O Capitólio dos Estados Unidos após Washington, DC ter sido queimada pelo exército britânico
A Guerra de 1812, ou a Guerra Anglo-Americana, foi a guerra entre os Estados Unidos da América, e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e as suas colónias, incluindo o Canada Superior (Ontario), o Canadá Inferior (Quebec), Nova Escócia, Bermuda e a ilha da Terra Nova.
A Guerra decorreu entre 18 de junho de 1812 e 23 de março de 1815, embora o seu tratado de paz tenha sido assinado em 1814. O Massacre do Fort Dearborn, Indiana, em 15 de agosto de 1812, foi a "gota de água" que levou os americanos à guerra contra os britânicos ao que é, hoje, reconhecida nos EUA como War of 1812 ("A Guerra de 1812," em português). A guerra terminou em status quo.
A Revolução Francesa
trouxe problemas para os Estados Unidos, devido às diferenças entre as
fações federalistas (admiradores da Inglaterra) e os republicanos
(admiradores da França
revolucionária), e a acentuação da rivalidade da França com a
Inglaterra, que não tolerava a independência da ex-colónia. Além disso,
os britânicos ainda tinham ligações comerciais com os sulistas.
Eles tentaram de todas as maneiras impedir os acordos entre franceses e
nortistas, utilizando-se da força: apresamento de navios da
ex-colónia, desafiando a soberania nacional e prejudicando as
indústrias; recrutamento forçado de norte-americanos por ingleses;
problemas com índios no oeste, instigados por britânicos do Canadá; e,
em relação aos Estados Unidos, a tentativa de conquista da mesma, facto
esse almejado por eles.
Entre 1812 e 1814 ocorreu o conflito, durante o governo do presidente James Madison. Apesar dos desastres sofridos, o Tratado de Gand,
que acabou com a guerra, não promoveu modificações no mapa dos Estados
Unidos. Mais, reforçou o sentimento nacionalista da população e
consolidou a União.
James Madison venceu as eleições presidenciais americanas de 1808,
primariamente por causa de suas habilidades em relações
internacionais, em uma época onde tanto a França quanto o Reino Unido
estavam à beira da declaração de guerra contra os Estados Unidos.
Madison, uma vez na presidência do país, rapidamente removeu o Ato do Embargo de 1807.
A França logo se propôs a terminar todos seus ataques contra navios
mercantes americanos e não interferir com o comércio internacional
americano. Porém, o Reino Unido continuou ativamente os ataques contra a
frota mercante americana. Além disso, os britânicos passaram a
fornecer grandes quantidades de suprimentos militares a nativos
indígenas do sul dos Grandes Lagos,
e incentivavam estes indígenas a atacarem comunidades americanas e
grupos de colonos americanos que viajavam em direção ao oeste.
Em resposta a estes problemas, os Estados Unidos da América declararam guerra ao Reino Unido em 1812.
Os habitantes do sul e do oeste do país eram em sua grande maioria a
favor da guerra, uma vez que se preocupavam em defender o direito da
expansão americana em direção ao oeste e o direito de ter acesso a
mercados internacionais para seus produtos de exportação. Já os
federalistas da Nova Inglaterra opuseram-se à guerra, e sua reputação sofreria muito ao final do conflito, causando a desintegração do partido político.
No início da guerra, os Estados Unidos rapidamente invadiram o Canadá,
então colónia britânica, e capturaram diversas cidades daquele país.
Os americanos incentivaram os canadianos a rebelar-se contra o Reino
Unido e a juntar-se aos Estados Unidos. Porém, devido ao pouco apoio da
população canadense aos ideais americanos e à mobilização de grandes
quantidades de tropas britânicas no Canadá, os americanos foram
obrigados a recuar. Os britânicos invadiram então os Estados Unidos,
tendo ocupado diversas cidades do nordeste americano, entre elas, Washington, DC, a capital americana.
A invasão britânica da capital americana fez com que, subitamente, um
grande número de pessoas passassem a querer se alistar nas forças
armadas. A soberania do país estava em risco e a independência deveria
ser mantida a todo custo, o governo proclamou. O avanço britânico foi
parado em Baltimore, em 1814. As cenas da batalha de defesa da cidade por parte dos americanos fizeram com que Francis Scott Key, que testemunhara a batalha, escrevesse The Star-Spangled Banner, que acabaria por se tornar o hino oficial dos Estados Unidos.
A guerra terminou oficialmente em 8 de janeiro de 1815, sob os termos do Tratado de Ghent. A Batalha de Nova Orleães,
porém, ocorreu após a assinatura do tratado. Esta batalha resultou em
vitória para os Estados Unidos. Um dos principais comandantes
americanos durante a guerra, Andrew Jackson, o general das forças americanas durante a Batalha de Nova Orleães, tornou-se imensamente popular nos Estados Unidos.
A Guerra de 1812 causou um drástico crescimento do nacionalismo
e do orgulho americano. O país então acabara de resistir militarmente
contra a segunda maior potência militar do mundo à época (a maior era a
França napoleónica). A guerra causou um súbito aumento da moral
americana - especialmente na Batalha de Nova Orleães. Os britânicos,
segundo o tratado de paz, comprometeram-se a parar com seus ataques
contra navios mercantes americanos, e um período de paz, de expansão
territorial, de isolacionismo e do fortalecimento da economia do país,
seguiu-se-lhe. Este período ficaria conhecido como Era do Bem Sentir.
in Wikipédia
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