domingo, fevereiro 18, 2024

Jorge Plantageneta, Duque de Clarence, foi executado há 546 anos

  
Jorge Plantageneta, Duque de Clarence, (Dublin, 21 de outubro de 1449 – Londres, 18 de fevereiro de 1478) foi o terceiro filho de Ricardo, Duque de Iorque, e de Cecily Neville e irmão dos reis Eduardo IV e Ricardo III. Jorge foi elevado a duque de Clarence em 1461 e tornou-se também conde de Warwick e Salisbury em 1471, por via da sua mulher, Isabel Neville, a herdeira de Richard Neville.
Jorge nasceu em Dublin, na altura em que o pai se lançava como candidato à substituição do débil Henrique VI de Inglaterra. Demasiado jovem para acompanhar os primeiros episódios da Guerra das Rosas, Jorge mostrou-se um fervoroso apoiante do irmão, o rei Eduardo IV. Em 1469, Jorge casou-se com Isabel Neville, filha de Richard Neville, Conde de Warwick. Até então o principal conselheiro do rei, Warwick tinha recentemente se afastado de Eduardo IV e desertado para a casa de Lencastre. Jorge apostou a sua sorte com o sogro e apoiou a sua tentativa de rebelião. Quando o plano falhou, ambos fugiram para França e juntaram-se à exilada Margarida de Anjou. A ideia de Jorge era ser ele próprio a substituir Eduardo IV, mas quando Warwick e Margarida de Anjou planearam o casamento de Eduardo de Westminster (herdeiro de Henrique VI) e de Anne Neville, percebeu que nunca seria aceite como alternativa. Então, resolveu regressar à corte e procurar o perdão real. Eduardo IV aceitou-o de volta e após a morte de Warwick, confirmou-o como herdeiro do sogro.
Após a morte de Isabel, em 1476, o ambicioso duque de Clarence procurou o casamento com a herdeira Maria da Borgonha, mas, sem a aprovação de Eduardo IV, o plano falhou. De novo, os irmãos afastaram-se e Jorge começou a conspirar. Em janeiro de 1478, Jorge foi preso na Torre de Londres e declarado fora da lei pelo Parlamento, acusado de conspiração e de traição. Em virtude da sua condição de príncipe, Jorge foi executado em privado, em fevereiro do mesmo ano.
Jorge é também uma personagem principal na peça Ricardo III, de William Shakespeare. Neste drama, é executado por afogamento numa barril de vinho (que a lenda diz ser de Madeira, da casta Malvasia), uma estória que depois se popularizou.
   
  

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