sábado, abril 14, 2018

Há oito anos o vulcão islandês Eyjafjallajökull paralizou os voos na Europa

O Eyjafjallajökull é um dos glaciares de menores dimensões da Islândia. Situa-se a norte de Skógar e a oeste de um glaciar de maiores dimensões conhecido como Mýrdalsjökull.
A bacia do glaciar cobre um vulcão (1.666 m de altura) cuja actividade eruptiva começou a ser mais frequente a partir da última idade do gelo. A penúltima erupção ocorreu em 1821-23, provocando um jökulhlaup (literalmente, "corrida glaciar") fatal. A cratera do vulcão tem um diâmetro de 3 a 4 km. O glaciar estende-se por cerca de 107 km².
O limite sul da montanha fez, no passado, parte da costa atlântica. Com a regressão marítima, formaram-se penhascos inclinados que originam hoje em dia um conjunto impressionante de quedas de água, sendo a mais conhecida a de Skógafoss. Se houver vento forte, a água das cascatas menores é levada pela montanha acima, pelo ar.
O nome Eyjafjallajökull é uma justaposição dos substantivos islandeses eyja, fjalla e jökull, respectivamente "ilha", "montanha" (ambos no genitivo plural) e "glaciar". O termo pode ser traduzido, literalmente, como "glaciar das montanhas das ilhas" - o Eyjafjallajökull se encontra nas proximidades das ilhas Vestmann.
 
     
Mapa mostrando os países em que o tráfego aéreo foi completamente paralisado (vermelho) e parcialmente (laranja); a Islândia aparece a verde
As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull (pronúncia: eia-fiatla-iocutl) são uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull, na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que se iniciou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.
Mapa composto da nuvem de cinza vulcânica abrangendo nos dias de 14 a 25 de abril de 2010
  
As cinzas vulcânicas trazidas pelos ventos são um grande perigo para as aeronaves. Por esse motivo, a segunda fase da erupção causou um grande distúrbio no tráfego aéreo europeu e mundial. Enquanto algumas cinzas foram a áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por ventos do oeste, indo parar à Europa. Os gases e cinzas reduzem a visibilidade e quando entram nas turbinas podem paralisar os motores do avião. Por esse motivo, seguindo as regras da IFR, Finlândia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Holanda Hungria, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suíça e os territórios de Aland e Ilhas Faroé tiveram o tráfego aéreo fechado. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) estima que a indústria aérea mundial perdeu cerca de 148 milhões por dia durante a interrupção.
 

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