D. Sancho II (Coimbra, 8 de setembro de 1209 – Toledo, 4 de janeiro de 1248), apelidado de "o Capelo" e "o Piedoso", foi o Rei de Portugal de 1223 até à sua morte, em 1248. Era o filho mais velho do rei Afonso II e sua esposa Urraca de Castela.
(...)
Afonso, irmão mais novo de Sancho, denuncia em 1245 o casamento de Sancho com Mécia. Nesse mesmo ano a Bula Inter alia desiderabilia prepara a deposição de facto do monarca. O papado, através de duas Breves, aconselha Afonso,
Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que
passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. A 24 de julho, a
Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente. Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso
cede a todas as pretensões do clero no Juramento de Paris, uma
assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos
os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões,
religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas
terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos
últimos dias do ano.
Em 1246, Afonso
segura Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Alcobaça e Leiria;
Sancho II fortifica-se em Coimbra. A Covilhã e a Guarda ficam nas mãos
de Afonso.
Sancho II procura a intervenção castelhana na guerra civil, depois da
conquista de Jaén. Assim, o infante Afonso de Castela entra em Portugal
por Riba-Côa a 20 de dezembro, tomando a Covilhã e a Guarda e
devastando o termo de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o
exército do Conde de Bolonha. Apesar de não ter perdido nenhuma das
batalhas contra o seu irmão, Afonso de Castela decide abandonar a
empresa, levando consigo para Castela Sancho II, visto que a pressão da
Santa Sé aumentava. Embora no Minho continuem partidários de Sancho II
e fiquem no terreno as guarnições castelhanas no castelo de Arnoia
(seu grande apoiante e anticlerical), o caso encontra-se perdido.
Sancho II redige o seu segundo e último testamento enquanto exilado em
Toledo a 3 de janeiro de 1248, e morre a 4 desse mesmo mês. Julga-se
que os seus restos mortais repousem na catedral de Toledo.
Afonso III declara-se Rei de Portugal em 1248, já após a morte do seu irmão mais velho, Sancho.
in Wikipédia
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