Excerto da Tapeçaria de Bayeux - obra feita em bordado para comemorar o sucesso da Conquista Normanda de Inglaterra
A invasão ou conquista normanda da Inglaterra, realizada em 1066 por Guilherme II, Duque da Normandia, que se tornou subsequentemente Guilherme I, Rei de Inglaterra, e a subsequente subida ao poder da dinastia normanda é considerada por alguns historiadores como o fim de uma era.
Em 1066, o rei Eduardo, "o Confessor", da Inglaterra, morreu sem deixar descendentes, gerando uma crise sucessória. O principal pretendente inglês era o seu cunhado, Haroldo Godwinson; outro poderoso candidato era o seu primo, duque Guilherme da Normandia. Eduardo poderá ter-lhe prometido o trono em 1051 e Guilherme fortaleceu a sua posição persuadindo Haroldo (possivelmente com algum truque) a jurar-lhe fidelidade.
Depois da morte de Eduardo, o Conselho elegeu Haroldo para rei e
este, durante alguns meses, manteve o exército de prevenção contra uma
eventual invasão normanda. No entanto, de imediato teve de se dirigir ao
norte para combater um ataque efetuado pelo seu irmão Tostig e pelo rei Haroldo Hardråde da Noruega, a quem derrotou em Stamford Bridge. Logo a seguir à batalha, recebeu a notícia de que Guilherme desembarcara no Sussex. Ele, juntamente com os seus guardas pessoais, mobilizaram novas tropas, inexperientes, interpelando os normandos em Senlac, perto de Hastings; Haroldo foi morto e o seu exército derrotado. No dia de Natal de 1066, Guilherme, "o Conquistador", era coroado na Abadia de Westminster.
Guilherme empreendeu uma sistemática campanha para submeter os rebeldes saxões,
confiscando grandes propriedades e entregando-as aos seus seguidores -
tomando o cuidado de lhes dar pequenas áreas espalhadas por todo o país,
para evitar que se tornassem demasiado poderosos. Todos os
proprietários de terras, grandes ou pequenos, foram obrigados a
jurar-lhe lealdade.
CRONOLOGIA
- 5 de janeiro – morte do rei da Inglaterra Eduardo o Confessor, sem descendentes diretos. O seu parente mais próximo é Edgar Atheling, um rapaz de 12 anos;
- 6 de janeiro – dada a iminência de uma invasão norueguesa, a assembleia dos nobres ingleses nomeia e coroa Haroldo Godwinson, Conde de Wessex e East Anglia, como rei de Inglaterra;
- Início do Verão – Haroldo II da Noruega invade a Inglaterra com a ajuda de Tostig Godwinson, ex-Conde da Nortúmbria e irmão renegado de Haroldo I;
- 25 de setembro - Batalha de Stamford Bridge - o exército de Haroldo Godwinson derrota os invasores noruegueses; morte em batalha de Haroldo II da Noruega e Tostig Godwinson;
- 28 de setembro - Guilherme I, Duque da Normandia invade Inglaterra com 7.000 homens e 600 barcos, dando início à invasão; Haroldo II inicia a marcha forçada para sul a fim de enfrentar a ameaça;
- 14 de outubro - Batalha de Hastings: Guilherme da Normandia derrota o exército de Haroldo I de Inglaterra, que morre na batalha.
- Uma assembleia de nobres ingleses nomeia Edgar Atheling rei de Inglaterra; Edgar e os seus regentes não são capazes de fazer frente a Guilherme e Edgar abdica das suas pretensões pouco tempo depois, sem nunca ter sido coroado;
- 25 de dezembro - Guilherme da Normandia é coroado rei de Inglaterra, na Abadia de Westminster, dando início à Dinastia Normanda.
in Wikipédia
2 comentários:
28.09.1974 - A "Maioria [que ficou] Silenciosa"
"Tinha sido anunciada a realização da chamada «Manifestação da Maioria Silenciosa» – uma iniciativa de apoio ao apelo do general Spínola, convocada dias antes por cartazes que invadiram a cidade de Lisboa. Mas Spínola, que tinha tentado, sem sucesso, reforçar os poderes da Junta de Salvação Nacional, acabou por emitir um comunicado, pouco antes do meio-dia, a agradecer a intenção dos manifestantes, mas declarando que, naquele momento, a manifestação não seria «conveniente».
Os partidos políticos de esquerda (CARP M-L, CCRM-L, GAPS, LCI, LUAR, MDP/CDE, MES, PCP m-l, PCP, PRP-BR, URML), sindicatos e outras organizações tinham desencadeado, no próprio dia, uma gigantesca operação de «vigilância popular»: desde as primeiras horas da manhã, dezenas de grupos de militantes distribuíram panfletos e pararam e revistaram carros em todas as entradas de Lisboa e não só.
Em 30 de Setembro, Spínola demitiu-se do cargo de presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. Fechou-se assim o primeiro ciclo político do pós 25 de Abril."
Joana Lopes
Blog: "Entre as brumas da memória"
brigado pela sugestão - publicamos há pouco um post sobre o evento...
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