Íngrid Betancourt Pulecio (Bogotá, 25 de dezembro de 1961) é uma senadora e activista anticorrupção franco-colombiana. Foi sequestrada pelo grupo guerrilheiro FARC em 23 de fevereiro de 2002, enquanto fazia campanha para as eleições presidenciais. Betancourt permaneceu cativa até o dia 2 de julho de 2008, quando o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou a sua libertação juntamente com outros catorze reféns.
Biografia
Filha de um ex-senador e ex-embaixador colombiano, Gabriel Betancourt, com uma ex-miss
Colômbia, Yolanda Pulecio, viveu boa parte da sua
juventude em Paris, onde o pai servia como embaixador da Colômbia junto da UNESCO.
Estudou Ciências Políticas no Instituto de Estudos Políticos de Paris. O
seu ambiente familiar propiciou-lhe o convívio com o poeta Pablo Neruda, o escritor Gabriel García Márquez e o pintor Fernando Botero. Teve dois filhos do seu primeiro casamento na França.
Após o assassinato de Luis Carlos Galán, (ex-candidato a presidência de uma plataforma política anti-drogas) Íngrid decidiu regressar à Colômbia (1989). Em 1990
ela trabalhou no Ministério das Finanças da Colômbia, que posteriormente
abandonou, para entrar na política. Na sua primeira campanha, Íngrid
distribuiu preservativos, que representavam, como ela mesmo dizia: "um
preservativo contra a corrupção". Combatia o tráfico de drogas e
militava na causa ambiental.
Íngrid concorrera ao cargo de senadora na eleição de 1998
- a quantidade de votos que recebera fora a maior entre todos os
candidatos ao senado daquela eleição. Durante o seu mandato recebeu
ameaças de morte por uma organização militar desconhecida, forçando-a a
enviar seus filhos para a Nova Zelândia.
Na eleição presidencial seguinte, Íngrid concedeu apoio a Andrés Pastrana
em troca de concessões de seu interesse. Porém, após a sua eleição, ela
reivindicou o não cumprimento das promessas feitas a ela por Andrés.
Após a eleição de 1998 Íngrid escrevera um livro, que não fora publicado na Colômbia, pois continha
revelações polémicas, além de críticas e acusações contra o antigo
presidente Samper e outros, por isso foi publicado inicialmente na França com o título: "La Rage au Coeur" (Raiva no coração).
Sequestrada em 2002, permaneceu em poder das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) até 2 de julho de 2008, quando foi resgatada numa operação do exército colombiano.
Resgate
Em 2 de julho de 2008, às 15.16 horas (hora da Colômbia), o ministro da Defesa do país, Juan Manuel Santos,
anunciou a libertação no sul do país, pelo exército colombiano, de
quinze reféns, entre os quais Íngrid Betancourt, três cidadãos dos
Estados Unidos e onze agentes policiais e militares colombianos, alguns
dos quais eram reféns das FARC há mais de dez anos. Íngrid Betancourt
estava sequestrada havia 2323 dias. Este resgate ocorreu através da
infiltração do exército no comando das FARC que tinha os reféns em seu
poder, conseguindo convencer os sequestradores a reunir num só grupo os
reféns. O resgate foi feito por helicóptero, sob o pretexto de levar os
reféns para uma inspecção humanitária.
A operação foi a conclusão de uma vasta preparação de infiltração no mais alto nível das FARC. Os reféns só souberam que estavam a caminho da liberdade no helicóptero, pois toda a operação decorreu sem um único tiro e sem qualquer violência.
A operação foi a conclusão de uma vasta preparação de infiltração no mais alto nível das FARC. Os reféns só souberam que estavam a caminho da liberdade no helicóptero, pois toda a operação decorreu sem um único tiro e sem qualquer violência.
in Wikipédia
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