O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Uma trombose, ocorrida em meados da década de 60, viria
a terminar, abruptamente, a sua carreira artística. Ramos morreria alguns
anos mais tarde, em 1969.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
Uma trombose, ocorrida em meados da década de 60, viria
a terminar, abruptamente, a sua carreira artística. Ramos morreria alguns
anos mais tarde, em 1969.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
Uma trombose, ocorrida em meados da década de 60, viria
a terminar, abruptamente, a sua carreira artística. Ramos morreria alguns
anos mais tarde, em 1969.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
Lisboeta, natural da freguesia de Alcântara,
Carlos Ramos tornou-se num dos fadistas mais queridos do público
português, graças à sua voz quente e à sua postura modesta e discreta - e
ao anormal número de grandes êxitos que teve, aliás ligados à
popularidade crescente do disco e da televisão, meios de comunicação que
soube utilizar com grande proveito no início da década de 60.
A sua apetência de música vinha de criança (o seu pai, que era empregado da Casa Real, tocava trompa, fazendo-o nas caçadas de El-Rei D. Carlos), porém só tardiamente Carlos Ramos abraçou a música (e o fado) como carreira profissional. Também em criança habituou-se a circundar as tabernas do seu bairro natal, Alcântara,
onde se ouvia cantar o fado. Já adolescente, nos intervalos dos estudos
liceais, Carlos Ramos aprende a tocar guitarra portuguesa e inicia-se
como acompanhante de fadistas, ainda que na condição de amador.
Carlos Ramos almejava ser médico, mas a morte do pai, com apenas
18 anos, obrigou-o a trabalhar para sustentar a família, dedicando-se à
radiotelegrafia, ofício que aprendera no serviço militar e do qual faria
carreira profissional. Continuava, contudo, a tocar e cantar nas horas
vagas, primeiro apenas como acompanhante (nomeadamente de Ercília Costa
numa digressão americana) depois também como fadista em nome próprio,
acompanhando-se a si próprio à guitarra, acabando, a conselho de Filipe Pinto,
por se profissionalizar como cantor em 1944. Estreou-se então no Café
Luso, no Bairro Alto, criando Senhora do Monte, o seu primeiro grande
êxito.
Em 1936, integrou como guitarrista a Orquestra Típica Algarvia de Acordeão, atuando no Bairro Alto, em Lisboa.
Esta orquestra era chefiada pelo Mastro Frederico Valério e era composta por sete dos melhores acordeonistas algarvios, entre os quais José Ferreiro e José Ferreiro Júnior.
Ao longo da sua carreira, Carlos Ramos viria a especializar-se no
fado-canção, género inicialmente pensado para os palcos de revista, e no
qual conseguiria alguns dos seus maiores êxitos: Não Venhas Tarde e
Canto o Fado. Frequentador regular das casas típicas de Lisboa durante
as décadas de quarenta e cinquenta, fez também uma breve carreira
internacional, participou em revistas e filmes e tornar-se-ia em 1952
artista exclusivo da casa de fado Tipóia, ao lado de Adelina Ramos, de
onde sairia para, em 1959, abrir a sua própria casa, A Toca, experiência
cujo sucesso não correspondeu às expectativas.
A sua voz particular conquistou o público e popularizou-o em
grandes êxitos como: "Senhora do Monte" (Gabriel de Oliveira – José
Marques, Fado Carriche), "Anda o Fado Noutras Bocas" (Artur Ribeiro),
"Não Venhas Tarde" (Aníbal Nazaré – João Nobre), "Canto o Fado" (João
Nobre).
Uma trombose, ocorrida em meados da década de 60, viria
terminar abruptamente a sua carreira artística. Ramos morreria alguns
anos mais tarde, em 1969.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
Lisboeta, natural da freguesia de Alcântara,
Carlos Ramos tornou-se num dos fadistas mais queridos do público
português, graças à sua voz quente e à sua postura modesta e discreta - e
ao anormal número de grandes êxitos que teve, aliás ligados à
popularidade crescente do disco e da televisão, meios de comunicação que
soube utilizar com grande proveito no início da década de 60.
A sua apetência de música vinha de criança — o seu pai, que era empregado da Casa Real, tocava trompa, fazendo-o nas caçadas do rei D. Carlos —, porém só tardiamente Carlos Ramos abraçou a música (e o Fado) como carreira profissional. Também em criança habituou-se a circundar as tabernas do seu bairro natal, Alcântara,
onde se ouvia cantar o fado. Já adolescente, nos intervalos dos estudos
liceais, Carlos Ramos aprende a tocar guitarra portuguesa e inicia-se
como acompanhante de fadistas, ainda que na condição de amador.
