Primavera
As heras de outras eras água pedra
E passa devagar memória antiga
Com brisa madressilva e primavera
E o desejo da jovem noite nua
Música passando pelas veias
E a sombra da folhagem nas paredes
Descalço o passo sobre os musgos verdes
E a noite transparente e distraída
Com seu sabor de rosa densa e breve
Onde me lembro amor de ter morrido
- Sangue feroz do tempo possuído
in Livro Sexto (1962) - Sophia de Mello Breyner Andresen
sábado, março 20, 2010
Poesia para celebrar o equinócio
Postado por Fernando Martins às 17:32
Marcadores: equinócio, poesia, Primavera, Sophia de Mello Breyner Andresen
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