Dinho foi criado em
Washington (
EUA),
Viena (
Áustria) e
Genebra (
Suíça). Filho de diplomata, tetaraneto do
Visconde de Ouro Preto, veio morar no
Brasil aos 16 anos, na época da ditadura, quando o movimento
punk começavam a invadir as ruas de
Brasília.
Ao terminar o segundo grau, Dinho decidiu prestar o exame para
Sociologia, mas ficou reprovado e decidiu dedicar-se à música. Começou a
namorar com uma garota chamada Helena, que era irmã de
Flávio e
Fê Lemos, os quais eram integrantes da banda
Aborto Elétrico, também fez amizade com
Dado Villa-Lobos e
Bi Ribeiro (
Paralamas do Sucesso) e começou a participar das reuniões da chamada
turma da colina – um lugar estratégico, de onde era possível ver toda cidade.
Lá
Dinho conheceu o seu maior ídolo,
Renato Russo, vocalista da banda dos irmãos
Flávio e
Fê.
Dinho tornou-se fã incondicional da banda e via todos os ensaios. Ao se separar, em maio de
1983, a banda
Aborto Elétrico deu origem a duas novas bandas, a banda de
Renato Russo,
Legião Urbana e a banda de
Flávio e
Fê Lemos, o
Capital Inicial,
da qual Dinho se tornou o vocalista, aos 19 anos. Os seus pais
estavam fora do país e nada sabiam da sua carreira artística. Só
souberam que ele tinha se tornado músico quando ele e a banda já
estava fazendo sucesso.
Em
1993 ele saiu dos
Capital e parou de trabalhar. Foi aí que tudo começou a mudar, inclusive a aparência.
Dinho
queria ficar mais feio. “No começo de carreira eu ganhei o título de
símbolo sexual. Achava ótimo ter um monte de meninas se jogando em
cima de mim. Mas, depois, quando percebi que ser bonito não era o mais
importante, comecei a sentir raiva de mim mesmo”, conta o cantor.
Eram noites passadas em claro, excesso de
bebidas e
drogas e quando o dia amanhecia voltava para casa e dormia o dia inteiro. Nessa época Dinho tornou-se irreconhecível, tinha
dreadlockss no cabelo, era
clubber
e diariamente estava bêbado, o seu apartamento sempre estava cheio às
vezes até de pessoas desconhecidas. Em alguma dessas festas que
aconteciam em seu apartamento, alguém acabou levando uma quantia
considerável de seu dinheiro (cerca de 20.000 dólares) deixando-o
falido.
A história podia ter terminado de maneira trágica. Mas em
1994, na festa do
Video Music Brasil da
MTV,
ele conheceu Maria, uma arquiteta italiana que estava visitando o
país. Dinho apaixonou-se logo por ela. Durante 10 dias não se
separaram, mas logo depois
Maria teve que voltar para a
Itália.
Dinho
diz que sofreu muito, pois ela estava com o casamento marcado, e que
lhe enviou milhares de fax pedindo para que voltasse. Conta também que
não tinha medo de parecer ridículo.
Para sua felicidade depois de seis meses
Maria rompeu o seu noivado e voltou para o
Brasil. Logo se casaram e
Dinho
mudou o rumo de sua vida, parou de se drogar o dia inteiro, “ela me
ajudou a inventar novos objetivos para a minha vida”, confessa o
cantor. Ele voltou a trabalhar com sua música e pouco tempo depois
lançou um disco solo, mas o seu desempenho não teve muito sucesso. Em
1995, decidiu compor
gingles para comerciais e odiou a experiência. Em
1997, nasceu
Giulia, a primeira filha de
Dinho. A tensão durou até março de
1998
quando Dinho e os ex-companheiros decidiram se encontrar para marcar
uma série de shows em comemoração aos 15 anos de nascimento dos
Capital Inicial.
Eles superaram o mal-estar inicial e conversaram como adultos, entre
uma apresentação e outra selaram a paz e, em novembro daquele ano ,
lançaram o
CD Atrás dos Olhos, dedicado à sua filha Giulia. Em
1998, os
Capital Inicial voltaram à formação original, com
Dinho nos
vocais. No ano de
1999 nasceu a sua segunda filha Isabel.
Com o álbum acústico de
2000 os
Capital Inicial consagraram-se de vez como uma das melhores bandas de rock no
Brasil, de lá para cá não pararam mais, já foram lançados mais dois discos que também tiveram sucesso total.
Em 2012, lançou o seu terceiro álbum em
carreira a solo, intitulado
Black Heart, com todas as canções em inglês. O álbum conta apenas com regravações de bandas de
rock.
Em 2020, Dinho lançou o seu quarto álbum solo,
Roque em Rôu, com 12 regravações de bandas e artistas do
rock brasileiro.
Algumas das regravações do disco são "Metamorfose Ambulante", de
Raul Seixas, "
A Mais Pedida", dos
Raimundos, e "Saideira", do
Skank.