O
grande incêndio de Londres foi uma das maiores catástrofes da capital
inglesa, tendo destruído as partes centrais da cidade de
2 de setembro a
5 de setembro de
1666. O
incêndio ameaçou destruir o distrito de
Westminster, o
Palácio de Whitehall e alguns subúrbios, mas não chegou a destruí-las. Destruiu 13.200 casas, 87 igrejas, a
Catedral de S. Paulo
e 44 prédios públicos. Entretanto, acredita-se que poucas pessoas
morreram. Os registos da época indicaram um total de 100 mil
desabrigados e nove óbitos. Mas pesquisas atuais afirmam que milhares de
pessoas podem ter morrido, já que pessoas mais pobres e da classe
média não eram mantidas nos registos.
O fogo começou na padaria de Thomas Farriner (ou Farynor) em Pudding
Lane e logo se espalhou. A propagação das chamas foi favorecida pela
estrutura medieval da cidade: ruas estreitas e casas de madeira muito
próximas umas das outras.
A técnica contra incêndios da época (derrubar construções e assim
impedir o espalhamento do fogo) foi atrasada por decisão do Lord Mayor
de Londres, Sir Thomas Bloodworth, que subestimou o potencial das
chamas. Quando as demolições foram autorizadas, uma tempestade de fogo
impediu que fossem feitas. No dia 3 de setembro o fogo se dirigiu à zona
norte, rumo ao coração da cidade. No dia 4, destruiu a Catedral de S.
Paulo. Um ataque contra o incêndio foi mobilizado. Finalmente o fogo foi
controlado.
Além do prejuízo estimado em 10 milhões de libras, vários problemas
sociais eclodiram. O rei Carlos II logo tomou providencias para a capital.
Contratou um arquiteto para fazer as casas de tijolos e cimento e as
casas longe uma das outras, construindo um muro largo de 89 metros. A
cidade ficou mais estreita. Apesar de críticas, a cidade não foi
modernizada, mas reconstruida nos moldes e estilos medievais.
O arquiteto Cristopher Wren liderou os muitos arquitetos que
participaram da reconstrução, que deu origem à área conhecida como
City
of London, hoje um distrito financeiro. A
Catedral de São Paulo
(século XII) foi completamente destruída. A edificação atual foi
desenhada por arquiteto Cristopher Wren. A única parte restante do
prédio antigo é um memorial ao poeta
John Donne.
A ponte de Londres, parcialmente consumida pelo primeiro incêndio
(1663), foi consumida pelas chamas. A biblioteca de teologia do
Sion College teve um terço dos seus livros queimados. O centro administrativo (
Guildhall) - onde ocorriam julgamentos desde o século XIV - foi seriamente danificado.