Carlos Ramos almejava ser médico, mas a morte do pai, com apenas
18 anos, obrigou-o a trabalhar para sustentar a família, dedicando-se à
radiotelegrafia, ofício que aprendera no serviço militar e do qual faria
carreira profissional. Continuava, contudo, a tocar e cantar nas horas
vagas, primeiro apenas como acompanhante (nomeadamente de Ercília Costa
numa digressão americana) depois também como fadista em nome próprio,
acompanhando-se a si próprio à guitarra, acabando, a conselho de Filipe Pinto,
por se profissionalizar como cantor em 1944. Estreou-se então no Café
Luso, no Bairro Alto, criando Senhora do Monte, o seu primeiro grande
êxito.
Em 1936, integrou como guitarrista a Orquestra Típica Algarvia de Acordeão, actuando no Bairro Alto, em Lisboa.
Esta Orquestra era chefiada pelo Mastro Frederico Valério e era composta por sete dos melhores acordeonistas algarvios,entre os quais José Ferreiro e José Ferreiro Júnior.
Ao longo da sua carreira, Carlos Ramos viria a especializar-se no
fado-canção, género inicialmente pensado para os palcos de revista, e no
qual conseguiria alguns dos seus maiores êxitos: Não Venhas Tarde e
Canto o Fado. Frequentador regular das casas típicas de Lisboa durante
as décadas de quarenta e cinquenta, fez também uma breve carreira
internacional, participou em revistas e filmes e tornar-se-ia em 1952
artista exclusivo da casa de fado Tipóia, ao lado de Adelina Ramos, de
onde sairia para, em 1959, abrir a sua própria casa, A Toca, experiência
cujo sucesso não correspondeu às expectativas.
A sua voz particular conquistou o público e popularizou-o em
grandes êxitos como: "Senhora do Monte" (Gabriel de Oliveira – José
Marques, Fado Carriche), "Anda o Fado Noutras Bocas" (Artur Ribeiro),
"Não Venhas Tarde" (Aníbal Nazaré – João Nobre), "Canto o Fado" (João
Nobre).
Uma trombose ocorrida em meados da década de sessenta viria
terminar abruptamente a sua carreira artística. Ramos morreria alguns
anos mais tarde, em 1969.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
A minha mãe, em novo, quando ia para actividades lúdicas nocturnas, dizia-me sempre: "Não venhas tarde...". Eu respondia-lhe, regularmente, com o fado deste aniversariante:
Não venhas tarde - Carlos Ramos Letra e música de Frederico de Brito
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!,
E eu peço a Deus que no fim
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
Mas sabes dizer, sorrindo,
Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem
Que eu vou p'ra outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria,
Eu confesso, tenho medo,
Que tu me digas um dia,
Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia,
E seja tarde demais!
Faz hoje 102 anos que nasceu este fadista. Dele recordo-me muitas vezes, por causa da minha mãe, pois, quando na minha juventude irrequieta, saía à noite, ela me dizia sempre "Não venhas tarde..." e a minha resposta era, sempre, cantar-lhe o início deste fado que está neste post...
Que saudades desses tempos....!
ADENDA: Para quem quer recordar a letra deste fado, ela aqui fica:
Não venhas tarde!, Dizes-me tu com carinho, Sem nunca fazer alarde Do que me pedes, baixinho.
Não venhas tarde!, E eu peço a deus que no fim Teu coração ainda guarde Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem Que eu vou p'ra outra mulher, Que ela me prende também, Que eu só faço o que ela quer, Tu estás sentindo Que te minto e sou cobarde, Mas sabes dizer, sorrindo, Meu amor, não venhas tarde!
Não venhas tarde!, Dizes-me sem azedume, Quando o teu coração arde Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde!, Dizes-me tu da janela, E eu venho sempre mais tarde, Porque não sei fugir dela
Tu sabes bem Que eu vou p'ra outra mulher, Que ela me prende também, Que eu só faço o que ela quer,
Sem alegria, Eu confesso, tenho medo, Que tu me digas um dia, Meu amor, não venhas cedo!
Por ironia, Pois nunca sei onde vais, Que eu chegue cedo algum dia, E seja tarde demais!