José Ortega y Gasset (Madrid, 9 de maio de 1883 - Madrid, 18 de outubro de 1955) foi um filósofo, ensaísta, jornalista e ativista político espanhol. Foi o principal expoente da teoria da razão vital e histórica, situado no movimento novecentista.
Biografia
José Ortega y Gasset nasceu em Madrid (Espanha), no dia 9 de maio de 1883.
A família de sua mãe, Dolores Gasset, era proprietária do jornal “El
Imparcial”. O seu pai, José Ortega Munilla, era jornalista e diretor desse
jornal (um dos familiares do filósofo fundou o diário El País, um dos
mais conhecidos da Europa.
Quando criança, Ortega y Gasset estudou em Madrid, mas foi enviado
cedo, pela família, para estudar num colégio de jesuítas em Málaga, facto ao qual o filósofo atribui a sua forte reação a esse tipo de educação e ao projeto pessoal de reforma da filosofia.
Formou-se e doutorou-se em Filosofia na Universidade Central de Madrid em 1904, após breve passagem pela Universidade de Deusto, em Bilbao. Dali seguiu para a Alemanha,
onde viria a sofrer, na primeira etapa de sua filosofia, a influência
da escola de Marburgo, que tinha por figuras principais Hermann Cohen e
Paul Natorp com forte inclinação pelo idealismo, o qual Ortega iria combater fortemente, passado algum tempo.
Em 1910 obtém a cátedra de Metafísica na Universidade Central de Madrid. Em 1914 publica o seu primeiro livro Meditaciones del Quijote. Em 1917 torna-se colaborador do jornal El Sol, onde publicaria os seus ensaios España invertebrada (1921) e La rebelión de las masas (1930). Funda a Revista de Occidente em 1923, responsável por traduzir e comentar grandes autores contemporâneos da Filosofia, como Edmund Husserl, Oswald Spengler, Georg Simmel, Hans Driesch e Bertrand Russell.
Após desentender-se com a ditadura espanhola (em 1929 chega a demitir-se da sua cátedra universitária), exila-se na Argentina. Durante o seu exílio voluntário, de 1936 a 1945, em plena Guerra Civil Espanhola,
Ortega y Gasset viveu num longo e famoso silêncio em relação aos
conturbados tempos políticos de seu país, sobre o qual muitos acharam
motivos para o acusar. No entanto, pelo menos para o sociólogo brasileiro Hélio Jaguaribe – um dos mais conhecidos comentadores do autor no Brasil
– no prefácio à sua obra História como Sistema, diz que na
maior parte do tempo o filósofo espanhol foi como que um educador do seu
povo, a partir de uma profunda convicção de que o que importa, antes de
tudo, é a lucidez e a compreensão do mundo para operar nele. Essa
alternância entre o empenhamento e o distanciamento crítico configurará
as principais fases da existência de Ortega y Gasset. Regressa à Espanha
em 1948 e, em 1955, é-lhe diagnosticado um cancro, falecendo no dia 18 de outubro daquele ano.
in Wikipédia
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