Morreu o ensaísta, poeta e crítico cultural Eugénio Lisboa
O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: Eugénio Lisboa, poesia
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Postado por Fernando Martins às 00:00 0 bocas
Marcadores: Eugénio Lisboa, lusofonia, Olavo Bilac, poesia, Português
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Postado por Fernando Martins às 00:59 0 bocas
Marcadores: Eugénio Lisboa, lusofonia, Olavo Bilac, poesia, Português
(imagem daqui)
CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA DO FILHO DA MÃE
Há filhos da mãe para todos os gostos,
há filhos da mãe de muitos formatos:
há aqueles que não pagam impostos,
mesmo auferindo balúrdios nefastos.
Há sacanas que gostam do poder,
não pra que possam bem governar,
mas para se tornarem super poder,
com poderes para tudo mandar:
o mui nobre poder de torturar
e até mesmo o de escarnecer
aqueles que manda assassinar:
tudo são modos de exercer poder.
As palavras têm muito a dizer,
havendo palavra que bem define
o mafioso que adora o poder:
por exemplo, palavra que termine
em ine: sufixo bom para dizer
que Lenine, Staline ou Putine
são filhos da mãe, quando, no poder,
dão aos seus crimes bonita patine!
Repito: há-os para todos os gostos,
maricas, machões e assim assim,
há-os de variadíssimos rostos,
mas todos, garanto, gente ruim!
Eugénio Lisboa
Postado por Fernando Martins às 11:45 0 bocas
Marcadores: colaboracionistas, De Rerum Natura, Eugénio Lisboa, poesia, Putin
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Postado por Fernando Martins às 00:00 0 bocas
Marcadores: Eugénio Lisboa, lusofonia, Olavo Bilac, poesia, Português