O recurso a empresas offshore não é por si só ilegal nas jurisdições em que estão registadas. No entanto, durante a investigação os jornalistas verificaram que algumas das companhias de fachada mencionadas nos documentos podem ter sido usadas para fins ilegais, incluindo fraude, tráfico de droga e evasão fiscal.
quarta-feira, abril 03, 2024
O escândalo dos Panama Papers começou há oito anos - continuamos à espera que publiquem o que interessa...
Panama Papers são um conjunto de 11,5 milhões de documentos confidenciais de autoria da sociedade de advogados panamenha Mossack Fonseca que fornecem informações detalhadas de mais de 214 000 empresas de paraísos fiscais offshore,
incluindo as identidades dos acionistas e administradores. Nos
documentos são mencionados chefes de estado em exercício de cinco
países, nomeadamente Argentina, Islândia, Arábia Saudita, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos,
para além de outros responsáveis governativos, familiares e
colaboradores próximos de vários chefes de governo de mais de outros
quarenta países, incluindo África do Sul, Angola, Brasil, China, Coreia do Norte, França, Índia, Malásia, México, Paquistão, Reino Unido, Rússia e Síria, bem como de 29 multimilionários entre a lista das 500 pessoas mais ricas do mundo segundo a revista Forbes.
O conjunto de documentos, que totaliza 2,6 terabytes
de dados e abrange um intervalo de tempo entre a década de 1970 e o
início de 2016, foi enviado por uma fonte anónima para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung em 2015 e, posteriormente, para o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, com sede em Washington.
Os documentos foram distribuídos e analisados por cerca de quatrocentos
jornalistas em 107 órgãos de comunicação social em mais de oitenta
países. As primeiras notícias sobre o caso, assim como 149 dos próprios
documentos, foram publicadas em 3 de abril de 2016.
in Wikipédia
NOTA: por cá, tudo como dantes, quartel general em abrantes... Oito anos sem acusações, não publicam novos dados (os jornais que os prometeram...) e, agora que o PS perdeu o poder, ficamos à espera de que saia tudo cá para fora.
Postado por Fernando Martins às 08:00
Marcadores: fisco, Mossack Fonseca, Panama Papers, PS
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