luxo e conciso.
 
Vive de tristeza e de alegria,
sossega, como sabe, os aflitos
e sabe matizar a euforia,
apaziguando, suave, os altos gritos!
  
Enfeita-se com cores e buzinas,
desperta, com clamores bem sentidos
e seus ares de grande dançarina,
 
aqueles que andando adormecidos
acordam àquele toque de alerta:
a língua é clamor e é oferta!



Eugénio Lisboa
 
 
 -+-+-+-
 
 
Língua Portuguesa
 

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

 

Olavo Bilac