O Gato de Schrödinger
Ainda que as palavras
sejam atraídas pela profundidade
dos corpos,
como não ver uma coisa
que se põe a ver, inevitável,
depois da memória?
Pelo lado de fora,
suponhamos que este animal,
o gato, caia
onde as cinzas expandem
as horas,
afastam os relógios da própria queda.
Desconhecemos o que acontece,
como abandonamos nós mesmos.
Mas nada é o contrário.
O chão introduz nas entranhas desse gato
olhos e estrelas,
o mundo sem a medida das mãos.
Alexandre Rodrigues da Costa
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