António Anastácio Gonçalves nasceu em Alcanena, a 2 de outubro de 1888, filho de José Manuel Gonçalves (1840‑1898) e de Mariana Anastácio Gonçalves (1842‑1924), oriundos de famílias abastadas de Alcanena ligadas ao comércio de curtumes e proprietários rurais.
in Um colecionador exigente: António Anastácio Gonçalves (1888‑1965) - José Alberto Ribeiro
Projetada pelo arquiteto Norte Júnior nos anos 1904 – 1905, foi construída com a finalidade de servir de habitação e atelier de trabalho ao pintor José Malhoa.
O Dr. Anastácio Gonçalves adquiriu a Casa Malhoa em 1932 utilizando-a como sua residência e principalmente como arquivo da sua vasta coleção de arte. A estrutura da casa nessa altura foi alvo de algumas alterações, como a mudança da cozinha para a cave.
Com o falecimento do Dr. Anastácio, em 1965, a Casa-Museu passa, por vontade expressa do falecido, para o estado português em 1969.
O edifício abre as suas portas ao público, já como museu, em 1980, depois de ter sofrido algumas alterações de adaptação às suas novas funções. Entretanto, devido à exiguidade de espaço para o espólio existente, sofreu novas alterações em 1996, de acordo com o projeto arquitetónico elaborado pelos arquitetos Frederico George e Pedro George, em que foi anexado ao museu a moradia que existia ao lado. Esta moradia tinha sido projetada pelo arquiteto Norte Júnior.
Em 1987 já se tinham iniciado as obras de remodelação da casa António Pinto da Fonseca, como já referido também da autoria do arquiteto Norte Júnior, construída em 1908, que, sendo confinante à Casa Malhoa proporcionava a ampliação do museu. A junção desta casa veio acrescentar áreas de serviço disponibilizadas ao público, como uma loja, uma cafetaria, uma zona de receção e algumas salas de exposição temporária. O museu reabriu em dezembro de 1997 tal como se encontra nos dias de hoje.
A Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, está classificada, por proposta do IGESPAR, como Imóvel de Interesse Público.
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