Procelária
É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz o ninho no rolar da fúria
E voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas
Sobre os abismos passa e vai em frente
Ela não busca a rocha o cabo o cais
Mas faz da insegurança a sua força
E do risco de morrer seu alimento
Por isso me parece a imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo.
in Geografia (1967) - Sophia de Mello Breyner Andresen
sábado, março 07, 2009
Poesia para entendedores
Postado por Pedro Luna às 11:24
Marcadores: poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário